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architexts ISSN 1809-6298

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Neste artigo o autor analisa parte do sub-capítulo do livro La Reine Albermale ou Le dernier touriste no qual o filósofo e romancista francês Jean-Paul Sartre descreve, de maneira sucinta e original, o interior de um café italiano

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This article reviews about a part of the sub-chapter of La Reine Le dernier Albemarle or touriste in which the French philosopher and novelist Jean-Paul Sartre succinctly describes the interior of an Italian café


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LIMA, Adson Cristiano Bozzi Ramatis. Jean-Paul Sartre e Georges Pérec. Maneiras de descrever espaços. Arquitextos, São Paulo, ano 13, n. 146.06, Vitruvius, jul. 2012 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/13.146/4412>.

Joachim Lutz, Em um Café em Paris , 1942. Aquarela, 20x30cm
Foto Martin1009 [Wikimedia Commons]

Introdução: do convencional em literatura

De uma maneira geral, Jean-Paul Sartre é visto como um romancista que nunca esteve muito preocupado com o potencial lúdico das palavras, e, sob esse aspecto, a sua trilogia Os caminhos da liberdade, por exemplo, seria meramente convencional em uma época em que escritores como Raymond Queneau e os surrealistas já procuravam revolucionar as letras francesas. O filósofo francês já foi considerado até mesmo como um escritor desleixado por, ao menos, um dos seus biógrafos (1), e alguns dos seus rivais de pena – como o próprio Queneau – já zombaram da sua pretensa pouca inventividade linguística. Contudo, temos que nos lembrar da profunda admiração que o filósofo francês nutria pelo moderno romance norte-americano – e, principalmente, por William Faulkner e John dos Passos (2) –, e, na já citada trilogia se pode observar alguns procedimentos narrativos criados por essa corrente literária. Nesse sentido, Sartre teria sido um romancista menos convencional do que normalmente se concede, e, no fim da sua profícua carreira de romancista, ele já ensaiava alguns processos de criação literária mais originais e ambiciosos.

Devemos, contudo, antes de continuarmos com a nossa argumentação, elucidar algumas asserções realizadas acima. É correto afirmar que a carreira de escritor ficcional de Sartre encerrou-se com a redação da peça Les troyennes, representada, pela primeira vez, em 10 de março de 1965 no Palais de Chaillot pelo grupo Thêatre Nacional Populaire; (3) a partir desse período o filósofo francês dedicou-se a ensaios literários e a textos políticos e filosóficos, além, naturalmente, de uma ação política engajada. (4) Outra questão aludida acima, e que merece um esclarecimento maior, é a busca, por parte de Sartre, de um processo de criação literária original. Ora, no ano de 1991 a sua filha adotiva, Arlette Alkaïm-Sartre, publicou um livro inédito intitulado La reine Albermale ou le dernier touriste, o qual teria sido redigido por Sartre entre os anos de 1951 e 1952. Trata-se de uma obra que o romancista pretendia que fosse a sua La nausé da idade madura, esse livro, contudo, permaneceu inconcluso e jamais ganhou a forma acabada de um romance. Mas, em que consistiria a originalidade desse projeto literário?  O notório “sartrólogo” Michel Contat assim resume esse projeto literário:

Nem romance, nem narrativa viática, nem diário, nem ensaio, nem estudo histórico, mas tudo isso ao mesmo tempo se destruindo em benefício de um gênero novo, eis o livro impossível e por isso ainda mais desejável, como o livro de Mallarmé que era para Sartre, nessa época, uma obsessão. (5)

A originalidade desse texto residiria, então, na própria monumentalidade do empreendimento intelectual, um novo gênero literário que, ao unir diferentes gêneros, destruiria a todos operando uma síntese que o seu autor pretendia inovadora. Mas de que se trata, exatamente, esse romance póstumo? Nele Sartre criou uma personagem (jamais nomeada ao longo do texto), um turista francês – na realidade, assim como Antoine Roquentin de La nausé, um alter ego do autor – que errava pelas cidades italianas enquanto tecia algumas considerações sobre os mais diversos temas e, é claro, sobre a própria natureza do turismo. No ano de 1957 o filósofo francês, em uma entrevista concedida a um periódico alemão, assim explicou esse projeto literário:

