Os escritórios Estúdio 41 Arquitetura, de Curitiba, e Dal Pian Arquitetos Associados, de São Paulo, foram os grandes vencedores do Concurso Centro de Eventos e Exposições, promovido pelo Governo do Estado do Rio, pelo Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur) e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com organização do IAB-RJ. Os ganhadores assinarão contratos para o desenvolvimento de projetos de centros de eventos em Cabo Frio e Nova Friburgo (Estúdio 41), e Paraty (Dal Pian), com capacidade para 1.500 pessoas. O resultado foi anunciado nesta segunda-feira, na sede do IAB-RJ.
O júri – composto pelos arquitetos Manuel Fiasche, Alder Catunda, Pedro da Luz Moreira, os três indicados pelo IAB-RJ, e Gerard Fishgold e Paulo Cesar Silva Costa, estes indicados pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro – escolheu o projeto de Dario Corrêa Durce, do Estúdio 41, como a melhor proposta para o centro de Cabo Frio. Em ata, o júri disse que o trabalho se destacou dos demais pela sua implantação, que propicia o funcionamento do programa e o desfrute do visual da lagoa, com a criação de ampla praça para eventos e exposições.
O escritório curitibano também foi vencedor com o projeto para o centro de Nova Friburgo. Para a comissão julgadora, o trabalho impressionou pela sua simplicidade e beleza. “O projeto demonstra o claro entendimento do programa e a qualidade da relação com a paisagem”, avaliou o júri.
O projeto vencedor para o centro de Paraty é assinado pelo arquiteto Renato Dal Piah, do escritório Dal Pian Arquitetos Associados. Segundo a comissão julgadora, o trabalho conseguiu compreender a necessidade de criação de um lugar de encontro e cheio de vida. “A ideia arquitetônica de um grande volume vazado, que congrega os demais espaços e relaciona-se com a paisagem é, nessa proposta, muito bem articulada”, afirmou o júri.
No lote de Cabo Frio, os trabalhos de Eder Rodrigues de Alencar, do ARQBR Arquitetura e Urbanismo Eireli, e de Edvan Isac Santos Filho, do Maia Melo Engenharia, ficaram em segundo e terceiro lugares. Na disputa para o centro de Nova Friburgo, Moacir Zancopé Júnior, do Julio Cesar Fiori & Cia, conquistou o segundo lugar. O projeto de Daniel Corsi da Silva, do Corsi Hirano Arquitetos Associados, ficou em terceiro. No lote de Paraty, os trabalhos de Anderson Fabiano Freitas, do Apiacás Arquitetos, e de Yuri Vital Santos, do Yuri Vital Arquiteto, ficaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente.
Os vencedores receberão R$ 50 mil cada, a título de adiantamento do valor do projeto. Os projetos classificados em segundo e terceiro lugares receberão R$ 25 mil e R$ 20 mil, respectivamente. Os valores previstos para o desenvolvimento dos projetos de Cabo Frio, Nova Friburgo e Paraty são de R$ 1,261 milhão, R$ 1,2 milhão e R$ 1,137 milhão.
A comissão do júri ainda atribuiu nove menções honrosas. Para o lote de Cabo Frio, receberam a honraria Luciana Dornellas Pio Magalhães, Pablo Basílio de Sá Leite Chakur e Daniel Corsi da Silva. Para o de Nova Friburgo, os trabalhos de Luis Eduardo Loiola de Menezes, Carlos Cesar Arcos Ettlin e Henrique de Castros Reinach receberam a menção. Os projetos para o centro de Paraty de João Pedro Backheuser, de Sérgio Vieira de Freitas Filho e de Filipe Gebrim Doria completam a lista.
Ao todo, o concurso contabilizou 151 inscrições, e 111 trabalhos foram entregues. A expressiva participação de arquitetos superou as expectativas do coordenador da competição, Ricardo Villar. “Acredito que a garantia de contratação dos vencedores para o desenvolvimento do projeto executivo, além da excelência das propostas dos programas dos centros de eventos e exposições, imprimiu importância à competição e motivou a ampla participação dos arquitetos”, afirmou Ricardo Villar.
Para o presidente do IAB-RJ, Pedro da Luz Moreira, a promoção de um concurso de projeto para construção dos centros de convenções e eventos em três importantes destinos turísticos do Rio de Janeiro foi uma decisão acertada do Governo do Estado, que revaloriza o planejamento regional e estratégico.
“A ideia é que Cabo Frio, Nova Friburgo e Paraty possam receber um novo tipo de turismo, o de negócios e eventos, com a construção desses novos equipamentos. Assim, além do desafio projetual, o concurso também será importante para os arquitetos pensarem a respeito da economia do próprio estado e das estratégias que podem vir a ter para o desenvolvimento do Rio de Janeiro”, afirmou Pedro da Luz.
O presidente do IAB-RJ reafirmou que a modalidade de concurso, dentro da Lei 8.666/93, é a melhor forma de contratação de projeto: "Através do concurso de projeto é possível garantir transparência e clareza de objetivos às obras públicas".
O subsecretário de Urbanismo Regional e Metropolitano, Vicente Loureiro, disse ter ficado orgulhoso com a realização do concurso e com o resultado. “Ficamos impressionados com a quantidade de escritórios inscritos e projetos apresentados. A qualidade dos trabalhos também nos impressionou”, afirmou Loureiro.
O Concurso CCEE foi aberto a todos os arquitetos brasileiros legalmente habilitados para o exercício da profissão. Arquitetos estrangeiros puderam integrar equipes sob a coordenação de um profissional registrado no Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU). As exigências e especificidades do concurso exigiram a formação de equipes multidisciplinares para atender aos requisitos técnicos indicados no edital e nos demais documentos.
Fonte IAB-RJ