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PORTAL VITRUVIUS. Concurso Público Nacional de Projeto Arquitetônico – UNIFESP. Projetos, São Paulo, ano 06, n. 068.02, Vitruvius, ago. 2006 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/06.068/2697>.


1. Implantação

A locação dos edifícios nos lotes disponíveis procurou levar em conta as condicionantes de insolação, topografia, proximidade de vias e acessos e a legislação vigente para o sítio em questão, com o objetivo de solucionar o melhor funcionamento para o campus.

Preservou-se 60% da área total do terreno, respeitando assim o mínimo exigido pela legislação, dentre estas; a área de proteção permanente da represa Billings, áreas com vegetação mais densa e topografia mais acidentada, priorizando para a ocupação, áreas com características menos acidentadas e localizadas em pontos elevados do lote.

As movimentações de terra foram propostas para acomodar os edifícios e proporcionar circulações com mínima inclinação possível entre eles.

A indesejada orientação nordeste foi evitada. Os edifícios foram locados com suas menores dimensões voltadas para este lado, caracterizadas por empenas cegas, poucas aberturas e elementos de proteção solar.

2. Acessos

A localização dos acessos de pedestres e veículos nas glebas visa a menor inclinação resultante da acomodação das vias de acesso assim como as características pertinentes das vias publicas da região e o controle de acessos.

O fluxo predominante foi estimado em função do maior adensamento urbano localizado ao norte da gleba. As áreas de desaceleração / acumulação e remansos foram dimensionadas prevendo este fluxo, incluindo o sistema de transporte publico. O acesso principal, tanto para veículos como para pedestres da gleba a foi locado ao sul prevendo-se um futuro segundo acesso ao norte quando da ocupação total do campus.

3. Sistema Viário

O sistema viário tem como objetivo principal separar o fluxo de veículos e de pedestres.

Para tanto foi proposto um eixo de circulação peatonal privilegiado com dimensões generosas, tratamento paisagístico cuidadoso e abertura de visuais. Este eixo é intercalado por espaços abertos configurados como praças para encontro e convivência.

Entre a gleba A e B sugere-se a execução de uma passarela para pedestres para promover a ligação direta entre elas, eliminando a necessidade do usuário transitar por vias públicas em contato com transito de veículos.

A circulação de veículos foi resolvida com vias marginais e perimetrais, distantes da circulação de pedestres, evitando-se ao máximo cruzamentos entre elas.  Quando este cruzamento se faz necessário, as vias veiculares perdem suas características e sobem ao nível da via peatonal reforçando assim a preferência do pedestre. Os edifícios ficam posicionados entre as circulações com acessos para ambos os lados.

4. Setorização

 

O loteamento segue as diretrizes determinadas pelo sistema viário.

A implantação da primeira fase procurou posicionar os edifícios o mais próximo possível dos acessos, reduzindo desta forma a pavimentação necessária para os acessos aos estacionamentos e aos blocos. A administração foi locada no ponto mais alto da gleba juntamente com uma praça para recepção e convivência dos usuários.

O bloco da primeira fase foi implantado paralelamente a principal via do conjunto, em função do sentido principal de ampliação.

Para as fases subseqüentes, ampliação da estrutura do campus, propõe-se a continuação das vias configurando lotes ao longo do eixo de pedestres. Uma segunda praça formada pelo encontro de duas direções do eixo de pedestres reúne edifícios de uso comum do campus como a biblioteca e refeitório, posicionados para oferecer aos usuários de diferentes blocos mínimas distancias de percurso. Os lotes para construção de outros blocos de graduação localizam-se na continuação deste eixo.

Os edifícios propostos são estudos volumétricos resultantes de cálculos de taxas de ocupação e potencial construtivos.

Para a gleba A2 foi proposta a implantação da área esportiva, como sugerido no termo de referência. Os edifícios que a compõem são: ginásio com quadra poli esportiva e espaços para prática de danças, lutas, ginástica, quadra poli esportiva coberta, quadra de futebol suíço descoberta, piscina descoberta, vestiários e garagem de barcos. O eixo é arrematado por um trapiche que alcança a represa e a rampa para embarcações.