A minha editora parisiense Gallimard queria um texto sobre a pintura, algo que fosse fácil de ilustrar. Eu mesmo tinha, na origem, projetos muito diferentes. Desde 1947 venho a Itália quase todos os anos; e tenho uma queda por esse país e queria lhe consagrar uma volumosa monografia, com o contexto histórico, os problemas sociais, as constelações políticas, a Antiguidade, a Igreja, o turismo, tudo devia estar ali. Depois eu percebi que o tema era amplo demais, grande demais. (6)

Com Sartre ainda em vida, esse livro foi publicado apenas em forma de fragmentos (7), e, como uma parte razoável dos manuscritos se perdeu, não será possível saber com precisão a sua forma original, isto é, tal como a terá redigido o filósofo francês. Nesse romance há um capítulo particularmente interessante para a nossa exposição, posto é bem diferente da prosa habitual de Sartre, no qual o autor descreve, com um ritmo sincopado (o uso do termo, aqui, é mais uma metáfora musical que um conceito linguístico) e com frases bem curtas, o interior de um café em uma cidade italiana. Talvez essa escritura tenha sido o resultado das próprias condições da sua fatura: segundo a editora, Sartre talvez tenha escrito esse texto no próprio estabelecimento sobre uma caderneta de recados telefônicos e sobre algumas folhas esparsas de uma agenda italiana. (8) De qualquer sorte, essa parte do romance-ensaio é bastante semelhante a um pequeno livro escrito por um romancista e ensaísta conhecido e reconhecido pela originalidade e pelo tratamento lúdico das palavras: o escritor em questão é Georges Pérec e o livro é o Tentative d'épuisement d'un lieu parisien. Nesse livro o autor pôs-se, sentado à mesa de um café em Paris, a descrever, de maneira aleatória, o que via, como passantes, objetos e automóveis. Assim como o “livro impossível” de Sartre, o texto de Pérec estava condenado ao fracasso, uma vez que é impossível esgotar a multiplicidade de um lugar, e o autor o reconhece, posto que já no título fica claro de que se trata de uma “tentativa”. (9)

Dito isso, é mister, nesse momento, explicitar o tema desse artigo, a saber, estudar essas duas “narrativas impossíveis”, que serão analisadas e cotejadas com o objetivo de buscar um Sartre para além da imagem de um escritor convencional e protocolar a qual aludimos no caput desse capítulo. Por vezes, ao comparar um escritor dito convencional com um que é considerado transgressor, os epítetos podem se alterar, ainda que pouco. E, nesse artigo, insistiremos com a questão de como ambos os romancistas descreveram espaços, com o objetivo específico de lançar luz sobre como esses dois escritores fizeram nascer certos “lugares narrativos”: de um lado um café italiano e, de outro, um pequeno canto de Paris observado a partir de um café, e sempre com frases curtas e elípticas.

Duas tentativas de descrição de lugares: “impressões”

Quando foram apresentadas ao público pela primeira vez, as pinturas dos artistas que foram denominados, posteriormente, de “impressionistas”, chocaram porque pareciam meros esboços que os pintores faziam usualmente au grand air antes de os terminarem no ateliê; tratar-se-ia, a partir dessa visão que a história das artes trataria de desacreditar, de trabalhos inconclusos que, a esse título, estariam fadados a serem sempre considerados inferiores às obras que são efetivamente terminadas. As já citadas narrativas de Sartre (ao menos o capítulo já aludido) e de Pérec (referimo-nos, naturalmente, a aquele livro específico) guardam algumas semelhanças com esses esboços pictóricos realizados ao “ar livre”. Ora, tanto Sartre quanto Pérec teriam escrito a sua narrativa sentados à mesa de um café.

Sobre a descrição literária realizada à maneira “impressionista”, a romancista Marguerite Duras afirmou: “Pintar um caráter na totalidade, como fazia Balzac, está terminado. Eu acho que a descrição de um signo, de apenas uma parte do ser humano [...] é mais tocante que uma descrição completa [...]. Eu chamo esse método – que é o meu – de descrição por pinceladas.” (10) Dito de outra maneira, e novamente tomando a pintura como metáfora, muitos escritores no século passado seguiram os passos de Monet e de Renoir, e se contentaram em evocar os lugares ao invés de recriá-los como faziam os pintores acadêmicos. É, portanto, a partir dessa ótica de “pinceladas impressionistas” que os já citados textos de Pérec e de Sartre podem ser compreendidos.

