Ata dos trabalhos da comissão julgadora do Concurso Público Nacional de Anteprojetos de Arquitetura para o Centro de Informação do COMPERJ: Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro
2ª Etapa
Reuniu-se a Comissão Julgadora, composta pelos arquitetos Carlos Fernando de Souza Leão Andrade, Cláudio Araújo, Mauro Almada, Ruy Cordeiro e Ubirajara Ribeirinho Telles, nos dias 25, 26 e 27 de maio de 2008, na sede do IAB/RJ, para proceder aos trabalhos de julgamento da 2ª Etapa do Concurso Público Nacional de Anteprojetos de Arquitetura para o Centro de Informação do COMPERJ: Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, definindo preliminarmente o seguinte:
a) Congratular-se mais uma vez com o IAB/RJ e a Petrobrás pela iniciativa deste concurso, e a preocupação demonstrada, na organização do mesmo, com a preservação do Patrimônio Histórico e do Meio Ambiente. E ainda, em especial, saudar os três finalistas pelo bom nível dos trabalhos apresentados, que expressam conceitualmente 3 partidos diferenciados entre si, todos eles meritórios.
b) Ratificar as escolhas do Presidente e Relator da Comissão efetuadas na 1ª etapa do concurso, respectivamente, os arquitetos Carlos Fernando de Souza Leão Andrade e Mauro Almada.
c) Registrar o recebimento dos três trabalhos finalistas, acompanhados do relatório do Coordenador Geral arquiteto Luiz Cláudio Franco.
d) Definir os critérios de julgamento da 2a etapa, como se segue:
- Ratificando os critérios estabelecidos na 1a etapa do concurso, a saber: implantação no sítio e expressão formal; relações com o entorno (paisagem natural e cultural); aspectos funcionais e programáticos; aspectos construtivos e tecnológicos; e aspectos ambientais.
- Verificando a observância das recomendações elencadas pelo Júri na Ata da 1ª etapa de julgamento.
- Analisando os aspectos projetuais desenvolvidos, detalhados, melhor esclarecidos ou modificados na 2a etapa do concurso, tais como: custos; especificação de sistemas, técnicas construtivas e materiais de acabamento; visibilidade e relações do edifício com o entorno (sítio tombado e paisagem natural), conforto ambiental (térmico, acústico e lumínico); paisagismo e acessibilidade; e arranjo funcional, circulações e fluxos; entre outros.
e) Definir a metodologia de trabalho, como se segue:
- Leitura e análise individual dos trabalhos.
- Discussão e debate coletivo.
- Votação e atribuição dos prêmios.
Uma vez aplicados os critérios de julgamento e a metodologia de trabalho acima descritos, chegou o Júri aos seguintes resultados:
3° colocado (por maioria de votos)
Projeto nº 148
Arquiteto responsável: Eduardo Suzuki
Parecer do JúriConsiderou-se que as recomendações explicitadas na 1ª etapa de julgamento não foram satisfatoriamente atendidas, em especial no que se refere às circulações internas de acesso aos locais de grande afluência de público, em geral tímidas e/ou tortuosas; à concepção estrutural adotada, pouco clara e em conflito com o partido arquitetônico, definido em grande parte pela cobertura em arco; às soluções propostas para determinados elementos da composição, como os alvéolos / brises de fachada e os domus da cobertura. Observe-se, ainda, que o custo orçado da obra, mesmo quando subtraído o valor das fundações (indefinido por ainda não terem sido fornecidas as sondagens de solo), resultou superior ao previsto no Edital do concurso.
2º colocado (por maioria de votos)
Projeto n° 164
Arquiteto responsável: Otávio Leonídio
Parecer do JúriConsiderou-se que embora cumprindo em parte as recomendações oriundas da 1a etapa do concurso – ajustes no muro externo para otimização dos ângulos de visualização das ruínas e marcação mais enfática do acesso principal-, a implantação proposta pêlos concorrentes na 1a etapa do concurso foi mantida, privilegiando-se os aspectos relacionados ao conforto térmico do edifício, em prejuízo de sua relação com o entorno, sobretudo no que diz respeito à visibilidade das ruínas, menos enfática que nos dois outros projetos finalistas. O júri questiona, ainda, a adequação dos brises cerâmicos propostos para as fachadas; o acesso às casas de máquinas de ar condicionado; e a introdução, na etapa de anteprojeto, de um elevador, inexistente na primeira versão do projeto, equipamento este desaconselhado pelo Edital, conforme observado nas recomendações do Júri ao trabalho de nº 187, na Ata da 1ª etapa de julgamento do concurso.
1° colocado (por maioria de votos)
Projeto nº 187
Arquiteto responsável: Vinícius Andrade
Parecer do JúriConsiderou-se que, além de cumprir as recomendações expressas na 1ª etapa do concurso, o projeto vencedor se destaca por seus atributos expressivos; relacionamento franco com a paisagem natural circundante e as ruínas tombadas; clareza na distribuição interna do programa funcional; racionalidade e singeleza construtiva; boa solução para o percurso de chegada ao edifício; e adequação aos limites orçamentários.
Outrossim, como contribuição ao desenvolvimento executivo do projeto, o Júri sugere a revisão de alguns pequenos detalhes, sem que isto signifique qualquer diminuição dos inegáveis méritos e atributos positivos do projeto, quais sejam: ajuste na posição da passarela de acesso com relação às portas de entrada do edifício; posicionamento dos controles de entrada (catracas) e explicitação dos limites físicos entre o hall de acesso público e a área museológica; solução da rampa de acesso ao mezanino; e controle do acesso à varanda da biblioteca, tendo em vista a segurança do acervo.
Rio de Janeiro, 27 de maio de 2008.
Carlos Fernando Souza Leão Andrade
Presidente do Júri
Claudio Araújo
Ruy Cordeiro
Mauro Almada Relator
Ubirajara Ribeirinho Telles
