Lavapés | Prólogo
Antes de desenvolver o artigo sobre o bairro de Lavapés, não posso deixar de mencionar os atentados que aconteceram no dia 11 de março de 2004 em Madri (chamado de “11-M” nos meios de comunicação por sua relação de suposta autoria com o "11-S"), nas proximidades da Praça de Atocha, a poucos metros do bairro de Lavapés. Esta menção se deve não só pela vizinhança destes trágicos acontecimentos, mas também pelas prisões que aconteceram a seguir. Vários imigrantes marroquinos vinculados à secção européia do movimento Al-Qaeda, que mantinham um negócio de telefones móveis no bairro, estavam relacionados com as múltiplas bombas que foram depositadas nos vagões dos trens nas proximidades, as quais detonavam por meio de uma ligação feita por um telefone móvel. As conseqüências desta matança estão por chegar, porque tanto o governo atual como todos os cidadãos têm ciência de algumas das causas do atentado. O voto nas urnas é um vivo reflexo disso. Toda uma rede de comunicações maneja os fios que permitem às organizações terroristas se ocultarem sem localização fixa e atuarem aonde se concentram seus interesses momentâneos.
Lavapés | Físico
Este artigo recolhe uma série de declarações realizadas por duas redes. A primeira rede é formada por um conjunto de cooperativas sociais denominada “Rede de Lavapés”, que atuam no bairro mediante a ocupação de locais vazios nos quais dão suporte aos usos sociais existentes. A segunda rede é composta pela Prefeitura, pela Comunidade de Madrid e pelo Colégio de Arquitetos que prepararam várias intervenções em edifícios abandonados ou de construção recente, com a intenção de regenerar socialmente o bairro com novos usos universitários, culturais e de lazer, que anulem a atual degradação ambiental, social e arquitetônica.
O Bairro Lavapés
“O bairro, localizado sobre a ladeira de inclinação acentuada e desenvolvido em sua origem como arrabalde extramuros, ocupa na atualidade uma zona central da cidade, formando parte do Casco Antigo madrilenho.
As ruas que compõem a área mantém praticamente inalterado seu traçado original. A estreiteza das calçadas e passeios, seu acidentado perfil topográfico com inclinadas ladeiras e a conservação até nossos dias de uma forma característica de construir, imprimem a Lavapés um forte caráter, que se vê complementado pela presença de um certo número de edifícios e espaços singulares: os Jardins do Cassino da Rainha, a Praça Agustín de Lara e de Corrala (reabilitada pelos arquitetos José Ignacio Linazasoro e José María García del Monte), a Praça de Lavapés, o Parque de Cabestreros, a Glorieta de Embaixadores, a Praça do Campinho da Manuela e a Igreja de São Caetano.
A superfície da área soma 34,5 hectares, englobando neste perímetro um total de 756 edifícios, nos quais se distribuem 11.878 habitações e 1.226 lojas comerciais”.
“A Rede de Lavapés é um projeto que está em curso, de diversas maneiras, há quase cinco anos. Mais que uma organização, é uma tentativa de compartilhar idéias e recursos para concretizar as ações que acreditamos necessárias para a realização dos objetivos de todos os organismos participantes. Alguns destes objetivos estão relacionados com o desenvolvimento social e cultural do bairro, a imigração, a defesa de menores e, enfim, com a melhora de todos os aspectos de convivência e habitabilidade”.
Centro social ocupado autogestionado O Laboratório 1997-2003
“O Laboratório é um espaço de debate e participação em tempos difíceis: sobre a especulação, mas também sobre as formas de vida; sobre a cultura, mas também sobre o silêncio; sobre os poderes, mas também sobre a liberdade; sobre a cidade, mas também sobre o mundo globalizado, esse fantasma que nós chamamos de capitalismo”.
