Este artigo se desenvolve como parte de um estudo em andamento vinculado ao grupo de pesquisa Arquitetura, Preexistência e Restauro, junto do Programa de Mestrado da Universidade São Judas Tadeu – PGAUR USJT, com ênfase nos temas da memória e preservação do patrimônio, atentando à dimensão simbólica que lhe é atribuída. Possui o interesse de examinar as relações contemporâneas entre arte, cultura e cidade, explorando a interligação entre o espaço público e a cultura urbana. Para tanto, detém-se nas produções qualificadas como arte urbana, procurando inicialmente tecer relações entre as posições de diferentes autores que contribuem ao debate, mesmo que de maneira transversal ao tema, tomando por referência: Josep Maria Montaner (1) ao mencionar a formulação dos conceitos e contextos históricos que se fizeram presente na ressignificação dos termos “espaço” e “lugar”, durante a transição do pensamento moderno para o contemporâneo; o arquiteto Christian Norberg-Schulz (2), ao explorar uma melhor compreensão do caráter do lugar, estabelecendo relação com o exercício da memória, na medida em que assinala o conceito de lugar vinculado ao acúmulo de experiências; Giorgio Agamben (3) e sua contribuição para a compreensão filosófica sobre o indivíduo e sua interação com o ambiente contemporâneo; Vera Pallamin (4) e a aproximação crítica que estabelece com a arte urbana, com recorte específico na cidade de São Paulo, discutindo a respeito dos vínculos e das tensões entre arte e cidade, cultura, produção arquitetônica e arte urbana, evocando a compreensão de Jacques Rancière acerca da estética contemporânea. Esta última contribuição, convém esclarecer desde já, não se expressa como uma teoria da arte em geral, mas como “um modo de articulação entre maneiras de fazer, formas de visibilidade dessas maneiras de fazer e modos de pensabilidade de suas relações” (5).
À discussão propiciada pelo confronto das contribuições dos autores mencionados acima, interliga-se uma aproximação empírica à obra |entre|ladeiras, projeto de dança contemplado pelo Programa de Ação Cultura do Governo do Estado – ProAC/2014, reapresentado no Sesc Pinheiros em maio de 2018.
Esta discussão parte da premissa de que o debate teórico no campo da produção arquitetônica (e artística) convive com a crise das grandes narrativas, desde meados do século 20, quando os fundamentos do Movimento Moderno passam por uma contundente reavaliação crítica. São aqui analisados os conceitos de espaço e lugar, considerando que as noções de espaço livre, contínuo e indiferenciado adotado pelas vanguardas do início do século 20, dá lugar a distintas interpretações e estratégias de aproximação ao lugar, buscando reconhecer as potencialidades (e peculiaridades) presentes no ambiente preexistente que possam se revelar desafiadoras não apenas para perceber e interpretar a complexidade do meio urbano, mas também para nortear a própria concepção da nova arquitetura.
Esta abordagem permite, por um lado, observar a qualidade da apropriação realizada no dia-a-dia, isto é, a reverberação de sentidos, que se reflete na relação recíproca entre os cidadãos – seja os que habitam, ou os que simplesmente circulam – e os lugares; por outro, possibilita explorar os espaços do cotidiano, de modo a incorporá-los no ato de projetar.
O lugar em questão não se restringe a seus limites construtivos ou geométricos, mas se ancora nas recordações de quem o habitou, de quem ainda habita, de quem o vivencia, de algum modo, caracterizando dessa maneira sua transformação no tempo. “A identidade humana pressupõe a identidade do lugar” (6), ou seja, o indivíduo reconhece a si mesmo com base na noção de pertencimento a determinado meio físico e social. Segundo essa compreensão, é possível reconhecer no ambiente urbano um caráter simbólico fundamentado não só na interpretação individual, mas também coletiva de seus habitantes, resultante do acúmulo de experiências, que se constituem em camadas sedimentares e revelam sua riqueza singular e intransferível.
