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Conheça os projetos vencedores do Concurso para Requalificação e Ampliação do Complexo Teatro Castro Alves, em Salvador

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PORTAL VITRUVIUS. Complexo Teatro Castro Alves. Concurso Público Nacional. Projetos, São Paulo, ano 10, n. 110.01, Vitruvius, fev. 2010 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/10.110/3580>.


Às 10h00 do dia 13 de janeiro de 2010, na Sala do Memorial do Teatro Castro Alves, o coordenador do Concurso Nacional de Anteprojetos de arquitetura e complementares para a requalificação e ampliação do Complexo Teatro Castro Alves, arquiteto Nivaldo Andrade, os representantes da administração do complexo, Moacyr Gramacho, diretor geral, Rosemilda Lima, diretora artística, Cinthia Rosa, coordenadora do departamento de arquitetura, Renata Mota, coordenadora do centro técnico, e Erlon Coutinho, gerente administrativo e financeiro, reuniram-se com os integrantes da Comissão Julgadora do Concurso (CJ), os arquitetos Jorge Moscato, José Fernando Marinho Minho, Luiz Manuel do Eirado Amorim, Naia Alban Suarez e Vinícius Hernandes de Andrade.

O Diretor Geral do TCA deu as boas vindas à comissão julgadora e declarou abertos os trabalhos. Inicialmente, os membros da diretoria do TCA fizeram uma apresentação do plano estratégico de gestão da instituição, explicitando a estrutura gestora atual, as condições de trabalho e as metas estabelecidas. A comissão julgadora teve a oportunidade de inquirir a coordenação do concurso e a equipe técnica do teatro acerca das prioridades estabelecidas no plano de metas e quais os aspectos das propostas arquitetônicas que deveriam ser priorizadas. Foram destacados os seguintes critérios: a) a integração as diversas unidades componentes do complexo; b) contribuição para o valor arquitetônico ao conjunto, sem, no entanto, comprometer a integridade do complexo modernista; c) atendimento às exigências técnicas, inclusive no que se refere ao diagrama de fluxos, distinguindo com clareza as diversas categorias de usuários; d) execução em etapas; e) exeqüibilidade da proposta.

No início da tarde foi realizada uma visita guiada ao Teatro Castro Alves, quando foi possível avaliar as condições atuais de funcionamento, as possibilidades de intervenção e observar as propriedades arquitetônicas que dão ao conjunto sua identidade e relevância no contexto do panorama arquitetônico modernista brasileiro, já ressaltado por inúmeros historiadores. A comissão julgadora foi acompanhada pelas arquitetas Cinthia Rosa e Renata Mota, e pelo consultor em cenotecnia, José Carlos Serroni. Às 18h00 a CJ encerrou as atividades do dia. 

14 de janeiro de 2010

Às 08h30, a CJ reuniu-se na Sala 2 de Julho do Hotel da Bahia e declarou abertos os seus trabalhos elegendo, por unanimidade, a arquiteta e urbanista Naia Alban Suarez para exercer a Presidência dos trabalhos e o arquiteto e urbanista Luiz Manuel do Eirado Amorim para a relatoria. Em seguida, a coordenação do certame resumiu os termos das bases do concurso, respondeu às dúvidas e observações dos membros da CJ, relatou os procedimentos de recebimento, verificação e preparação dos trabalhos inscritos, numerados de forma aleatória de 101 a 118. Informou aos presentes que o trabalho inscrito com o número 104, não atendeu às exigências do Cronograma explicitado no Edital do Concurso, tendo sido postado no dia 8 de janeiro, um dia após a data definida. A CJ deliberou por sua desclassificação.

Na seqüência, a comissão passou a discutir os procedimentos a serem adotados para a análise, avaliação e classificação das propostas inscritas. Ficou estabelecido, por unanimidade, proceder a análise de cada trabalho individualmente, seguida de reuniões coletivas para deliberar, em processos sucessivos, a eliminação de propostas que não atendessem satisfatoriamente às exigências das bases do concurso. Em seguida, foram definidos os critérios de análise, com base no item 6.7 do Regulamento, bem como os pesos respectivamente atribuídos, como disposto a seguir: a) a integração entre as diversas unidades componentes do complexo (peso 3); b) agregação de valor ao conjunto arquitetônico – criatividade (peso 2); c) preservação dos valores do patrimônio moderno (peso 1); d) satisfação das exigências de alocação de atividades e distribuição de fluxos – programa de necessidades (peso 1); e) atendimento às exigências cenotécnicas e acústicas - adequação às demandas tecnológicas (peso 1), f) execução em etapas (peso 0,5); g) exeqüibilidade da proposta (peso 0,5).