Laboratório 1“Confluência de organismos políticos”Hackit’98C/ Embajadores 68Local 1 físicowww.nodo50.org/laboratóriolaboratório@nodo50.orgatl@linux.nodo50.orgLocal 1 virtual1997 – Janeiro 1999Tempo 1 real
Laboratório 2“Da habitação ao social”C/ Amparo 24, Plaza CabestrerosLocal 2 físicowww.sindominio.net/laboratóriolaboratório@sindominio.netLocal 2 virtualJaneiro 1999 – Agosto 2001Tempo2 real
Laboratório 3“O que é normal”Sala CatalíticaCafetería (ponto de encontro)Jornadas (habitação e cidadania, renda básica)Ginásio (capoeira, boxe, dança, teatro)Festas (egunkaria, sessões de rap)Madhack´2002Madrid WirelessCopy LeftGlobal SatioIndyACP MadridC/ Amparo 103Local3 físicowww.sindominio.net/laboratóriolaboratório@sindominio.netLocal3 virtualFebrero 2002 – Julio 2003Tempo real
Laboratorio 4“Un mes de ocupação”C/ Ministriles 3Local4 físicowww.sindominio.net/laboratóriolaboratório@sindominio.netLocal4 virtualJulho 2003 – Setembro 2003Tempo real
Laboratório no exílio“Receitas urbanas: estratégias de ocupação. Ocupação de um Casarão. Construção temporal Santiago Cirugeda. Estrutura auxiliar alugada por três meses”.IndyACP MadridCC Creative CommonsCopy LeftMadrid WirelessGlobal SatioC/ Olivar, 48/50Casarão físicowww.laboratorio3.netlaboratório@laboratorio3.netLocal virtualOctubre 2003Tempo real
Prefeitura e o Colégio de Arquitetos de Madrid. A reabilitação de Lavapés
“Os quatro pilares da reabilitação de Lavapés:
1. O espaço urbano e as infra-estruturas: desde a canalização da água ou gás até os postes, os pavimentos ou as árvores.
2. As fachadas vão ser reabilitadas tanto por fora (fachadas) como por dentro (melhoria das condições higiênicas e de habitabilidade, de oferta de serviços).
3. Os equipamentos: para dotar o bairro de focos de atividade urbana, tais como centros culturais e desportivos ou parques públicos.
4. O tecido social: todo aquilo que possa fazer a vida no bairro mais ativa, sã e viva”.
Reabilitação da Sala Olímpia
“Um dos objetivos para o desenvolvimento do projeto tem sido a contenção da nova volumetria projetada, integrando o edifício em um entorno de grande densidade urbana. Assim, as partes de maior altura, sala e torre cênica, se projetam contra as altas paredes divisórias existentes no fundo do casarão, reformatando estes volumes desde o interior até as fachadas junto às ruas perimetrais. Consegue-se assim escalonar de forma gradual os volumes até o vértice do casarão, liberando uma importante superfície como novo espaço livre de uso público. O edifício, que ocupa o lugar da antiga sala Olímpia e será sede do Centro Dramático Nacional, se adapta à geometria do casarão ao adoçar dois de seus volumes às paredes divisórias existentes, reconstruindo a quadra; de noite, quando as fachadas envidraçadas convertem as caixas de concreto em prismas de luz, permitem ver desde a praça o movimento do interior do teatro”.
Arq. Ignacio García Pedrosa e Ángela García de Paredes
Circo Estável na Ronda de Atocha
“A proposta do projeto para a futura sede do circo propõe uma reabilitação da nave de Pacisa como ante-sala do conjunto, situando o grande cilindro de lona na zona central do casarão, visível nas perspectivas urbanas a partir da Ronda de Atocha. Esta instalação gera espaços intermediários no interior da quadra, erradios, concebidos como um percurso exterior que permitirá aos visitantes um melhor conhecimento do mundo particular do circo”.
Arquiteto Mariano Bayón
Museu de Artes e Tradições Populares
“O edifício da rua Carlos Arniches nº 3 e 5 constitui um dos mais genuínos exemplares da tipologia de corralas, tradicional desta zona da cidade. Seu avançado processo de deterioração, conseqüência da precariedade de seus materiais e de um prolongado abandono, ameaçava com sua ruína definitiva”.