Fases de implantação

Para uma última fase de ampliação foi proposta na gleba a, ao lado da administração, uma área cultural para espetáculos, exposições, convenções configurando um edifício com auditório para mil pessoas e museu para exposições temporárias. Para esta área sugere-se a implantação de um segundo acesso, de livre acesso para a comunidade de diadema.

5. Paisagismo

Concluiu-se que o principal elemento paisagístico da gleba é a represa que a circunda. Isto foi levado em consideração uma vez que o eixo de pedestres garante esta visual sem obstáculos. As matas ciliares e áreas de preservação foram respeitadas no máximo possível, pois, além da condicionante legislativa compõem o entorno imediato dos edifícios.

No conjunto são propostas algumas praças e áreas de encontro e convivência. Como já descrito anteriormente a praça localizada na administração é um espaço privilegiado no ponto mais elevado do terreno demarcando o acesso do campus. Outra praça é sugerida no encontro dos eixos de pedestres, em formato triangular conectando importantes elementos do conjunto. O próprio eixo de pedestres configura uma praça linear.

Sugere-se diferenciação entre os pisos e plantação de árvores além daquela onde for possível a preservação

6. Estacionamentos

Os estacionamentos foram locados intercalando as vias e os edifícios, procurando atender vários edifícios ao mesmo tempo.

Também foram propostos pátios de serviço para atender as construções, com acesso direto às vias de circulação.

7. Gleba B

Como foi sugerido no edital, a gleba b é ocupada por edifícios de apoio a estrutura do campus assim como biotério e herbário. Para os edifícios utilitários propõe-se um pátio de serviços para circulação de veículos pesados. Outra praça de encontro e convivência implantada no fim da passarela e entre os edifícios.

8. Administração

O edifício da administração do campus é um bloco independente ao conjunto proposto e foi implantado próximo ao acesso principal na cota mais alta do terreno.

No mesmo local, a praça proposta garante caráter de destaque ao edifício administrativo, funcionando como local de recepção do público usuário.

O edifício é composto por pavimento único no qual as funções administrativas são desenvolvidas em torno de pátio central, que funciona como área de convivência e garante maior nível de iluminação natural no interior do edifício.

A proposta de planta livre e utilização de divisórias acústicas leves para vedação interna garantem flexibilidade para adequações futuras de lay-out.

A estrutura proposta em concreto armado composta por lajes alveolares é envolta por brises verticais móveis que controlam o nível de entrada de luz natural direta ao edifício. A ventilação cruzada é favorecida pelo vazio central que funciona como dissipador do calor interno garantindo níveis adequados de conforto térmico ao edifício.

Prevista infra-estrutura para instalação de aparelhos de ar-condicionado em ambientes específicos, como sala da reitoria e ambientes de reunião.

Para a ampliação do setor administrativo é proposta a construção de anexo com quatro pavimentos e reformulação parcial do edifício inicial.

9. Edifício de Biológicas

9.1. Setorização

As salas de aulas, laboratórios de ensino, área de pesquisa e áreas de uso cultural foram propostos em um único edifício, com o objetivo de integrar todas as atividades do corpo docente e discente em torno de um espaço de encontro e convivência.

As salas de aula foram propostas em dois volumes paralelos distanciados por um vazio central, configurando o espaço de convivência. Nos extremos do vazio localizam-se volumes de apoio e circulação vertical (banheiros, shafts, escadas protegidas, elevadores para deficientes, etc.).

Nos extremos do edifício localizam-se os laboratórios de pesquisa e área privativa dos docentes (porção noroeste) e os laboratórios de ensino (porção sudeste). Tais espaços do programa foram locados desta maneira para privatizar seu acesso e circulação quando necessário, como é o caso dos laboratórios de pesquisa. Alguns vazios e pés-direitos triplos potencializam os espaços internos tais como o proposto para a biblioteca (ver corte).

No térreo estão localizados os acessos, as áreas culturais, de convivência, alimentação e central analítica, integrados pelo pátio coberto.

9.2. Circulações

No térreo, o pátio coberto é a principal circulação horizontal do bloco, interligando os acessos, usos e demais circulações.

