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A partir do conceito de Desenvolvimento Econômico Local, o autor comenta quais seriam os mecanismos de gestão pública possíveis e necessários para ações na escala municipal


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LEIRNER, André I.. Notas sobre o fomento de Arranjos Produtivos Locais para o desenvolvimento econômico e renovação territorial urbana. Arquitextos, São Paulo, ano 05, n. 059.14, Vitruvius, abr. 2005 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/05.059/483>.

Território, nova economia e vantagem competitiva

Nas últimas duas décadas a cidade de São Paulo passou por uma grande transformação econômica. Nesse período, a redução em empregos industriais foi compensada pelo aumento de empregos não industriais. Tal fenômeno afetou a eficiência econômica e a produtividade da cidade como um todo levando à decadência áreas que passaram a testemunhar o abandono de posições de emprego, a migração de atividades sociais e econômicas de alto retorno, assim como, a queda nos valores de propriedades. Como resultado, pode ser observada uma perda de vitalidade no tecido urbano com a substituição de usos e atividades por espaços vagos ou atividades de menor valor agregado. O Centro de São Paulo é um caso paradigmático onde pode ser observado esse processo (2).

Os efeitos da re-estruturação produtiva sobre as cidades são sentidos até hoje (3). Inseridas no contexto da competição nacional e internacional por investimentos, seus territórios urbanos e comunidades locais passam a competir, e possivelmente tornar-se dependentes, por investimentos externos privados ou estatais. Conforme mencionado por Blakely, Wong e Igliori (4),sejam em territórios ou economias locais, o espaço urbano encontra-se enquadrado numa disputa por vantagem competitiva (5): “Comunidades precisam publicizar seus recursos de maneira inteligente e adquirir vantagens para criar novas firmas e manterem sua base econômica. Isto é, precisam usar de seus recursos humanos, sociais, institucionais e físicos para construir um sistema economicamente sustentável” (6).

São Paulo, atingindo hoje quase 18 milhões de habitantes, apresentou nessas duas últimas décadas um crescimento que acompanha a forte tendência de urbanização Brasileira desde a segunda metade do século XX (7). Essa tendência de aglomeração da população em centros urbanos – motivada por migrações por procura das melhores condições de vida, proximidade de mercados consumidores e existência oportunidades de emprego (8) – encontra hoje em São Paulo condições opostas daquelas que motivaram esse adensamento, delineando na metrópole uma tendência de declínio populacional e econômico (9).

A emergência de novas práticas de Planejamento e Gestão

O efeito de tais fatores sobre o território urbano – reestruturação produtiva e escala urbana sem precedentes – é documentado através de publicações que manifestam o momento de crise e renovação dos campos da Gestão Urbana e Planejamento. Deste período pode-se mencionar, dentre outros, “São Paulo: crise e mudança” de Somekh, Rolnik e Kowarick (10) e “O impasse metropolitano: São Paulo em busca de novos caminhos” organizado por Abrucio, Carneiro e Teixeira (11). Essas publicações, apesar de quase uma década distantes, registram uma demanda por novos instrumentos de Planejamento e Gestão Urbana assim como a necessidade de descentralização administrativa e poli-nucleanização de aglomerados urbanos de grande escala (12).

Ainda durante esse período, e relacionado ao contexto da reestruturação produtiva e à “crise” dos meios urbanos e, conseqüentemente, de suas práticas de planejamento e gestão, podemos situar a emergência de algumas experiências de relevância, nacionais e internacionais.

Dentre as experiências nacionais podemos destacar a Agência de Desenvolvimento Econômico de Santo André-SP como um marco fundamental e pioneiro de desenvolvimento institucional com vistas ao desenvolvimento territorial e econômico. Tal iniciativa, ainda que operando em escala sub-regional, não urbana, oferece um ensaio relevante de operacionalização e agenciamento de relações intermunicipais assim como de relações público-privado para o desenvolvimento econômico de um determinado recorte territorial (13).

Dentre as experiências internacionais podemos mencionar, dentre outras, o processo de parceria público-privado na recuperação do centro urbano de Dublin, Irlanda e a postura pró-ativa do programa em relação ao desenvolvimento urbano e territorial; a Agência de Desenvolvimento de Sesto San Giovanni e a recuperação do distrito de mesmo nome que viu sua derrocada com a saída da indústria daquela região; o processo de reestruturação urbana do centro de Boston; a renovação dos Brownfields, na Califórnia (14), ou ainda, o plano de reestruturação produtiva de trechos do vale do Ruhr a partir da desindustrialização intensiva da área (North Rhine-Westphalia Regional Development Plan).

