Situado em duas glebas separadas pela Estrada Pedreira Alvarenga junto a Represa Billings, no município de Diadema o campus tem uma área total de 39,31ha. Deste total, 31,60ha localiza-se lindeiro à represa, área principal, onde estão previstas as atividades fins da universidade – ensino, pesquisa, extensão e administração – e, os demais 7,71ha estão do lado oposto com atividades previstas para serviços gerais e apoio. A 1ª etapa de implantação está prevista com área construída de 10.900,00m2.
O anteprojeto submetido ao concurso parte da idéia de que a universidade constitui um sistema de espaços que vai se construindo no tempo. A menos da primeira etapa, passível de se ter um controle mais direto, relacionado à atual administração universitária, todas as demais, dependerão da demanda por novos espaços e verbas. Recursos em geral bastante controlados e distribuídos para construções pequenas em diversos pontos do campus.
A observação sobre este padrão de crescimento, em um sítio físico onde a preservação da paisagem é questão fundamental fez com que se desse a maior importância ao estudo das características ambientais área, visando sua valorização no tempo como patrimônio verde. Sobretudo para criar o embrião de um comportamento de preservação e controle das áreas a serem ocupadas por edificações no futuro. Desta preocupação, resultaram os desenhos relativos à declividade do terreno, a tipologia da vegetação e as restrições relativas a legislação ambiental.
O projeto foi desenvolvido nas áreas resultantes deste estudo, que coincidem, no caso da gleba principal com os pontos de cotas mais altas. Foi observado o pré-zoneamento sugerido no Termo de Referencia do concurso chegando-se a uma implantação com as seguintes características:
- redução do sistema viário interno;
- percurso de veículos e de pedestres explorando as visuais do local;
- implantação de um espaço central – Praça da Universidade -, como um lugar irradiador da articulação funcional entre as diversas partes da universidade;
- implantação das salas de aula e laboratórios em blocos com a circulação voltada para o quadrante sudoeste e as dependências de maior permanência voltadas para o quadrante nordeste;
- explorando esta alternativa para a orientação dos espaços de ensino e pesquisa procurou-se dar uma pequena inflexão na posição dos blocos com o objetivo de conferir variedade a estas edificações, que por sua natureza tem um caráter bastante repetitivo;
- avançando para as áreas onde a topografia é mais acidentada procurou-se fazer com que os blocos de salas e laboratórios agredissem o mínimo o terreno, sob o critério de que o terreno e a vegetação sejam reconstituídos logo após as obras;
- sobre a ligação direta com a gleba destinada aos serviços gerais solicitada pelo Edital, se concluiu por não criar um dispositivo dispendioso como uma ponte ou passarela, e que isto poderá ser acomodado com vias internas de cada área,chegando a um ponto onde os pedestres poderiam atravessar por uma faixa de segurança articulada com o sistema de semáforos que será indispensável próximo ao acesso do campus.
ficha técnica
Autoria
Arquitetos Adilson Costa Macedo, Bruno Roberto Padovano, Luciano Cersósimo, Patricia Bertacchini, Roberto Righi e Sérgio Valle Dias Jr.
Consultorias
Bióloga Júlia Rodrigues Leite - consultoria ambiental
Arq. Jaques Suchodolski - consultoria aspectos tecnológicos