A narrativa de Sartre inicia-se dessa maneira, com uma sucinta descrição: “Café Grego: nunca há terraço. Longo corredor. 1ª sala à direita: bar e máquina de café. À esquerda, caixa e balcão de confeitaria.” (11) Com essa descrição “impressionista” sabemos que a personagem está em um café, e que esse tipo de estabelecimento usualmente não possui terraço; além disso, realiza-se um repertório dos objetos próprios a um café e conhece-se a sua localização. Não há, porém, uma tentativa de conduzir o leitor através desse espaço, que é menos descrito do que evocado. Mesmo pensando na constante afirmação segundo a qual o leitor sempre “completaria” uma narrativa, e que esta última, a esse título, jamais seria plena, é mister admitir que o autor proporcionou bem poucos elementos ao leitor. Talvez seja lícito afirmar que estamos no limite da narrativa, posto que no trecho citado quase não há verbos, e, nesse sentido, é impossível saber se o autor colocou a personagem a descrever as suas ações no presente, ou se esta, ao contrário, estaria se recordando de certo café que teria frequentado no passado.

E o autor continua a descrever o interior desse café, com as paredes e as suas pinturas convencionais de paisagens romanas, espelhos e móveis, como banquetas e mesas; e sempre da mesma maneira elíptica e com o mesmo ritmo sincopado, não oferecendo ao leitor nenhum vestígio do seu objetivo e nem criando certa atmosfera para a sua personagem. Nota-se, portanto, uma completa ausência de certos elementos literários que foram responsáveis por boa parte da fortuna das letras francesas nos séculos XIX e XX: a psicologia das personagens, a paisagem social, os conflitos etc. (12) Poder-se-ia mesmo afirmar que essa sugestão de descrição não teria utilidade nem mesmo para criar certo ambiente para a urdidura da narrativa. Estamos, aqui, no mesmo procedimento narrativo de certos textos da romancista francesa já aludida, Marguerite Duras, como India Song, no qual os ambientes são meramente evocados em uma prosa que, em certos momentos, torna-se árida. Contudo, Duras ainda tem, em certos trechos, uma preocupação com a estética da prosa; nesse sub-capítulo de La reine Albermale ou le dernier touriste que, ora analisamos, sequer essa pequena compensação é oferecida ao leitor.

Essa breve narrativa, contudo, se altera quando se trata de descrever um italiano em um telefone público no café; ora, nesse caso, não são mais objetos que estão sob a atenção de Sartre, mas os gestos um pouco caricaturais de alguém que se enfada, ainda que docemente: “Sempre relaxado. A mão se agita, porém vagamente, de maneira flexível, os dedos não estão reunidos.” (13) Ainda que tenha mudado o seu tema, devemos admitir que a escritura está bem próxima daquela que descrevia, simplesmente, os espaços. Após essa vaga descrição, a narrativa se altera novamente e toma outros temas que, contudo, guardam sempre o caráter de aleatoriedade, em uma escritura que guarda certas semelhanças de estilo com a narrativa inconsciente dos surrealistas, como se pode perceber nessas frases: “Nápoles: os dados, a loteria e o jogo na alta sociedade. Bandidos cavalheiros.” (14)

Como afirmamos no capítulo introdutório, o procedimento literário desse sub-capítulo é bastante próximo à narrativa realizada por Perec que, ao tentar esgotar um único e preciso lugar da capital francesa, registra “o que acontece quando nada acontece, senão pessoas, veículos e nuvens.” (15) Assim como “nada acontece” no café criado por Sartre, nada aconteceria na narrativa de Pérec, e esse “nada” é a própria supressão dos “elementos literários” citados acima. Mas o que teria sido registrado nesse inventário intencionalmente aleatório e derrisório? Vejamos: 

Os faroletes se tornam visíveis e mais visíveis também as luzes dos táxis, mais brilhantes quando eles estão vazios. (...) Muita gente, muitas sombras, um 63 vazio; o sol é um clarão, um 70 lotado, a chuva parece ter aumentado. São seis horas e dez minutos. Buzinas; começo de engarrafamento.(16)

Temos, então, o registro do que o autor poderia ter observado da mesa que ocupava: os automóveis, os seus faroletes e a luz do seu interior, que mudava consoante o seu “gradiente de ocupação”; as sombras e a luz do sol que, adivinhamos, é entrevista por meio das nuvens; dois ônibus que são designados apenas pelo número que indica o seu trajeto; e, finalmente, a chuva que parece ter aumentado. E esta é a – breve e aleatória – Paris de Georges Pérec. Contudo, a descrição não termina nos elementos que podem ser vistos, pois há, igualmente, aqueles que podem ser ouvidos e que sempre contribuem para criar a imagem de uma metrópole. E, nesse caso, são ouvidas as buzinas dos automóveis em um começo de um engarrafamento.