A cidade como valor memorial
Ao tratar da estruturação do pensamento do indivíduo, Norberg-Schulz (7) expõe uma nova abordagem que não segue uma lógica linear e racional, mas se manifesta também por meio de fluxos descontínuos e labirínticos, seguindo um percurso, de certo modo irracional, emotivo, fazendo emergir sensações pontuais, memórias, que hora ou outra voltam à tona de modo a reativar a sensação de “estar”, “habitar”, de forma intensa, por meio do enraizamento em determinado ambiente, o que possibilita expressar não apenas uma interpretação única, mas múltiplas compreensões fundamentadas nas experiências acumuladas em diversas camadas de tempo, em deslocamento pelo espaço urbano.
As formas de apropriação do usuário em relação às estruturas físicas do passado, somadas aos significados que lhe são associados, contribuem para uma troca rica de vivências socioculturais, que acessam constantemente o passado por meio de atributos encontrados no tempo presente.
A mutação da cidade atua de acordo com o ritmo com que ocorrem as intervenções, caracterizando, de certa maneira, a imagem do destino do usuário continuado ou interrompido refletida no próprio meio urbano. A memória atua a partir das experiências individuais que se fundem ao imaginário coletivo e, munidas de lembranças de conteúdo afetivo, possibilitam as suas sobrevivências, consequentemente, o enraizamento das pessoas no lugar.
No que se refere ao ato de projetar, Ignasi de Solà-Morales assinala, em Intervenciones (8), que toda nova proposta arquitetônica cria conexões inevitáveis com a situação preexistente, não só de ordem visual e espacial, elaborando uma interpretação do material histórico sobre o qual se sobrepõe ou justapõe, sendo construída como testemunho de um tempo, acolhendo constantes adaptações das novas gerações.
Se na primeira metade do século 20, o Movimento Moderno, estimulado por uma visão positivista, concebe sua arquitetura para um homem ideal, puro e perfeito, como representa o Modulor, de Le Corbusier, em concordância com um conceito arquitetônico igualmente sistêmico e funcional, essa maneira de pensar contrapõe-se à condição do indivíduo contemporâneo que, quando representado, distancia-se do ideal de perfeição, expondo uma compreensão menos idealizada da realidade.
“É a distância que vai do homem atlético, perfeito e musculoso, de 1,83 metros de altura, do machista “modulor” de Le Corbusier, aos personagens disformes e necessitados que aparecem perdidos sobre as tramas de areia e pedra dos primeiros quadros de Jean Dubuffet” (9).
A partir dos anos 1950, nas artes e na arquitetura uma nova geração de arquitetos recusa o formalismo do estilo internacional, de modo a privilegiar a observação da realidade do usuário e a arquitetura construída como uma autêntica segunda natureza produzida pela história da arquitetura (10).
A aproximação ao usuário não é mais pautada na idealização do homem genérico, e sim passa a expressar uma postura capaz de enxergar o indivíduo, suas diferentes carências e potencialidades. Passou-se a entender a necessidade de tomar como referência a individualidade, a experiência vivida, como alternativa às prescrições generalistas.
“A visão da arquitetura e do usuário ao qual é dirigida [...] está ligada a uma vontade de se aproximar aos gostos das pessoas comuns. Cultura material, diversidade cultural, contextualismo, preexistências ambientais, tradição, linguagem comunicativa, arquitetura anônima etc., são alguns dos temas que utilizam os arquitetos [...]. Se a arquitetura contemporânea sabia enfatizar a continuidade histórica da identidade de cada lugar, também poderia dar a entender ao homem da rua que é algo que admite a sua participação” (11).
Na arte, a imagem do homem também passa por transformações, além de surgirem aproximações de novos experimentos quanto a texturas e formas, o homem passa a ser representado como um novo sujeito rebelde e marginal, que busca expressar a postura empática em relação ao homem comum e individual, diferenciando-o da imagem característica preestabelecida, de um sistema genérico que atribui ao homem uma ausência de identidade até mesmo psicológica.
Susana Seramin e Vinícius Nicastro Honesko, no prefácio do livro O que é contemporâneo?, de Giorgio Agamben (12), refletem sobre o pensamento do filósofo quanto ao posicionamento do homem contemporâneo e sua relação com o tempo. Indicam um novo olhar para a compreensão do tempo, rompendo com a estrutura linear de passado, presente e futuro, e entendendo-o como uma esfera acessível que permite ir e vir constantemente para ressignificar valores e definir interesses.