Depois de uma primeira revisão, a CJ ressaltou a qualidade técnica dos trabalhos apresentados, embora tenha identificado que todas as propostas apresentassem alguma inconsistência com relação às recomendações contidas nas bases do concurso. Considerando que as não conformidades observadas não comprometem a qualidade das propostas, a CJ entendeu dar continuidade ao processo de avaliação.

A primeira deliberação eliminou os trabalhos identificados pelos números 103, 105, 110 e 118. A segunda eliminou os trabalhos 101, 106 e 117. Finalmente, foram eliminadas as propostas 107, 109 e 115.

Em seguida, a equipe técnica do TCA foi convidada para prestar esclarecimentos relativos às questões específicas levantadas nesta primeira fase da avaliação.

A CJ encerrou as atividades do primeiro dia de atividades às 19h00, ficando os trabalhos 102, 108, 111, 112, 113, 114 e 116, considerados semifinalistas.

15 de janeiro de 2010

Às 09h00 a CJ se reuniu com os consultores José Carlos Serroni, especialista em cenotecnia, Maurício José Liam Bastos, especialista em sistemas estruturais, e José Augusto Nepomuceno, especialista em acústica arquitetônica, com o objetivo de verificar as particularidades técnicas das propostas semifinalistas.

A CJ, após as discussões e argumentações finais, convergiu para a classificação definitiva por ordem de mérito dos cinco trabalhos finalistas do Concurso Público Nacional de Anteprojetos de arquitetura e complementares para a requalificação e ampliação do Complexo Teatro Castro Alves, conforme pontuação apresentada na tabela abaixo:

Critérios

Peso

Trabalhos

102

108

111

112

113

114

116

a

Integração entre as diversas unidades componentes do complexo

3

4.80

6.40

7.40

7.20

6.40

4.80

5.00

b

Agregação de valor ao conjunto arquitetônico – criatividade

2

6.20

6.20

8.80

6.20

6.40

6.20

5.80

c

Preservação dos valores do patrimônio moderno

1

6.40

7.00

8.00

7.00

7.00

5.60

6.60

d

 Satisfação das exigências de alocação de atividades e distribuição de fluxos – programa de necessidades

1

6.00

4.40

8.60

7.80

6.00

5.40

4.80

e

Atendimento às exigências cenotécnicas e acústicas -  adequação às demandas tecnológicas

1

7.00

8.00

7.00

4.00

8.00

6.00

7.00

f

Execução em etapas

0.5

5.80

7.80

6.60

7.40

6.20

5.20

5.20

g

Exeqüibilidade da proposta

0.5

6.20

8.00

5.80

5.80

5.80

5.40

5.80

Média ponderada

 

6.09

6.30

8.02

6.56

6.51

5.68

5.68

 

Os trabalhos de número 114 e 116 classificaram-se com a mesma pontuação (5,68), empatados em sexto lugar.

A CJ atribuiu o quinto lugar para o trabalho de número 102. Observa que o projeto propõe uma nova ordem funcional por meio da criação de uma passagem sob a Sala Principal, o que em grande parte consegue, ainda que ao custo de algumas simplificações organizativas e apelando para resoluções estruturais complexas. O resultado é razoável e convincente, porém seus méritos diminuem devido ao grande esforço necessário para a rotação da Concha Acústica, sem que isso traga benefícios que justifiquem essa solução. A vizinhança entre a Sala Polivalente e a Sala de Concertos não é desejável acusticamente e deveria ser revista, da mesma forma que o acesso direto do camarim para o palco.

A CJ atribuiu o quarto lugar para o trabalho de número 108. O projeto propõe a opção do acesso pelo vale, conformando uma nova frente urbana, que resolve com um volume baixo e independente, acessível através de uma esplanada ampla que conduz à Concha Acústica. Este volume, que incorpora a maioria dos novos programas, tem um acesso a partir do Campo Grande, através de uma rampa que parte da rotatória lateral, não melhorando as condições de acesso a partir do foyer. O resultado plástico do projeto não aponta para a integração do conjunto arquitetônico. A nova Sala de Concertos, embora esteja localizada no piso -2 do edifício existente, apresenta graves dificuldades no acesso de público a partir do seu foyer. A Comissão Julgadora considera a localização proposta para o café, no Jardim Suspenso, como inadequada. Mesma incompatibilidade é encontrada na posição do alojamento.

A CJ atribuiu o terceiro lugar para o trabalho de número 113. O projeto propõe um volume posterior colocado de forma oblíqua ao edifício existente, e que unifica todos os programas novos e a Concha Acústica sob uma grande cobertura. Esta solução unificadora produz uma plataforma elevada de qualidade paisagística bem relacionada com a edificação existente por meio da passagem sob a Sala Principal. No entanto, a CJ avalia que a implantação deste volume ocupa de forma desfavorável o vale, prejudicando o acesso pela Ladeira da Fonte. Além disso, incorpora de maneira discutível a Concha Acústica e o cinema a este novo volume. A Sala de Concertos está localizada no piso -3, sob o Vão Livre, não atendendo, portanto, ao estabelecido nas bases do Concurso, além de não resolver corretamente seus acessos de público e de serviços.