Dentro desse contexto de crescente urbanização e novas oportunidades econômicas, a relação entre economia local e governo emerge como uma área estratégica para a promoção do desenvolvimento. Autores como Blakely e Herzog introduzem essa relação como fator estratégico nas políticas de desenvolvimento territoriais e urbanas. Blakely é, todavia, cauteloso ao utilizar o termo Desenvolvimento Econômico Local (DEL): “(…) DEL é um campo emergente, e atualmente mais um movimento do que estritamente um modelo econômico especificando uma abordagem uniforme. Neste estágio, nenhuma teoria ou conjunto de teorias explicam desenvolvimento econômico local ou regional adequadamente, mas muitas teorias parciais apontam para um racionalidade inerente” (15).

Haja visto que os fatores de re-estruturação produtiva que se abateu sobre as cidades são ao mesmo tempo especificamente locais e economicamente estruturais, ou seja, relacionados a processos de emergência de novos padrões econômicos locais ocorrendo também em nível global, é possível encontrar na literatura internacional condições, vez por outra, semelhantes ao quadro Brasileiro das últimas duas décadas, sendo possível a partir daí o estabelecimento de alinhamentos teóricos e o estabelecimento de tendências de práticas correntes. Isto posto, é possível afirmarmos que a crise de gestão e planejamento mencionada anteriormente abriu esses campos para experiências que podem ser denominadas de DEL e, a partir disto, apontar o Movimento de Reforma Urbana como possível precursor desse pensamento no Brasil (16).

Mas afinal, o que é DEL?

Como veremos adiante, encontraremos autores falando sobre o assunto mas poucos efetivamente endereçando a resposta para essa questão.

Wong comenta que a complexa natureza do processo de DEL torna difícil o reconhecimento da “logística” existente por detrás dos diferentes elementos socioeconômicos presentes no processo de desenvolvimento econômico local. Todavia, lista 11 fatores determinantes relacionados ao DEL:

Fatores determinantes relacionados ao DEL (17):

Locacionais Físicos Infra-Estruturais
Humanos Financeiros e de Capital Conhecimento e Tecnologia
Estrutura Industrial Qualidade de Vida Cultura Empresarial
Imagem e Identidade Comunitários Capacidade Institucional  
Fonte: Wong, 2002    

França, Silva e Vaz (18), por sua vez, descrevem o DEL de maneira mais geral, como práticas diretamente ligadas à intervenção junto às cadeias produtivas, à produção de riquezas onde, por meio de acúmulo de conhecimento e de ação prática sobre a realidade, atores sociais possam fortalecer suas intervenções de modo a permitir transformações efetivas nas condições econômicas locais.

Herzog, por sua vez, aponta que estratégias de DEL são contextuais e devem ser adequadas a cada localidade, período ou contexto, promovendo a articulação e facilitação de setores privados e comunitários na resposta a oportunidades e demandas econômicas. Sendo assim, invés de ser uma prática exclusiva realizada por técnicos do governo, dissociados do contexto local (top-down), no DEL o engajamento da comunidade e setor privado contribui para maximizar a alocação de recursos para a coleta de informações primárias e para identificação de prioridades concretas e oportunidades para o desenvolvimento econômico local. Sendo assim, de acordo com Herzog, o processo de DEL é um processo que, a partir da promoção de uma visão comum, permite aos atores envolvidos identificar prioridades e objetivos, formular programas e direcionar recursos na direção do alcance de objetivos estratégicos.

Já Blakely identifica duas vertentes no processo DEL. A primeira é relacionada ao desenvolvimento de negócios, promoção da atividade imobiliária e atração de atividade industrial. A segunda relaciona-se a articulação de setores da sociedade com vistas à re-estruturação produtiva de áreas decadentes. Seja em um contexto ou no outro, Blakely define DEL como a multiplicação de Capacidades (econômicas, sociais, tecnológicas e políticas) por Recursos (naturais, locacionais, de trabalho, de investimento, empresariais, de transportes, de comunicação, de composição industrial, tecnológicos, de mercado de exportação, de fazer frente à situação internacional, e em relação a recursos oriundos do Estado em geral):

DEL = C x R onde,

C = 1 representa uma capacidade neutra de adicionar ou subtrair dos recursos da comunidade

C > 1 representa grande capacidade da comunidade local em multiplicar recursos

C < 1 representa baixa articulação local e sinaliza um processo de declínio econômico (19)

De qualquer modo, podemos identificar que, como afirma Blakely, seja qual for a definição de DEL, o objetivo primordial de DEL em todos os casos é o aumento do número e da variedade de oportunidades de trabalho para as comunidades locais.

