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research

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architectourism ISSN 1982-9930

Mar da Galiléia, Israel. Foto Victor Hugo Mori

abstracts

português
Apresenta a experiência de guiar grupos de alunos de arquitetura em viagem de estudo à cidade de São Paulo, discutindo a importância deste momento para a formação do arquiteto e sua relação com o encaminhamento curricular do discente.

english
Presents the experience to guide groups of students of architecture in a study trip to the city of São Paulo, discussing the importance of this moment for architectural education and its relation to the referral of the student curriculum.

español
Se tiene la experiencia para guiar a los grupos de estudiantes de arquitectura en viaje de estudio a la ciudad de São Paulo. Habla de la importancia de este momento para la enseñanza de la arquitectura y su relación con la remisión del plan de estudios de


how to quote

OLIVEIRA, Juliano Carlos Cecílio Batista. Ensinando arquitetura em São Paulo. Arquiteturismo, São Paulo, ano 05, n. 054.04, Vitruvius, ago. 2011 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquiteturismo/05.054/4020>.


Desde o ano 2000, em sua última grande revisão curricular, o Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Uberaba – UNIUBE – inseriu em sua proposta pedagógica o componente “Estudos Analíticos Comparativos”, disciplina de carga horária concentrada em uma semana, anual, que consiste em uma viagem curricular obrigatória com acompanhamento de um ou mais professor arquiteto do curso a uma determinada cidade ou região.

A viagem objetiva “empreender visitas a obras fundamentais, a cidades e conjuntos históricos e a cidades e regiões que ofereçam soluções novas” (1) ou válidas como repertório para a formação do futuro arquiteto urbanista. Os destinos são organizados em função do perfil desejado para cada período do discente dentro de seu percurso acadêmico: iniciando pelas cidades históricas de Minas Gerais (Ouro Preto, Mariana, Congonhas) e ainda Belo Horizonte, seguido por Brasília, São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro (a partir de 2011, pois até então o destino era Salvador). É sempre um momento importante dentro do curso, pois as viagens acontecem ao mesmo tempo – isto é, todas as séries viajam a seus destinos específicos simultaneamente, num momento de interrupção das atividades de atelier e de imersão nas diferentes realidades locais.

No ano de 2005 e a partir de 2007 até 2011 (quando encerrei minha atividade docente na Universidade de Uberaba), tive a oportunidade de acompanhar pouco mais de duas centenas de alunos nestas viagens anuais, sempre à cidade de São Paulo, juntamente com o Prof. Airton Araújo.

Viajar para conhecer a arquitetura, para fazer arquitetura, não é uma experiência nova – muito pelo contrário. Se os mestres do Renascimento já o faziam para desenvolverem seus estudos, Le Corbusier talvez tenha sido o maior propagandista da viagem de arquitetura, com seus clássicos esboços e anotações.

Auditório no subsolo do IAB-SP. Julho de 2011
Foto Juliano Carlos Cecílio Batista Oliveira

A viagem à cidade de São Paulo no Curso de Arquitetura e Urbanismo da UNIUBE insere-se no meio do desenvolvimento do currículo do aluno, colaborando para sua formação dentro da série específica em que se encontra – o 3º ano, como para um entendimento mais amplo das questões que envolvem a arquitetura, o urbanismo e o paisagismo.

Se nos seus dois primeiros anos de faculdade o discente toma contato com a arquitetura colonial mineira e importante parte do modernismo brasileiro, visitando Belo Horizonte e Brasília, a chegada a São Paulo revela a complexidade da metrópole contemporânea em sua melhor forma.

A multiplicidade de arquiteturas existentes na cidade de São Paulo tornam-na um excelente laboratório para o ensino, quando pode-se perceber  o desenvolvimento de quase 500 anos de história da arquitetura e de todos os seus reflexos – na economia, na cultura, na paisagem, na população etc.

Nestas viagens, a clássica afirmação de Lúcio Costa de que “arquitetura é coisa para ser vivida” (2) mostra-se absoluta: não há slide ou fala que apresente melhor a experiência de sentir a dinâmica urbana pulsando nas esquinas do centro velho de São Paulo, da capacidade humana de modificar o território ao presenciar o Sol debruçar-se sobre uma infinidade de edifícios vistos a partir da cobertura do Copan ou de conseguir observar a delicadeza da implantação de um edifício, ao notar a relação da Casa Mendes da Rocha e da Casa do Bandeirante, seu diálogo, suas tecnologias, seus discursos.

Para o aluno, uma experiência certamente fundamental. Uma injeção de repertório sempre retomada na prática do ateliê de projetos – conceitos como monumentalidade, escala, proporção, dinâmica, etc. tornam-se definitivamente menos abstratos.

Como professor, redescobrir anualmente a arquitetura da metrópole e instigar algumas dezenas de jovens a fazê-lo com você é uma experiência de turismo arquitetônico ampliada, certamente inesquecível.

Vista do centro da cidade a partir da cobertura do IAB-SP. Julho de 2011
Foto Juliano Carlos Cecílio Batista Oliveira

notas

1
Ementário, Proposta Pedagógica, Curso de Arquitetura e Urbanismo, UNIUBE, 2001.

2
COSTA, Lúcio. Arquitetura. Rio de Janeiro: José Olympio, 2002, p. 23

sobre o autor

Juliano Carlos Cecílio Batista Oliveira é professor de Projeto da Faculdade de Arquitetura Urbanismo e Design da Universidade Federal de Uberlândia.

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054.04 viagem de estudo
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