Ata de Julgamento
A Comissão Julgadora do Concurso Público Piratininga Acessível iniciou seus trabalhos no dia 14 de dezembro de 2004, às 9h30min, na sede do IAB/RJ-LM, quando o consultor do concurso, Arquiteto e Urbanista Sergio Rodrigues Bahia, desfez os 16 (dezesseis) pacotes que embalavam as propostas concorrentes, renumerando-as na presença dos jurados.
Estavam presentes, na ocasião, os seis membros da Comissão Julgadora, sendo cinco titulares e um suplente.
A partir das considerações do arquiteto consultor sobre as normas de apresentação estabelecidas no edital e seu confrontamento com o material recebido, foi observada pelo júri a garantia da lisura do processo de julgamento. Foram então iniciados os trabalhos de avaliação das propostas, tendo prosseguimento nos dias 15 e 16 de dezembro deste mesmo ano, quando, neste último dia, foi promulgado o resultado.
Inicialmente, foi destacado pelo júri:
1. O reconhecimento do esforço das instituições envolvidas em promover, organizar e patrocinar um concurso público com o alcance proposto e;
2. O expressivo número de trabalhos apresentados, inclusive de equipes de outros estados, o que ratifica a importância da iniciativa.
Ao iniciar os trabalhos relativos ao julgamento das propostas e de conformidade com o que estipula a alínea 14.4 do item 14 - Dos Critérios de Julgamento, do Edital do Concurso, a Comissão Julgadora decidiu que os projetos seriam analisados levando em consideração os seguintes critérios:
1. O conhecimento dos problemas urbanos da macro-área do projeto que condicionam a proposta e sua compatibilidade com as soluções apresentadas;
2. Os fatores técnico-projetuais que influenciaram o projeto da praça, tanto no que diz respeito à sua inserção no macro espaço da área de entorno, bem como no micro espaço da praça propriamente dita;
3. As condições de acessibilidade, explicitadas no edital, e sua inserção na proposta efetuada.
Após a análise dos 16 (dezesseis) trabalhos, o júri resolve conceder premiações de primeiro, segundo e terceiro lugares e duas menções honrosas, emitindo o seguinte parecer:
Menção honrosa
O projeto caracteriza-se por interpretar corretamente a área urbana em estudo, valorizando o trecho da Avenida Conselheiro Paulo de Melo Kalle de ligação direta com a lagoa, onde então propões um novo pólo de atração.
O tratamento adotado na Praça Dom José Gonçalves da Costa, no entanto, não valoriza a continuidade espacial proposta pela intervenção urbana, interrompendo com desníveis significativos a permeabilidade possível.
Trabalho N.º 10.
Menção honrosa
A proposta valoriza os eixos de ligação da praça com seu entorno e destaca-se por adotar uma solução conceitual contemporânea e expressiva, embora encontre na fragmentação adotada problemas com o fluxo viário e com alguns elementos do programa.
Trabalho N.º 09.
Terceiro lugar
A proposta da equipe valoriza o desenho urbano, introduzindo na praça o traçado radial de seu entorno, embora não absorvido na localização da quadra. No ponto focal, esculturas, ainda reforçando o desenho urbano, conferem o devido conteúdo monumental tornando a praça uma referência para a população. Dois destaques para a acessibilidade: o piso de toda a rótula no mesmo nível da praça e textos em braile nas esculturas.
Trabalho N.º 12.
Segundo lugar
A proposta faz uma análise correta do contexto urbano, identificando com tratamentos específicos os quatro pontos principais de ligação com a Praça Dom José Gonçalves da Costa. Nesta, qualifica sua proposta através de equipamentos com extrema propriedade temática, criando referenciais lúdicos, simbólicos e pedagógicos, além de valorizar os aspectos relativos à acessibilidade.
Trabalho N.º 02.
Primeiro lugar
O júri acentua a capacidade da equipe de, ao analisar a diversidade de usos e seus conflitos, propor a ampliação do conceito único da praça central, criando novos espaços nos quatro vértices do anel externo, além da via parque (rambla). Ao raciocinar desta forma, o projeto consegue valorizar os usos pontuais distintos (práticas desportivas, mesas de bar e uso comercial) relocando-os, reservando à praça central as atividades prioritárias de lazer contemplativo, tranqüilidade, recreação infantil e convívio social.
A solução apresentada foi estruturada através de uma hierarquização viária, valorizando o convívio social, a circulação de pedestres e criando espaços diversificados.
Acentua, ainda, o papel compositivo complementar da arquitetura e destaca o nivelamento contínuo proposto ao longo de toda a intervenção projetual.
Trabalho N.º 04.
Comissão Julgadora
Affonso Junqueira Accorsi
Maurício Monteiro Campbell
Sônia Aquino Mendes
Telma Carvalho Calistrato
Vera Magiano Hazan