Acima havíamos aludido ao fato de que Sartre não teve a intenção de criar uma prosa que fosse esteticamente agradável e, ao menos nos trechos citados, percebe-se esse fato. E talvez seja a questão que separaria esses dois textos nas suas respectivas especificidades, uma vez que Pérec – que, acrescenta-se, manejava a sua pena com grande maestria – buscava muitas vezes o lúdico da escritura, como se pode perceber nesse trecho: “Passe un papa poussant une poussette” (17) Ora, em Português a sonoridade da frase quase se perde: “Passa um papai empurrando um carrinho [de bebê].” Certamente que a sonoridade dessa frase, em um texto que já é irônico como projeto literário, tem uma intenção de derrisão, e o romancista francês se entregava ao prazer da escritura, que é lidar com as suas dificuldades e possibilidades. Não foi Pérec quem, justamente, escreveu um romance de 312 páginas sem nunca ter utilizado a vogal “e”? (18) Podemos entender perfeitamente a dificuldade – que foi auto-imposta, como um desafio para testar as suas habilidades literárias – para um romancista francês em escrever sem nunca se servir de “et” e “que”, palavras que, normalmente, são consideradas “incontornáveis”.

Últimas considerações

No caput desse artigo escrevemos sobre o fim abruto da carreira de escritor ficcional de Sartre, que teria abandonado alguns projetos literários, como o romance-ensaio La reine Albermale ou le dernier touriste; escrevemos, igualmente, sobre o fato de que Sartre, em alguns momentos da sua profícua carreira, foi um escritor inventivo e nada convencional. Concedemos, certamente, o fato de que ele jamais foi tão longe quanto o foram Raymond Queneau, os surrealistas e, posteriormente, o movimento chamado de Le nouveau Roman; todavia, devemos reconhecer, igualmente, que o filósofo francês não era o escritor convencional que muitos acreditavam que ele fosse. O curto sub-capítulo do qual nos servimos para refletir a sua prosa aproxima-se, no que se refere à descrição de um lugar, aos procedimentos de Duras e de Pérec: a prosa sincopada, as frases breves que perecem estar incompletas e, à maneira dos pintores impressionistas, as notas tomadas no próprio local.

Contudo, estaríamos fugindo da verdade se não observássemos que os dois textos que cotejamos apresentam uma visceral diferença: Tentative d’epuissement d’un local parisien é um livro, ou, se preferirem, uma obra, no sentido em que foi concluída, e o seu autor teve o tempo necessário de fazer os devidos “retoques”; e La reine Albermale é um projeto literário que não foi devidamente finalizado pelo seu autor. A forma que teria esse texto uma vez acabado, portanto, é desconhecida, e temos que nos contentar com esse texto lacunar e em fragmentos tal como foi publicada pela sua filha adotiva. (19) De qualquer sorte, podemos ao menos, ao lê-lo, perceber que a escritura ficcional de Sartre caminhava por uma via bem diferente da que ele seguia, por exemplo, na trilogia Caminhos da liberdade. Não estava mais interessado em mostrar os grandes dramas interiores e dilemas de homens em um período de grande convulsão social, já não era mais uma literatura tão politicamente engajada e, desta vez, um dos fins da literatura era a investigação linguística. No entanto, o seu adeus à ficção – tal como foi expresso na sua autobiografia Les mots, livro que, ironicamente, lhe valeu o Prêmio Nobel de literatura (20) – não nos permitiu conhecer esse escritor de vanguarda que procurava, entre outras possibilidades, aliar alguns gêneros literários.

notas

1
“Ele não relê os seus manuscritos. Mal corrige as provas. Nunca verifica a exatidão, ou a origem, de uma citação. Deixa passarem incorreções, fraquezas, redundâncias, que uma simples releitura teria detectado e das quais se dá conta após a publicação. LÉVY, Bernard-Henri. O século de Sartre. Trad.: Jorge Bastos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000, p. 250.

