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interview ISSN 2175-6708

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Nesta entrevista concedida à Alessandro Rosaneli, a arquiteta e paisagista Anne Vernez Moudon apresenta importantes considerações para aqueles interessados no estudo da forma urbana e nos possíveis desdobramentos metodológicos

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ROSANELI, Alessandro Filla; SHACH-PINSLY, Dalit. Anne Vernez Moudon. Entrevista, São Paulo, ano 10, n. 040.01, Vitruvius, out. 2009 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/10.040/3397/pt_BR>.


Subúrbio típico norte-americano em Newark, Ohio: grandes casas unifamiliares em grandes lotes significando conforto, segurança e privacidade
[fonte: CAMPOLI, J e MACLEAN A. S. Visualizing Density. Cambridge: Lincoln Institute of Land Polic]

Alessandro Filla Rosaneli e Dalit Shach-Pinsly: O que inspira a curiosidade científica da senhora sobre questões urbanas nas cidades ao redor do mundo?

Anne Vernez Moudon: Bem, o que eu gosto de fazer quando viajo é passear, comer, beber um bom vinho e me estressar o menos possível. Isto é o que é bom quando se viaja. E ao final do dia, eu adoro ir a um terraço e aproveitar a vista da cidade e somente escutar as pessoas e sentir o lugar. Isto é muito precioso. Mas no fundo de minha mente eu sempre tenho um tipo de planta da forma urbana – tipologias de edifícios, planos, etc. Assim, enquanto eu como minha comida, bebo meu vinho e converso com meus amigos eu penso e sinto todas essas coisas! Meu interesse seria ter muito mais documentos sobre estas cidades. Mas acredito que isto está se realizando porque as pessoas estão muito interessadas em documentar suas cidades. E isto também é um problema que envolve a disseminação deste conhecimento. Seria muito bom se tivéssemos simples registros sobre as formas urbanas das cidades. Outro assunto seria que as forças e princípios que estão por detrás da construção da cidade são todas as mesmas. O que eu quero dizer é que existem muitas ameaças comuns. Não importa se você tem grandes ou pequenas construções, estilos arquitetônicos diferentes, diferentes formas de quarteirões, o processo de construção da cidade é muito semelhante. Então eu adoraria ler sobre isto. Mas é muito difícil mostrar isso cientificamente porque você precisa de bons mapas, desenhos e análises. E isto seria um trabalho que exigiria um esforço enorme. A alternativa seria demonstrar isto de uma forma muito simples. Por exemplo, eu me lembro de Kunming, na província chinesa de Yunnan. Sendo uma cidade chinesa, era um pouco diferente do que eu conhecia, mas eu a visitei e a compreendi, pelo menos eu acho, o que eu poderia ter visto em muitas outras cidades ao redor do mundo. Você pode perguntar: como você pode enxergar similaridades com outras cidades em um lugar em que a terra é de posse coletiva e o sistema de planejamento comunista prevalece? Eu podia ver que os prédios eram diferentes, mas eu também podia ver que o lote estruturava a cidade. Como poderiam existir lotes ou parcelas quando a terra pertence à comunidade (na verdade, ao governo provincial)? E por acaso, esta estrutura parcelar está agora inclusa nos estudos das cidades chinesas em razão dos recentes movimentos no sentido da privatização da terra. O que eu vi foi que mesmo sem a propriedade privada da terra, a China tinha um sistema de divisão da terra baseada na permissão de uso individual “privado”. O desenvolvimento legal da cidade é feito com base no lote, como o é em outras cidades. Assim, essencialmente, os chineses desenvolvem lotes da mesma forma como nós o fazemos. Isto foi fascinante para mim porque a forma como nós olhamos e compreendemos as cidades podem ser transferida para outras culturas e de forma muito rápida pode ensinar-nos de como se pode colocar questões sobre como as coisas operam!

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