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PORTAL VITRUVIUS. Centro de Referência em Empreendedorismo do Sebrae-MG. Concurso Público para Contratação de Projeto de Arquitetura. Projetos, São Paulo, ano 08, n. 096.01, Vitruvius, dez. 2008 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/08.096/2934>.


Um edifício que reflita o caráter de sua própria instituição. Um espaço de acolhimento ao pequeno empresário que procura apoio, formação e capacitação. Uma sede que expresse a parceria entre o Sebrae e a sociedade.

Um conjunto edificado único, entendido como continuidade do atual complexo do Sebrae-MG, e que promova a integração entre a instituição e seu meio urbano circundante.

O partido adotado na solução do novo edifício para o Sebrae-MG é conseqüência natural das diretrizes indicadas no termo de referência do presente concurso:

  • necessidade de integração entre os espaços da Sede Atual, da Escola Técnica de Formação Gerencial e do Novo Edifício Administrativo.
  • adaptação de um programa de necessidades complexo a um terreno que impõe restrições quanto à sua ocupação, principalmente no que diz respeito à geometria recortada e aos desníveis acentuados entre as ruas de acesso do complexo.
  • necessidades técnico-econômicas como: custo da obra estimado em vinte milhões de Reais, horizontalidade do conjunto, lençol d’água bastante superficial na porção central do terreno e prazo de 12 meses para a execução.

Como solução aos problemas apresentados propõe-se:

  • adoção do nível do piso (889,00) como cota de integração entre os diversos componentes do conjunto edificado: sede atual, escola e novo edifício. Esse nível constitui um segundo térreo da edificação acessado a partir da Rua Boturobi.
  • racionalização da geometria do novo edifício, adotando uma direção que permita regularizar a forma com o máximo de aproveitamento da área construída. O formato dos prismas regulares que resultam dessa racionalização decorre da necessidade de grande área de pavimento dos setores do Estacionamento e da Área de Treinamento.
  • posicionamento do bloco dos estacionamentos entre a cota do nível d’água (881,00) e a cota do nível de integração (889,00). Com essa medida, além de facilitar o acesso a partir da Rua Boturobi, os subsolos não interferem significativamente no nível d’água. A racionalização da modulação estrutural da garagem permite que os espaços de trabalho e estudo sejam construídos através de sistemas industrializados de estrutura metálica.

O diagnóstico e as intenções de projeto descritas acima resultam num edifício composto de dois blocos volumétricos longitudinais – o do estacionamento e o dos espaços de trabalho e estudo - ambos servidos por três torres de serviços que concentram as instalações prediais, os equipamentos e as circulações verticais.

O volume do estacionamento serve como um “podium” sobre o qual está localizado o piso de integração. Esse segundo térreo contém as áreas de atendimento ao público, o foyer e os espaços de apoio à área de treinamento. Um mezanino desse pavimento abriga a ETFG, o restaurante e a área de lazer dos funcionários.

O volume do bloco de escritórios e salão multiuso, disposto também no sentido longitudinal, está dividido em três pavimentos. O primeiro piso, logo acima do nível de integração, abriga o salão multiuso. O segundo nível congrega as Unidades Técnicas e os Serviços. No terceiro pavimento estão: Conselho, Diretoria, Biblioteca e os Serviços de Apoio à Administração.

Para potencializar o conceito de integração, todos os setores estão ligados por um vazio vertical que transforma o foyer num espaço de transição e conexão.

Passarelas apoiadas, de um lado, na torre principal, de outro, no bloco de eventos e escritórios, percorrem o perímetro desse vazio, promovendo a circulação de usuários entre os espaços de trabalho, estudo e descanso.

Posicionado a Noroeste do conjunto edificado, esse núcleo de circulação e instalações permite também sombrear o vazio e a lateral do edifício, evitando ganhos de calor provenientes da radiação solar.

No térreo da Avenida Barão Homem de Melo, o volume opaco do núcleo ganha transparência. Aí se localiza a recepção principal do edifício onde é realizado o cadastramento de visitantes e a distribuição de informações.