Arquitetos Luis Burillo e Jaime Lorenzo
Centro associado à UNED e Biblioteca nas ruínas das Escolas Pias de São Fernando
“O acordo assinado contempla a implantação do novo Centro Associado a UNED mediante a reconstrução das ruínas das Escolas Pias como biblioteca pública e a edificação de um conjunto de novas salas de aula no casarão do Teatro de Lavapés. A biblioteca aproveita a decadente nave da igreja como sala de leitura. O corpo do tambor que suportava a abóbada, hoje inexistente, se cobre com um casquete lenticular que permite passar a luz sobre a sala de leitura circular que arremata a nave”.
Arquitetos José Ignacio Linazasoro e José María García del Monte
Reabilitação do Palacete e Centro de Dia do Cassino da Rainha
“Trata-se de um edifício novo que ocupa o espaço liberado pela demolição das edificações encostadas ao palacete. Situa-se na parte mais alta do parque, configurando uma espécie de mirante sobre a zona do parque com arborização consolidada. O edifício se destina à atenção especializada de idosos com problemas de mobilidade”.
Arquitetos Beatriz Matos e Alberto Martínez Castillo
Centro Comunitário Social C/ Ave María, 6
“A intervenção projetada contempla a reabilitação integral do edifício, mantendo sua atual volumetria e fachada. A partir da atual configuração em quatro pisos, mais o nível situado sob a cobertura, se resolve uma nova distribuição especial mediante a construção de um núcleo de comunicação vertical em torno ao qual se organizam várias salas de aula e ateliês multifuncionais destinados ao desenvolvimento de programas para a integração de jovens do bairro”.
Arquiteto Fernando Pardo
Reabilitação do Mercado de São Fernando
“Com o aceite dos comerciantes, se projeta a recuperação da fachada original do edifício de Casto Fernández Shaw, mediante o fechamento e abertura de vazios, a limpeza e consolidação de parâmetros exteriores e a substituição de carpintaria em aberturas da fachada. A intervenção se completa com a eliminação de cartazes e outros elementos da fachada e a introdução de um sistema homogêneo de placas, toldos e iluminação de aberturas na fachada”.
Arquitetos José Ignacio Linazasoro e José María García del Monte
Living Lavapés
A serie de televisão “Living Lavapés conta a história do reencontro de dois amigos de infância que a partir de então compartilham suas vidas no bairro tão pitoresco de Lavapés”. Tipos: o amigo, a camareira, a mulher enrugada, o introvertido, a pessimista, o grosseiro cara-de-pau, o provinciano até a medula, a cândida canônica, o homem de luva branca, o imigrante.
A outra série de televisão, Médico de família, serve de contraponto. Tipos: A família modelo de classe média alta vive em um chalé localizado fora de Madri, a filha independente vive em um apartamento no bairro de Salamanca, a empregada doméstica vive em um albergue oficial no bairro de Pilar.
Lavapiés | Virtual
Software Livre
O Software licenciado – tanto de sistemas operativos como de aplicativos específicos de segurança, internet e bases de dados – poderiam perder terreno em detrimento do software livre. Cresce a difusão de GNU/Linux, as redes, os Web Services. GNU/Linux está ligado à pesquisa e ao software científico, um campo aonde o código livre desenvolve múltiplas aplicações.
O Sistema Linux é um Sistema Operativo para Computadores Pessoais (PCs) e outros dispositivos com capacidade de computação criado inicialmente por Linus Torvalds e posteriormente ampliado e modificado por centenas de pessoas de todo o mundo. Tais ampliações e modificações são consideradas de aplicação geral quando são coordenadas pelo autor original.
Mas não é necessária a coordenação quando as modificações são realizadas para uma aplicação específica de âmbito reduzido.
