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PORTAL VITRUVIUS. 6º Prêmio Jovens Arquitetos 2004. Projetos, São Paulo, ano 04, n. 043.01, Vitruvius, jul. 2004 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/04.043/2351>.


Categoria Arquitetura – Obra Executada

 

A primeira visita ao terreno já revelou o impasse que o projeto deveria enfrentar: a implantação de uma casa em uma pequena colina ainda desocupada em contraponto direto com a ocupação inevitável dos lotes vizinhos, sempre com o coeficiente de aproveitamento máximo e os recuos mínimos, característica presente nos condomínios próximos a São Paulo.

Buscou-se valorizar a volumetria da casa em relação direta com a paisagem, sem determinar frentes ou fundos, prescindindo até mesmo dos muros de divisa ao redor da casa, como se as próprias paredes da construção já determinassem o que é dentro ou fora da residência, independente da noção do lote.

Essa premissa determinou a construção de um volume praticamente cerrado nas laterais, em contraposição às faces orientadas para a rua e para o lago, com aberturas que conjugam as melhores vistas para a paisagem e a insolação adequada. Solução que também atende à organização interna da residência e à privacidade requerida em relação às futuras construções vizinhas, a exemplo da casa Bitencourt, projetada por Artigas em 1959.

Nesse caso, a organização dos programas em dois volumes internos às paredes de “divisa” determinou uma separação em um bloco para os ambientes de estar e outro para os dormitórios. O primeiro é implantado junto ao ponto mais alto do terreno, enquanto o segundo fica 3,8 metros abaixo, defasagem permitida pela declividade acentuada do terreno.

Essa disposição não só garante acessos independentes para pedestres e veículos como possibilita a criação de um terraço na cobertura do bloco dos dormitórios, espaço descoberto que é desenhado como extensão direta da sala de estar.

A casa é construída com três paredes principais de alvenaria armada de bloco de concreto aparente. Duas delas apóiam lajes de concreto pré-moldado capazes de vencer um vão de 10,5 metros, enquanto a terceira define a faixa de circulação que interliga os dois blocos e as diferentes cotas.

A construção da residência tem especial interesse não só por contar com a utilização de peças pré-fabricadas, como por ter sido realizada em conjunto com a equipe do Mestre João Oliveira, experiência fundamental para jovens arquitetos.

ficha técnica

Nome da obra
Residência em Aldeia da Serra, Barueri SP

Data do projeto
2002

Conclusão da obra
2004

Área do Terreno
450 m²

Área construída
328 m²

Proprietário
Toshikatsu Yamada

Arquitetura
Estúdio 6 arquitetos / Arquitetos Alexandre Mirandez de Almeida, César Shundi Iwamizu, Marcelo Pontes de Carvalho, Ricardo Bellio

Colaboradores
Arquitetos Eduardo Crafig e Márcio Henrique Guarnieri; Estagiários Carolina Farias e Thiago Natal

Paisagismo
SOMA arquitetos

Estrutura
Eng. Guerino Dionigi

Instalações
Sandretec

Construção
Estúdio 6 arquitetos e João de Oliveira (mestre)

Fornecedores
Prensil (blocos de concreto)
Spitaletti (Lajes pré-moldadas)
Wolf e Hacker (impermeabilização)
Casa Francesa (piso granilite)
Concrefit (piso elevado de concreto)
Pau Pau (piso de madeira)
Janos Biezok e Almarco (caixilhos)
Clacci (vidros)Cavoá (forro de gesso)

source
Arquiteto premiado
São Paulo SP Brasil

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