Planejar um Complexo Espacial que comporte a Assembléia Legislativa do RS, suas etapas e formas de ocupação é um desafio arquitetônico que deve ser tangido pela eficiência.
As atividades das edificações componentes da área de intervenção não são passíveis de interrupção, nem mesmo temporariamente. Os custos do mau ordenamento de obras e do deslocamento de funções que hoje se encontram “espremidas”, são altíssimos, sobretudo no quesito tempo.
A proposta apresentada tem como objetivo a eficiência durante todo o processo de mudanças, desde o correto zoneamento, que leva à economia a partir das facilidades de fluxos e acessos, até as etapas de obra e estratégias de implantação, que garantem sustentabilidade do todo.
O projeto de ocupação visa utilizar movimentos únicos na relocação de espaços, fazendo com que um departamento, uma vez deslocado de prédio, não tenha que retornar à posição inicial ou outra qualquer. Afinal, estes seriam resíduos de uma arquitetura mal planejada e, consequentemente, não sustentável.
O zoneamento é claro, e está dividido em três grandes áreas: 1. Área pública e cultural (Solar dos Câmara e Anexo 1); 2. Área técnico-administrativa e de serviços (Anexo 3); 3. Atividades parlamentares (Palácio Farroupilha).
O caráter de Complexo é dado através do somatório destas atitudes, apresentando as conexões sempre em contato com os espaços abertos, bem como ligações estratégicas de serviços e seus fluxos.
O Palácio Farroupilha é tratado com respeito, não havendo adições de quaisquer elementos que possam prejudicar a arquitetura do prédio, aproveitando-se da melhor forma os espaços hoje sub ou mal utilizados, visando maior economia e eficiência.
ficha técnica
Autores: Arquitetos Carolina Flach Souza Pinto, Jean Grivot Avancini e Lucas Rocha Obino Martins
Colaboradores: Ana Cristina Castagna, José Cristiano Selbach Carneiro, Leonardo Prazeres Veloso de Souza