O Sistema Linux tem a característica particular de poder ser utilizado para qualquer atividade, comercial ou não; modificado de qualquer forma; copiado ou redistribuído, sem permissão explícita de seu autor. Estes princípios se baseiam na documentação que inclui o próprio código fonte do sistema Linux, chamada Licença Geral Pública de GNU. Esta licença é uma das que se aplica aos programas de computador chamados “livres”, que são os que a Associação Hispalinux deseja divulgar.
A filosofia Open Source, sob a qual ocorre o desenvolvimento das aplicações de livre distribuição, tem sido um grande trunfo de Linux, que desde o princípio acolheu as licenças do projeto GNU (GNU Não é Uníx) (www.gnu.org). Mediante a licença GPL (www.gnu.org/licenses/gpl.html) se rege a distribuição das aplicações, especificando as condições para poder levá-la a cabo. Seu objetivo último é beneficiar a todos os usuários, já que com os executáveis (sim, eles existem) proporciona o código fonte, que pode ser livremente modificado para contribuir com a evolução do sistema.
Hispalinux
É uma associação de usuários espanhóis de Linux, inscrita no Registro de Associações com o número 163.270. Foi fundada em 20 de junho de 1997.
Com o objetivo de divulgar e facilitar aos usuários o acesso ao sistema Linux e de coordenar, apoiar e dar organização aos distintos grupos não organizados que já existem na Espanha, surge a iniciativa de criar uma Associação, sem objetivo de lucro e de âmbito nacional, sob amparo das disposições legais vigentes.
Community Wireless Networking
O equipamento de uma rede Wireless de baixo custo que pode operar em bandas do espectro livres de licença deram início a outra revolução. O desafio que tem as redes é o valor limitante da comunicação sem fios: a distância. As relações que se podem formar através de uma rede comunitária sem fios são limitadas por seu alcance físico.
Creative Commons / Copy Left
Você é livre para:
- Copiar, distribuir e mostrar esta “obra”
- Criar obras derivadas
Sob as seguintes condições:
- Atribuição. Você deve dar crédito ao autor(a) original
- Não comercial. Você não pode usar esta obra com fins comerciais
- Compartilhamento. Se você modifica a obra, deve distribuir o trabalho resultante com uma licença idêntica a esta.
Suburbia
É um projeto sem fins lucrativos que nasceu no Hacklab WH2001 de Madri. O que se pretende é criar um Fanzine Eletrônico dedicado aos mundos da telemática, do ativismo e da cybercultura, aonde quem quiser possa colaborar. [suburbia@sindominio.net]
Indymedia Madrid-ACP
A Agência em Construção Permanente é um projeto que nasceu em SinDominio e agora é um projeto mais dos muitos que participam em este espaço de Inteligência coletiva. Indymedia-Madrid é um indymedia singular, um projeto que participa em Sindominio.net e procede de um projeto de comunicação anterior a Seattle – Centro de Meios de Comunicação Independente, que fez cobertura dos protestos contrários ao OMC/WTO (2) – intitulada Agência em Construção Permanente, a ACP. Certamente tem uma dimensão compartilhada com o resto das indymedias, a coluna esquerda com toda a rede e recursos indymedia acessíveis e a coluna direita de livre publicação, que funciona como uma janela aberta para o caos.
Pílula vermelha: vamos até o interior sabotar Matrix!
Hardware Livre
O hardware licenciado – tanto sistemas operativos como aplicações específicas de segurança, internet e bases de dados – poderiam perder terreno em detrimento do hardware livre. Em função do software livre, o hardware como membrana de intercâmbio com o meio no obriga a assumir os desmesurados recursos que requer o software licenciado. Tudo isso torna possível estar ligado com a pesquisa em ciência e o hardware científico, um campo aonde o código livre desenvolve múltiplas aplicações.
