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interview ISSN 2175-6708

abstracts

português
Entrevista com o engenheiro Charles Walker, da firma de engenharia Ove Arup, é responsável, entre outras obras, pela construção do Pavilhão temporário para a Galeria de Arte Serpentine em Londres, de autoria de Oscar Niemeyer

english
Interview with engineer Charles Walker, the engineering firm Ove Arup, is responsible, among other works, for construction of a temporary pavilion for the Serpentine Art Gallery in London, designed by Oscar Niemeyer

español
Entrevista con el ingeniero Charles Walker, de la firma de ingeniería Ove Arup, es responsable, entre otras obras, de la construcción del Pabellón temporario para la Galería de Arte Serpentine en Londres, de autoría de Oscar Niemeyer

how to quote

LIMA, Beatriz de Abreu e; SCHRAMM, Mônica. Charles Walker. Entrevista, São Paulo, ano 04, n. 014.02, Vitruvius, abr. 2003 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/04.014/3336>.


Terminal da Estação Central de Arnhem, Holanda, 1996-2000
[fonte: Cortesia UN Studio – Ben Van Berkel & Caroline Bos]

Beatriz de Abreu e Lima: Houve um momento de virada na sua carreira, quando o senhor se tornou, digamos, um “engenheiro digital"?

Charles Walker: Sim, houve. Eu tinha consciência das mudanças tecnológicas e percebia a tendência gradual em direção às novas tecnologias. Os projetos com os quais trabalhei, permitiram que, desde cedo, eu compreendesse o poder dos programas de modelagem computacional. O primeiro projeto realmente digital que fiz foram os domos em Cingapura que começaram em 1995, há quase cinco anos, e acho que para a época, eram uma grande novidade.

BAL: O senhor exerce atividade acadêmica?

CW: Eu ensino com mais freqüência em escolas de Arquitetura. Também ensino no Imperial College, mas muito raramente.

BAL: Qual é sua principal preocupação em relação ao seu trabalho?

CW: Bem, existe um ditado que diz que um bom engenheiro não dorme bem. Quando você está simplesmente fazendo algo que já fez antes, que sabe que funciona, e é conservador em seus cálculos, então, você pode dormir perfeitamente bem porque não tem preocupações de nenhuma natureza. Mas, se você trabalha próximo dos limites e experimenta, tenta algo novo, correndo riscos não somente em relação à estrutura, mas também em relação ao custo; então você tem preocupações. Eu tenho preocupações, mas de certa forma, tenho orgulho disso. Se eu dormisse bem, eu ficaria realmente preocupado.

BAL: Em que projeto o senhor está trabalhando agora?

CW: Agora? No Arnhem Central de Ben van Berkel (11). Estamos fazendo o projeto da cobertura do terminal.

nota

11
Segundo o site oficial do UN Studio, o “projeto concentra um programa misto de 160.000m2 (...) Seis sistemas diferentes de transporte convergem na área da estação e todos os dias, 55.000 passageiros passam pelo terminal transferindo-se de um sistema para outro”. O diagrama de uma “Garrafa Klein” serviu de base para a concepção do projeto. A idéia da continuidade da superfície da “Garrafa Klein” se aplica à integração necessária entre os diferentes sistemas de transporte e se traduz também no esquema estrutural que permite a continuidade entre piso e teto. A circulação modula a estrutura do Terminal.

Terminal da Estação Central de Arnhem, Holanda, 1996-2000
[fonte: Cortesia UN Studio – Ben Van Berkel & Caroline Bos]

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014.01

Tomás José Sanabria

Jorge Mario Jáuregui

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