O fomento de APLs e o desenvolvimento urbano

Não são poucos os exemplos de políticas de renovação territorial urbana que apresentam organizações espaciais descoladas dos tecidos produtivos locais com maus resultados (20). È sabido que para evitar tal efeito, e promover o sucesso dessas iniciativas, torna-se indispensável a estruturação de um tecido econômico local nas áreas de intervenção. Nesse sentido, vale a pena observar que é reconhecido que nas duas últimas décadas empresas de pequeno e médio porte – EPMPs – tem sido responsáveis por grande parte da geração de emprego em vários países (21). É também reconhecido que regiões tem demonstrado habilidade de sustentar uma performance econômica além da média baseadas somente no nascimento e crescimento de Empresas de Pequeno e Médio Porte – EPMPs (22). Quando essas regiões apresentam aglomerações produtivas que passam a se comportar em regimes de competitividade e colaboração mutuas, passam a ser denominadas arranjos produtivos locais (APLs) ou “clusters”: de acordo com Porter, “clusters” são “Concentrações geográficas de companhias inter-conectadas, fornecedores especializados, fornecedores de serviços, firmas em indústrias relacionadas e instituições associadas (por exemplo universidades, agências fiscalizadoras e associações comerciais) em campos particulares que competem mas que também cooperam” (23).

Essas regiões, longe de representarem fenômenos homogêneos no que diz respeito a setores econômicos, padrões tecnológicos ou ambiente institucional, apresentam uma vasta gama de relações de colaboração e troca de informações entre organizações, em parte pela própria imposição da nova conjuntura econômica, em parte pela mudança na perspectiva dessas organizações que passam a conceber produção como sistema, onde o fenômeno da competitividade é compreendido como resultado de um processo coletivo invés de resultante de um processo unicamente individual e privado (24).

Dentro deste contexto, podemos identificar na formação de “clusters” uma possível estratégia para a geração de empregos na promoção de DEL em políticas de renovação territorial urbana. Esse processo, pela sua inserção capilar no tecido social e urbano, permite uma difusão de postos de trabalho distribuindo renda e insuflando recursos nas demais redes produtivas daquela localidade. Sistemicamente gera um vetor de sustentabilidade econômica no tecido sócio-espacial local, estruturando processos de organização espacial e ambiental da comunidade no território. Sendo assim, a estruturação de aglomerações produtivas em forma de clusters emerge como um meio de alavancagem de economias locais e micro-economias no território e, conseqüentemente, dos padrões territoriais de ocupação e usufruto do espaço.

Tal compreensão vem de encontro com a concepção de DEL fornecida por França, Silva e Vaz e incide não só sobre os fatores de DEL relacionados por Wong, mas também, sobre as demais questões relacionadas à vantagem competitiva relacionadas anteriormente.

Conclusão: o fomento de APLs e o poder Municipal

Mas como tais práticas podem ser promovidas? Qual é o papel do Estado nesse contexto? As recomendações da literatura são diversas.

Para Blakely, o papel do Estado é promover a diminuição de custos fiscais de modo a possibilitar a emergência de novos mercados de trabalho e produção. Esse mesmo Estado deveria ainda garantir práticas re-distributivas de bem estar ou riqueza. Wong, comenta Blakely alinhando-o com Porter (25). Porter declara ser o papel do Estado promover condições para que empresas adquiram uma vantagemcompetitiva cada vez maior. Blakely, por sua vez, situa o papel do Estado como a de agente aperfeiçoador de potenciais locais e criador de condições para a exploração desses potenciais da maneira mais eficiente possível.

Blakely, desse modo, dentro de sua concepção do que vem a ser DEL – Capacidade de Exploração em relação à Recurso Local – enquadra o Estado como um ente operando em ambos lados da equação.

Wong, por sua vez, enumera Capacidade Institucional entre os 11 fatores determinantes de DEL, sendo definido como a “coerência das políticas locais e a cooperação entre atores locais em prover suporte e assistência para atividades de desenvolvimento econômico”. Adiante em seu texto, na tabela onde a autora relaciona os indicadores de medição dos fatores de DEL encontramos os 11 fatores de DEL detalhados em 29 indicadores. Todavia, no campo encabeçado por Capacidade Institucional encontramos a seguinte observação: “Não foram encontrados indicadores apropriados para a medição deste fator qualitativo”.