“Um olhar para o não-vivido no que é vivido, tal como a vida do contemporâneo. O voltar-se para trás, suspender o passo, ver o escuro na luz, entrever um limiar inapreensível entre um ainda não e um não mais e compreender a modernidade como memorial e pré-histórica são algumas das fraturas, das cisões no tempo com as quais o sujeito, o poeta, tem que lidar” (13).
O indivíduo contemporâneo, segundo Agamben (14), não é aquele que adere com entusiasmo às novidades do próprio tempo, mas quem encara as frestas de luz e as exprime de maneira sensível e subjetiva em seu cotidiano, buscando constantemente viver as interfaces e valores, alcançando uma nova realidade, que surge circunstancialmente no meio em que vive. O sujeito reconhece uma dimensão poética de existência, por meio da qual percebe o passado pelas lentes da crítica e então direciona o futuro a partir do que viu.
São distintas as maneiras de expressão artística alcançadas por meio do corpo humano. Interessa aqui abordar as que estabelecem conexão com o espaço urbano, ultrapassam uma relação fetichista, e permeiam o teatro, a dança e a própria arte performática, a fim de analisar experiências de apropriação do espaço que, ao desencadear um deslocamento perceptivo, propiciam reposicionar os valores atribuídos à cidade e ao ambiente urbano.
Uma linguagem corporal que, munida de sensibilidade e de crítica, possa despertar um posicionamento estético e cognitivo em comunicação com outros indivíduos, caracterizando um experimento de caráter temporário que suscite processos participativos e estimule novas formas de interação entre as pessoas e os lugares da cidade.
Considerando essa rica interação de fatores e compreendendo a arte como locutora das tramas da própria cidade, Pallamin (15) discorre sobre os alicerces da arte urbana, explorando as contradições, conflitos e relações de poder, que por sua vez explicitam questões de identidade social, gênero e expressão cultural.
“Sua concreção estética, as significações e os valores com os quais trabalha incitam ao questionamento sobre como e por quem os espaços da cidade são determinados, que imagens, representações e discursos são aí dominantes, quais ações culturais contam ou quem tem exercido o direito à fruição, à participação e à produção cultural” (16).
A atividade artística, ao abandonar o recinto protegido dos espaços culturais e eleger o território urbano como lugar de manifestação, funde-se às tensões inerentes à dinâmica do lugar em que se insere, priorizando o debate sobre as relações entre a produção cultural e as condições de cidadania que caracterizam a cultura urbana.
Compreender a cidade em sua complexidade, por meio de uma rica gama de conceitos e consequentemente fruto de sentidos e valores, é premissa para reconhecê-la em sua plenitude econômica, física, espacial, social e política, considerando um sistema munido de suportes, no qual os artistas buscam embasar-se para expor suas práticas que combinam criação estética, crítica e resistência. Intervenções provisórias quando inseridas na cidade ganham a capacidade de contribuir para a ativação da memória dos cidadãos, seja numa dimensão pessoal que coletiva, transcendendo seus limites físicos e alcançando uma aproximação entre arte e vida, entre a experiência e a sensibilidade.
A crítica e o diálogo como experiência in loco
O Núcleo Aqui Mesmo, grupo idealizado em 2012, pela arquiteta e dançarina Carmen Morais junto das também dançarinas Lígia Rizzo e Thaís Ushirobira, trabalha o interesse entre o corpo e o espaço urbano a partir do conceito de arte in situ, de modo a compor obras artísticas voltadas especificamente para o lugar em questão, que contribui como elemento de interlocução em toda a narrativa.
Segundo a própria artista Carmen Morais, a cidade é fundamental no processo de desenvolvimento criativo, uma vez que passa a ser compreendida como um “espaço praticado” (17), que ultrapassa o elemento objetificado e alcança um ambiente rico em interesses e possibilidades. Suas produções apresentam performances que exploram os limites corporais, compreendendo e aderindo à arquitetura junto a suas variáveis espaciais, geométricas e de fluxo, de modo a estabelecer certa relação de descoberta e visibilidade, ora dos corpos, ora do lugar.