De um manifesto hacker se extrai o seguinte texto: a informação não é livre com o objetivo de representar o mundo de maneira perfeita, mas para expressar sua diferença em relação ao que é, e para expressar a força cooperativa que transforma o que é no que pode ser. A prova de que uma sociedade é livre não é a liberdade para consumir informação, nem para produzi-la, nem mesmo para aplicar seu potencial em um mundo destituído de valor pessoal. A prova de que uma sociedade é livre é a liberdade para a transformação coletiva do mundo através de abstrações eleitas livremente e livremente realizadas. Abstrair é construir um plano sobre o qual se possa estabelecer múltiplas relações possíveis entre coisas que de outro modo seriam diferentes e careceriam de conexão entre si. O virtual se identifica, se produz e se desencadeia através do abstrato. To hack é produzir ou aplicar o abstrato à informação e expressar a possibilidade de novos mundos.
Lanço uma pergunta: em arquitetura, onde as grandes multinacionais ocupam com sua publicidade grande parte das edificações atuais; onde os engenheiros de telecomunicações tendem a criar caixas negras com os sistemas intercomunicados licenciados dentro dos chamados edifícios inteligentes, como poderiam chegar a ser as configurações formais de outro hardware, o hardware livre?
nota
1
Nota do editor – Logo após a publicação do presente artigo, recebemos mensagem do arquiteto madrilenho José María García del Monte, professor de projeto da Escola Técnica Superior de Arquitetura de Madri, apontando os seguintes erros no artigo original: "a) El Centro Asociado a UNED y la Biblioteca de las Escuelas Pías de San Fernando, ha sido proyectado por los arquitectos José Ignacio Linazasoro y José María García del Monte, y no por Burillo y Lorenzo, que se han encargado del Museo de Artes y Tradiciones Populares (que por cierto adjudican erróneamente a Ruiz Barbarín); b) La fotografía que ilustran con un pie que dice "Rehabilitación del Mercado de San Fernando", corresponde en realidad al proyecto de la UNED y las Escuelas Pías; c) Y por cierto, la Plaza de la Corrala y de Agustín de Lara también ha ido rehabilitada por José Ignacio Linazasoro y José María García del Monte. Y no es "San" Agustín de Lara, sino solamente Agustín de Lara, famoso compositor de boleros mexicano de los años 50". Contatada, a arquiteta Cristina Jorge Camacho, autora do artigo, nos enviou a seguinte mensagem: “Pido disculpas por los errores cometidos con la autoría de alguno de los proyectos mencionados. Tanto los textos como las fotografías fueron extraídos literalmente de la información difundida por el Ayuntamiento de Madrid (con algunos errores de trascripción por mi parte), porque el sentido del escrito era mostrar el sistema de promoción, de difusión pública y de propiedad de las intervenciones que se están llevando a cabo. Frente al cual aparecía de forma paralela toda la evolución que, dentro del mundo de las telecomunicaciones, se está produciendo anónimamente en la distribución de la información a través de los sistemas no propietarios de Software Libre y de Copy Left". Diante dos erros apontados pelos arquitetos e acatados pela autora, tomamos a iniciativa de modificar o artigo, que agora encontra-se com a creditação correta.
2
OMC/WTO – Organização Mundial do Comércio / World Trade Organization.
sobre o autor
Cristina Jorge Camacho é arquiteta formada pela ETSAM (Escuela Técnica Superior de Arquitectura de Madri) em 1995. Bolsa Erasmus Istituto Universitário di Architettura di Venezia 1992/1993. Bolsa CEHOPU (Centro de Estudios Históricos de Obras Públicas e Urbanismo), CEDEX, 1995-1999. Pós-graduação: Plano de Organização Territorial de Montevidéu e Plano Especial da Baía na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Uruguai, 1997-1998 e colaboração no Trabalho de Graduação Interdisciplinar da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Campinas, Brasil, 1999. Pós-graduação: doutorado ETSAM e preparação da tese dirigida por Iñaki Ábalos no Departamento de Projetos Arquitetônicos, 1997-2001