Herzog, em acordo com Wong, mas ainda genericamente, recomenda a aproximação entre governos locais e comunidades com o objetivo de promover o desenvolvimento. Neste sentido propõe instâncias de descentralização do Estado que, além de gestor e representante da regulação do meio urbano, articula estratégias para a promoção do desenvolvimento local. Propõe, dessa maneira, um Estado capaz de arregimentar diversas escalas de poder constituído e assegurar o poder da base local.

Stamer (26) já apresenta uma posição mais precisa sobre o assunto. Para o autor, o papel do Estado é a promoção de operações em níveis intermediários entre o arcabouço macro-econômico, onde operam as diversas instâncias do Governo Central, e o arcabouço micro-econômico, das companhias privadas e práticas de mercado. Stamer chama esse espaço intermediário de Mezo, onde agentes de desenvolvimento de diversas naturezas operam políticas específicas de promoção de negócios e parcerias público-privado. Ainda segundo Stamer, e também Blakely, podemos identificar essas práticas em instituições tais quais Agências de Desenvolvimento Local, Centros de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico, Instituições de Ensino Público e Formação de Mão de Obra, Agências de Promoção de Pequenas e Médias Empresas, Bancos de Desenvolvimento, Câmaras e Associações Setoriais, Fundações e ONGs.

Ainda que esse tipo de iniciativa possa ser encontrado em diversas instituições e agências tais quais o SEBRAE e o BNDES, observa-se a inexistência da coordenação dessas práticas em torno do desenvolvimento econômico-territorial de um perímetro pré-definido. Tanto o SEBRAE (estadual) quanto o BNDES (federal) operam sobre redes específicas de produção, dissociados de estratégias de organização territorial e contexto local onde incidem essas cadeias. De maneira equivalente, França, Silva e Vaz apontam em seu livro iniciativas de DEL através de fomento de APLs e redes produtivas, mas ainda assim, dissociadas de estratégias territoriais de ocupação e usufruto do espaço. O mesmo se aplica ao consórcio do Grande ABC à iniciativa da Agencia de Desenvolvimento.

A obtenção de coerência das políticas locais e a cooperação entre atores locais em prover suporte e assistência para atividades de desenvolvimento econômico e territorial é descrito por Wong como um fator essencial para o DEL. A operação dessas instâncias para a promoção de APLS também emerge como ferramenta potencial na reestruturação de áreas degradas. Tal ação pode ser obtida pela constituição de órgãos agenciadores locais de Mezo-instâncias, que articulam políticas envolvendo comunidade, poder local e órgãos de financiamento. Mas a quem cabe esse papel? Ao Estado, à comunidade ou à iniciativa privada?

Em Sesto San Giovanni, Itália, isso ocorre através da agência de desenvolvimento, um órgão para-estatal constituído a partir da parceria público-privado. Em Londres, a Creative London congrega atores da indústria criativa e opera em conjunto com a London Development Agency – LDA, que estabelece as diretrizes de desenvolvimento econômico e territorial para a cidade e suas regiões a partir de planos de economia setorial e desenvolvimento de atividades urbanas. Em Boston, a Boston Development Authority, uma Agência estabelecida a partir de uma parceria público-privado, desenvolve programas casados de desenvolvimento territorial e econômico (27).

Esses exemplos, longe de esgotar o assunto, apontam para uma tendência de formação de agências mistas público-privadas na condução de programas casados de desenvolvimento territorial e econômico. Nesses casos, o fomento e a organização de APLs emergem como pontos centrais na condução de programas de desenvolvimento urbano, cabendo ao poder Municipal a iniciativa da constituição de parcerias promovendo de maneira mais efetiva o desenvolvimento territorial e democratização da gestão urbana.

notas

1
Este trabalho foi apresentado no workshop Clusters Urbanos, organizado pelo curso de pós-graduação em urbanismo na Universidade Mackenzie, 2 e 3 de agosto de 2004, em São Paulo. Os artigos desta série são os seguintes:

2
Inter-American Development Bank – IADB. “São Paulo Downtown Renewal Programme: Loan Proposal BR-0391”, 2003

3
Entende-se aqui re-estruturação produtiva o que Lidia Goldenstein chama por “globalização”: “Trata-se de uma revolução tecnológica, igual ou maior àquela que levou à Revolução Industrial do século XVIII, que traz como conseqüência uma mudança radical no paradigma produtivo, com impactos extraordinários no sistema financeiro internacional, nas estruturas produtivas, nas relações entre as diferentes economias e, conseqüentemente, nas economias nacionais. (…) Estas transformações (…) obviamente interligadas, (…) vem revolucionando não só os países centrais como suas relações com os países periféricos”. GOLDENSTEIN, Lidia , “Uma avaliação da re-estruturação produtiva” (capítulo VII). SACHS, I.; WILHEIM, J.; PINHEIRO, P. S. (org). Brasil: um século de transformações. São Paulo, Companhia das Letras, 2001.