As circulações verticais são configuradas por dois conjuntos idênticos locados nas laterais extremas do vazio. Este conjunto é composto por uma escada generosa voltada para o saguão e vazio central, escada de emergência e elevador para deficientes.

Nos pavimentos tipo as circulações abrem para dois saguões também idênticos e deste espaço o usuário tem acesso as circulações horizontais, voltadas para o vazio ou no interior mais reservado dos laboratórios e área privativa de docentes.

As normas para evacuação e saídas de emergência foram observadas garantindo segurança ao usuário.

9.3. Sistemas de proteção solar, acústica, ventilação e aberturas

Algumas soluções para filtrar ou barrar a luz são propostas para as fachadas do bloco, em conjunto com as esquadrias. Este sistema tem como objetivo minimizar o uso de energia elétrica para conferir aos ambientes o conforto termo-acustico necessário.

Como já descrito para a cobertura foi proposto um sistema com brises pendurados na estrutura, ao mesmo tempo barrando e refletindo a luz para o interior com a filtragem necessária. A cobertura solta proporciona a exaustão do ar quente. Na face sudoeste a cobertura, permite a entrada dos ventos predominantes e na outra face permite o escoamento dos ventos por ventilação cruzada.

Nas salas de aula foram aplicadas nas fachadas externas janelas de correr e bandeiras basculantes o que permite diferentes intensidades de ventilação. Nas faces internas voltadas para o vazio propõe-se uma bandeira com vidro pivotante. Este sistema garante a ventilação cruzada e escoa o ar quente para o vazio do edifício e em seguida para o exterior da edificação. O vidro pivotante funciona como anteparo acústico minimizando a incidência de ruídos para interior das salas.

Para as aberturas laterais externas com vãos grandes (salas de aula, sala dos professores...), propõe-se uma segunda pele composta por estrutura metálica ancorada ao edifício e sistema móvel pivotante de brise-soleil, manobrada pelo usuário. Este sistema possui diversas qualidades e utilidades, quando fechado ele proporciona a filtragem de 50% da luz incidente. Quando aberto proporciona a filtragem da luz direta e em contraposição o reflexo por espelhamento desta luz incidindo indiretamente no ambiente.

Para as aberturas laterais externas (laboratórios) com vãos de menor metragem a solução apresentada é de brise soleil fixo, composto por estrutura metálica e chapas de alumínio perfuradas, para anteparo de insolação direta e reflexão de luz indireta por espelhamento.

Para a fachada nordeste da biblioteca é proposta uma segunda pele em estrutura metálica e revestimento em chapas perfuradas, protegendo o grande vazio da área de leitura do ambiente.

9.4. Acessibilidade Universal

A proposta oferece total acessibilidade para portadores de deficiência física. As circulações externas têm inclinação máxima de 8%. Foram locadas rampas nos acessos quando necessário, uma vez que a maioria é plana. No interior do edifício são propostos dois elevadores uma vez que a execução de rampas seria um acréscimo de área considerável.

Os elevadores têm fácil acesso e resolvem o assunto.

Todos os banheiros de uso comum possuem infra-estrutura e fácil acesso para os deficientes.

9.5. Áreas

 

    
 Área      
Total

    Vegetação   
 Nativa

        

Área   Total
    de     Atividade    



  Área de
 Projeção    

 
   Área
 Construída   

Gleba A  (A1 + A2)                        

316.014

  196.218
  (61,9%)

 119.796

 39.834

 102.537

Gleba B  

30.838

  19.085
  (62,1%)

 11.753

 3.127

 3.127

Total

346.852

  215.303
  (62%)

 131.549

 42.961

 105.664

Primeira fase                



 25.244

 4.970

 11.376

                                ***

ficha técnica

Autores
Eduardo Paranhos Coelho, Günther Kaltmaier Junior, Karlos Ervin Kaltmaier, Marlos Hardt e Paulo José Te Vaarwerk Duarte / MKPEG Arquitetura e Urbanismo LTDA

Colaboradores
Carlon Hardt, Dalton Bobko e Tiago Puppi Munhoz

source
Equipe premiada
Curitiba PR Brasil

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