Estrutura

Para o embasamento, onde se localizam os estacionamentos, propõe-se uma estrutura de concreto armado moldado in loco.

Em função do nível d’água subterrâneo, para evitar o uso de escavações desnecessárias, essa estrutura em concreto é constituída de lajes protendidas com capitéis nos pilares, o que permite pés-direitos livres de vigas com menor distância entre pisos. Nos demais setores do edifício adotou-se uma solução em estrutura metálica.

Para isso, os espaços estão organizados em vãos de 1680, 960, 720 centímetros, baseados numa modulação de 120 centímetros. Essas medidas, além de permitirem bom aproveitamento de vagas no estacionamento, são econômicas na execução da estrutura metálica e na instalação do piso elevado.

A estrutura é composta de vigas e pilares em aço com lajes alveolares em concreto pré-fabricadas. Para o travamento dos esforços horizontais, as “torres de serviços” são edificadas em concreto armado. A treliça metálica utilizada no pavimento de treinamento auxilia o travamento do bloco de escritórios, permitindo vencer os balanços das extremidades.

Sistemas construtivos

Para garantir a flexibilidade das instalações, em todos os ambientes de escritórios ou reunião de público foi previsto sistema de piso elevado em aço modulado em 60x60cm.

Os forros acústicos distribuem-se em todas as áreas de trabalho, garantindo a qualidade sonora do ambiente. Acima do forro há espaço para passagem de instalações elétricas e de ar condicionado.

As esquadrias em vidro e alumínio, moduladas conforme a estrutura, seguem o padrão de 120cm. Para permitir a ampla abertura foi utilizado um sistema misto de pele de vidro com aberturas de correr.

A massa construída do estacionamento foi pensada em concreto aparente. Já os núcleos de serviços recebem acabamento exterior em placas de pedra de tonalidade clara.

Uma “sobrepele” em chapa perfurada metálica complementa os revestimentos externos das fachadas noroeste e sudeste.

Conforto ambiental

A principal estratégia de conforto adotada é a utilização das massas construídas e acabamentos da edificação como sombreadores dos espaços internos.

Nesse sentido, as torres  opacas de serviços concentradas a Noroeste garantem a redução das trocas térmicas interior-exterior nos meses quentes do ano. Revestidas em placas de pedra, num sistema de fachada ventilada, permitem inércia térmica das paredes e conservação da temperatura interna.

Com a mesma intenção, as fachadas Noroeste e Sudeste recebem tratamento externo em painéis de chapa metálica perfurada de cor clara. Esses painéis são articulados e podem ser abertos para permitir melhor iluminação quando necessário.

O formato longitudinal dos pavimentos tipo, organizados em planta livre, permite ainda a ventilação cruzada dos ambientes de trabalho.

Para complementação dos sistemas passivos de condicionamento, foram reservados espaços para instalação de ar-condicionado tipo central de água gelada na cobertura e salas para os fan coils nos pavimentos.

Instalações

A concentração das instalações e equipamento em prumadas contínuas permite que os espaços internos tenham grande área livre e flexibilidade futura.

Com isso a área dos pavimentos é maximizada, chegando a 1375m², o que possibilita rearranjos das áreas de escritórios e flexibilização na distribuição do setor de treinamento.

Para promover a eco eficiência da edificação, as instalações de águas pluviais e hidrosanitárias contam com sistemas de reaproveitamento de água cinza e da chuva. Com a mesma intenção é reservado um espaço para separação do lixo orgânico e reciclados.

Nos pavimentos de estacionamento estão localizadas as salas técnicas para subestação de energia, geradores e cisternas.

ficha técnica

Autores: Arquitetos Dario Corrêa Durce, Emerson José Vidigal, Eron Danilo Costin, Matheus Marques Rodrigues Alves e Rodrigo V. Martins

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Arquiteto Emerson José Vidigal
Curitiba PR Brasil

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