4
BLAKELY, Edward; BRADSHAW, Ted. Planning local economic development: theory and practice, 3ra ed., EUA, Sage Publications, 2002. WONG, Cecilia. 2002, “Developing indicators to inform local economic development indicators in England” in Urban Studies, Vol. 39, nº 10 1833-12863, 2002. IGLIORI, D.; FINGLETON; MOORE, B. “Cluster dynamics: new evidences and projections for computing services in GB” (working draft). Cambridge, Department of Economy, University of Cambridge, 2003.

5
Vantagem Competitiva é um modelo desenvolvido por Porter (PORTER, Michael E. The competitive advantage of Nations”, London, McMillan Press, 1990) baseado num extenso rol de estudos de caso, a partir dos quais ele desenvolve um sistema de fatores de posicionamento de territórios frente a um contexto de competitividade econômica. O modelo é utilizado para o posicionamento ordinal de países, regiões, cidades ou territórios em estudos comparativos de mercado ou viabilidade econômica.

6
BLAKELY, Edward; BRADSHAW, Ted. Op. cit, p. 54 (tradução livre do autor).

7
THERY, HERVÉ, “Retrato Cartográfico Estatístico do Brasil”, (capítulo XIII) SACHS, I.; WILHEIM, J.; PINHEIRO, P. S. (org). Brasil: um século de transformações. São Paulo, Companhia das Letras, 2001

8
HERZOG, André. “LED and Local Government Interface” (working draft), Washington, World Bank, 2003.

9
CAMPOLINA, C. D.; CAMPOLINA B.P. “A Região Metropolitana de São Paulo: reestruturação, re-espacialização e novas funções”. In “Estratégias de Desenvolvimento Econômico para a área central do Município de São Paulo”, Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (working draft), São Paulo, Prefeitura de São Paulo, Empresa Municipal de Urbanização-EMURB, Programa Ação Centro, 2003. Segundo Campolina, “Em 1970, entendido como pico da concentração, a Região Metropolitana de São Paulo participava com 44% do Valor da Transformação Industrial (VTI) e 26% do Produto Interno Bruto (PIB) nacionais. A partir de então a RMSP passou a crescer menos que outras regiões e áreas metropolitanas do país, levando a uma perda de posição relativa. Por volta de 2000, estima-se que as participações no Valor da Transformação industrial e no PIB tenham sido reduzidas para 26% e 23%, respectivamente (Diniz, 1993).” DINIZ, CAMPOLINA. C. Desenvolvimento Poligonal no Brasil: nem desconcentração nem contínua polarização. In: Revista Nova Economia. V. 3, n. 1, Belo Horizonte, 1993.

10
ROLNIK, Raquel; KOWARICK, Lucio; SOMEKH, Nádia (org.). São Paulo: crise e mudança. São Paulo, Brasiliense, 1990.

11
ABRUCIO, L. F.; CARNEIRO, J. M. B.; TEIXEIRA, M. A. (org). O impasse metropolitano: São Paulo em busca de novos caminhos. São Paulo, Konrad Adenauer, 2000. Pode-se traçar a presença de parte dos autores e participantes de ambas publicações na mobilização social e política em torno do processo constituinte de 88 e do Movimento de Reforma Urbana. QUEIRÓZ RIBEIRO, Luiz Cesar. “Cidade, nação e mercado: gênese e evolução da questão urbana no Brasil” (capítulo IV). SACHS, I.; WILHEIM, J.; PINHEIRO, P. S. Op. cit.

12
Tais conceitos, colocados vis-à-vis com uma interpretação política acerca da gestão urbana e administrativa da cidade, não serão objeto deste trabalho, pelo menos nesta etapa.

13
KLINK, Jeroen J. A cidade-região: regionalismo e reestruturação no grande ABC paulista”. Rio de Janeiro, DP&A, 2002.

14
CPRC Report. “Reclaiming and renewing urban metropolitan wasteland”, California Policy Research Center, University of California, jun. 2003. Para os outros projetos mencionados neste parágrafo, consultar os seguintes websites: www.dublincity.ie; www.sestosg.net; www.ci.boston.ma.us; www.icic.org.