2
A estes escritores Jean-Paul Sartre dedicou, ao menos, dois ensaios, republicados na compilação Situações I. Para mais detalhes, ver bibliografia complementar.

3
A este respeito, ver: CONTAT, Michel; RYBALKA, Michel. Les écrits de Sartre. Paris: Gallimard, 1970.

4
As obras de Sartre que foram publicadas após esse lapso temporal são, na realidade, textos que somente foram escritos muitos anos – às vezes décadas – antes da sua publicação. A este respeito, ver: CONTAT, Michel; RYBALKA, Michel. Op. Cit..

5
CONTAT, Michel. Autopsie d'un livre inexistant: La Reine Albemarle ou le Dernier touriste. Em: Item [On line] Disponível em http://www.item.ens.fr/index.php?id=172593

6
Gespräch mit Jean-Paul Sartre. Em: Welt am Sonntag. Apud: CONTAT, Michel; RYBALKA, Michel. Op. Cit., p. 314. Tradução nossa do Francês para o Português.

7
A esse respeito, ver: CONTAT, Michel; RYBALKA, Michel. Op. Cit.

8
SARTRE, Jean-Paul. La reine Albermale ou le dernier touriste. Paris: Gallimard, 1990, p. 181.

9
A esse respeito, ver: a) GOLLUB, Judith. “Georges Perec et la Littérature Potentielle”. In: The French Review, Vol. 45, No. 6 (May, 1972), pp. 1098-1105; b) LINKHORN, Renée. “Humour verbal et contestation dans la littérature française contemporaine”. In: The French Review, Vol. 55, No. 5 (Apr., 1982), pp. 648-655.

10
DURAS, Marguerite. Apud BAJOMÉ, Danielle. “Duras et le désir de l’éternité”. In: VINCODELET, Alain (Org.) Rencontre de Cérisy. Paris: Écriture, 1994, p. 249.

11
SARTRE, Jean-Paul. Op. Cit., 1990, p. 181. Tradução nossa do Francês para o Português.

12
Ver nota 09.

13
SARTRE, Jean-Paul. Op. Cit., 1990, p. 182. Tradução nossa do Francês para o Português.

14
Idem. Ibidem.
Tradução nossa do Francês para o Português. Mas devemos admitir que não poderíamos saber o fim e o destino literários dessa narrativa, que poderia ter sido alterada ou mantida nesses termos.

15
PEREC, Georges. Tentative d’épuisement d’un lieu parisien. Paris: Titre 70, 2008, p. 29. Tradução nossa do Francês para o Português.

16
Idem. Ibidem.

17
Idem. Ibidem.

18
Trata-se do romance La Disparition, no qual o que desaparecer, de fato, foi a vogal “e”. Para detalhes, ver bibliografia complementar.

19
Aqui caberia uma observação suplementar: os textos desse projeto que foram efetivamente publicados, em forma de curtos ensaios, como Venise de ma fenêtre e Un parterre de capuchins são bem diferentes da literatura que Sartre havia publicado nos anos 1930 e 1940: são criativos, ousados e irônicos.

20
Diríamos, talvez de maneira um pouco mais precisa, que esse livro auto-biográfico lhe valeu a inédita e prestigiosa recusa desse prêmio de milhões de coroas suecas. Fato assaz curioso: quando se é uma “instituição”, pode-se perfeitamente recusar um prêmio que lhe foi atribuído, justamente, porque se é uma “instituição”...

bibliografia complementar

PEREC, Georges. La Disparition. Paris: Gallimard, 1969.

SARTRE, Jean-Paul. Situações I críticas literárias. Trad.: Cristina Prado. São Paulo: Cosacnaif, 2005.

sobre o autor

Adson Cristiano Bozzi Ramatis Lima, arquiteto e urbanista, Mestre em Estudos Literários pela Universidade Federal do Espírito Santo, Doutor em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, autor do livro: Arquitessitura; três ensaios transitando entre a filosofia, a literatura e arquitetura. Professor Assistente da Universidade Estadual de Maringá, Departamento de Arquitetura e Urbanismo.

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