A CJ atribuiu o segundo lugar para o trabalho de número 112. O projeto propõe com clareza a opção de um novo volume posterior ao edifício principal do Teatro, que configura uma nova frente urbana, que é resolvida com qualidade de desenho, ao mesmo tempo em que conforma um espaço urbano de acesso à Concha Acústica, que se encontra adequadamente valorizada. Desta forma, o projeto resulta bem definido em suas partes, ainda que se possa observar certa desconexão funcional entre os níveis adotados para o bloco posterior e o edifício existente. No que se refere à distribuição do programa, esta se encontra adequadamente resolvida, com uma correta estrutura circulatória. Este projeto se destaca ainda pela solução construtiva, que viabiliza uma construção em fases. A Sala de Concertos, contudo, não atende à determinação das bases do Concurso, uma vez que se localiza no piso -4, além de possuir acessos com dimensões insuficientes e de não resolver independentemente os acessos de público e técnico. Algumas questões técnicas relativas ao Centro de Referência em Engenharia do Espetáculo Teatral devem ser revistas, tal como a proximidade da serralheria e da marcenaria com o Teatro Experimental.

Finalmente, a CJ atribuiu o primeiro lugar para o trabalho de número 111. O projeto opta por desenvolver o sistema de acessos a partir do Campo Grande, revitalizando o uso do foyer existente, gerando uma passagem por baixo da Sala Principal e incorporando duas circulações laterais até chegar à nova frente urbana voltada para o vale, que é resolvida corretamente, quase sem alterar a topografia do lugar. Deste modo, gera uma planta contínua, desenvolvida fundamentalmente nos pisos -1 e -2, através de um sistema circulatório contínuo e flexível que se constitui em circulações gerais e técnicas, o que permite integrar as partes do programa atualmente desconectadas e os novos programas, atendendo, portanto, atende plenamente à principal necessidade do Novo TCA. No que se refere ao volume baixo proposto, voltado para o vale, este permite respeitar a conformação atual da fachada posterior do Teatro, sem alterar a sua imagem original, que se considera valiosa.

O projeto destaca-se pela forma harmoniosa como se insere no contexto existente, gerando uma nova volumetria, marcadamente horizontal, que valoriza o TCA.

A Comissão Julgadora sugere que os autores do projeto revejam a localização da nova Sala de Concertos, com o objetivo de atender ao estabelecido nas bases do Concurso, e observa que o projeto deve respeitar em maior medida a conformação original do foyer, que não deverá ser alterado substantivamente, e que, no acesso inferior, proposto sob a Sala Principal, deve ser revisto para não interferir desnecessariamente nas fundações dos pilares da Sala Principal. A cobertura da Concha Acústica merece revisão, por tratar-se de uma área de som amplificado, da mesma forma que a abordagem acústica da Sala Principal e o rearranjo proposto para as poltronas daquele espaço. No palco, a intervenção acústica proposta é de todo indesejável. Sugere-se a revisão do partido do ateliê/oficina comum à marcenaria, serralheria, etc.

A CJ cumprimenta o TCA, na pessoa do seu Diretor Geral Moacyr Gramacho, pela iniciativa e promoção do concurso público de projetos para a requalificação e ampliação da sua sede, na expectativa de que seja seguido por outros certames promovidos pelo Governo do Estado da Bahia. Congratula-se, também, com o Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento da Bahia, nas pessoas de seu Presidente Paulo Ormindo de Azevedo e do coordenador geral do concurso, arquiteto Nivaldo Andrade. Por fim, a comissão julgadora cumprimenta todos os profissionais concorrentes, em especial os finalistas.

Aos quinze dias do mês de janeiro de 2010, às 23h30, o Presidente da Comissão julgadora declarou encerrados os trabalhos de avaliação e julgamento do Concurso Público Nacional de Anteprojetos de arquitetura e complementares para a requalificação e ampliação do Complexo Teatro Castro Alves, e,confiantes que a equipe vencedora será encarregada do desenvolvimento de sua proposta, entendendo estar concluído o seu trabalho, declara a sua dissolução.

Salvador, 15 de janeiro de 2010.

Naia Alban Suarez, Presidente
Luiz Manuel do Eirado Amorim, Relator
Jorge Moscato
José Fernando Marinho Minho
Vinícius Hernandes de Andrade

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IAB-BA
Salvador BA Brasil

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IAB-BA
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