15
BLAKELY, Edward; BRADSHAW, Ted. Op. cit, p. 54 (tradução livre do autor).

16
Para mais detalhes sobre esse contexto, ver QUEIRÓZ RIBEIRO, Luiz Cesar. Op. cit.

17
Wong, Cecilia. 2002, “Developing Indicators to Inform Local Economic Development Indicators in England” in Urban Studies Vol. 39, No. 10 1833-12863, 2002. Em seu trabalho a autora relaciona esses fatores à 29 indicadores de desempenho de atividade econômica local. De acordo com Wong, tais indicadores são definidos como medidas “proxy”, de modo a permitir definições operacionais ao conceito multi-dimensional que é o DEL. Sendo assim, esses indicadores são fatores de “input”, mais do que medidas de “output” e devem servir à alimentação de discussões relacionadas a formulação e definição de políticas públicas.

18
FRANÇA C. L.; SILVA, I. P.; VAZ, J. C. (org). Aspectos econômicos de experiências de desenvolvimento local. São Paulo, Instituto Polis, 2002.

19
BLAKELY, Edward; BRADSHAW, Ted. Op. cit.

20
Uma vasta literatura relaciona e critica iniciativas de urbanização de fundo funcionalista-modernista. Dentre inúmeros fracassos do modernismo pós-guerra podemos relacionar como um dos seus mais marcantes exemplos, a título de nota, o caso de Elephant & Castle em Londres. Objeto de um grande projeto de urbanização e transporte conjugado à habitação, sua visão de cidade levou a uma constante desvalorização imobiliária da área, estando atualmente entre as unidades de habitação mais baratas e degradadas de toda a cidade.

21
IGLIORI, D.; FINGLETON; MOORE, B. “Cluster dynamics: new evidences and projections for computing services in GB” (working draft). Cambridge, Department of Economy, University of Cambridge, 2003. GONÇALVES. “Modelos de Desenvolvimento Sócio-Econômico Municipal na Perspectiva das Micro e Pequenas Empresas”, p. 54-60. ABRUCIO, L. F.; CARNEIRO, J. M. B.; TEIXEIRA, M. A. Op. cit.

22
IGLIORI, D.; FINGLETON; MOORE, B. Op. cit. Esse fenômeno aglomerativo do setor produtivo no espaço é identificado inicialmente por Marshall (1920). Segundo Marshall, a identificação dos seguintes fatores externos relacionados a economia poderiam estimular concentração industrial: a existência vasta oferta de mão de obra especializada, a ocorrência de conhecimento nato do “metier” ou da tecnologia empregada, inclusive fora do local de trabalho, e a emergência de negócios subsidiários a produção local. Cf. MARSHALL, Alfred. Principles of economics. London, McMillan Press, 1920.

23
PORTER, Michael E. On competition. Boston, Harvard Business Review Books, 1998, p. 197.

24
IGLIORI, D.; FINGLETON; MOORE, B. Op. cit.

Segundo Goldenstein, a negociação dentro das cadeias produtivas é uma das imposições da nova economia: “Antes, um fornecedor que apresentasse custo elevado comprometia toda cadeia produtiva, ou seja, as ineficiências da cadeia eram repassadas de ponta a outra, até atingir o consumidor, condição que, numa economia aberta, de alta competitividade, torna-se insustentável. (...) Na condição atual, passou a existir a alternativa da importação. Assim, ou os diferentes elos da cadeia negociam e se ajustam, ou o mercado internacional garante que a eficiência da cadeia não seja comprometida”. GOLDENSTEIN, Lidia. Op. cit.

25
PORTER, Michael E. The competitive advantage of Nations”, London, McMillan Press, 1990.

26
MEYER STAMER, Jorg. “Understanding the determinants of vibrant business development: The systemic competitiveness perspective”, 2003 <www.mesopartner.com>.

27
Para maiores informações sobre os projetos, consultar os websites. Os ainda não citados são http://lda.gov.uk; www.icic.org.

sobre o autor

André I. Leirner graduou-se pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo em 1992. Concluiu seu Mestrado em Arquitetura e Urbanismo pela Architectural Association of London em 1999. Cursa mestrado em Administração Pública e Governo pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo desde 2004. Desenvolve trabalhos nas áreas de Desenvolvimento Urbano, Políticas Públicas, Arquitetura e Urbanismo

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