Se entendida como reflexo da sociedade, a cidade pode revelar em seus diversos momentos superpostos na paisagem a memória da trajetória do homem no espaço, oferecendo possibilidades de construção de uma identidade sobre seu próprio reflexo.
Essa leitura atenta da paisagem urbana deve subsidiar nosso pensamento e avaliação das possibilidades de intervenção sobre as áreas de interesse histórico, seja este atribuído a seu valor arquitetônico ou memorial.
Redesenhar e intervir em tais contextos pressupõem, no mínimo, uma consciência e leitura crítica da história: de quem não apenas segue adiante mantendo um olhar no passado, mas também avalia em projeção as escolhas feitas no presente.
Jaime Cunha Jr., São Paulo SP Brasil