O teor de suas propostas concentra-se no campo visível e invisível que contrasta constantemente, no preenchimento do espaço, por intermédio da presença do corpo físico, na ruptura do padrão banal e utilitário de associação e uso do espaço público em determinadas situações e definitivamente na interação com o transeunte que, de repente, é convidado a participar da experiência, habitando e ressignificando o lugar em que acontece, como que usufruindo de uma brecha no tempo e espaço.
A proposta aborda o efêmero na tentativa de torná-lo eterno, como uma exaltação de movimentos contingentes capazes de atrair uma percepção sensível e quase que rítmica, que embala o observador e abre margem para uma leitura multidimensional do lugar, revelando os rastros memoriais que ali existiam e relacionando-os a uma dimensão poética que articula memória e criação.
Aproximando-se do teor conceitual de Pallamin (18), as produções realizadas por ]entre[aberto e De Segunda à sexta-feira fundamentam-se no entendimento da expressão e vitalidade da própria arquitetura ou meio urbano recortado, que ganha nova percepção sensível, aqui considerada como referência e repertório para a criação arquitetônica que busca aderência com o território, com a memória e a vivência cotidiana.
É a partir da busca constante pela ressignificação da capacidade crítica da arte urbana que se submete ao olhar do público e reexamina a si própria, que a aproximação do cotidiano revela-se oportuna, compreendendo o dinamismo de cada lugar e ajustando (ou subvertendo) a expressão corporal à sua conformação física, ao seu ritmo, à dinâmica de usos a que está sujeito no dia-a-dia e, por fim, ao imaginário dos cidadãos.
A obra |entre|ladeiras, projeto de dança contemplado pelo Programa de Ação Cultura do Governo do Estado – ProAC/2014, consolidou-se entre fevereiro e maio do mesmo ano, ocupando a Ladeira da Memória na região central da cidade de São Paulo, e foi reapresentado no Sesc Pinheiros em maio de 2018, como abertura do projeto “Arquite-Tô-Noções, conhecimentos e técnicas da arquitetura em diálogo com as artes e as tecnologias, ao alcance do público”.
Buscando compreender a cidade em toda sua diversidade por meio do diálogo entre as diferentes características e virtudes que suscitam na bagagem e no processo criativo do artista, como exposto por Pallamin (19) e relacionando com compreensão de tempo suspenso, dilatado, proposta por Agamben (20), especificamente na Ladeira da Memória, a proposta consiste na interação com a estrutura narrativa emblemática e histórica local, que existe quase como um recorte da cidade que permeia os tempos e assinala a memória coletiva, assim como com os usuários que de alguma maneira irregular revivem esse fragmento de memória quase que esquecido no tempo.
Mesmo que sem essa bagagem histórica preestabelecida inicialmente, em ambas as apresentações, a dança e as relações não convencionais estabelecidas com o lugar propiciam engendrar imagens contingentes e interinas, aliadas à visibilidade plástica e material criada por uma malha multidimensional feita com fitas adesivas que se deslocam, conferindo uma nova espacialidade para o local.
A obra é reflexo de um processo contemporâneo de produção artística que compreende diferentes camadas, uma vez que elementos históricos, físicos, sensoriais e até mesmo acústicos, tornam-se suporte indispensável para o processo de criação, explorando novos recursos sensoriais e impulsionando novos valores para o conjunto expressivo de linguagem.
A conexão com o usuário é singular, chamando atenção das crianças e compondo um enredo em coautoria que empodera o indivíduo, deslocando-o da condição passiva de espectador, quase que impelido a participar da cena.
Essa liberdade de apropriação, além de conferir certa improvisação à experiência, possibilita uma nova realidade de ocupação a cada realização da proposta. Outra perspectiva de análise é a dimensão de pertencimento e até mesmo um autodescobrimento do público diante do lugar em que se realiza o trabalho, proporcionando uma nova ótica para o lugar que transita entre as condições externas e o próprio interior poético que habita cada ser.
É pelo ideal de retratar de maneira poética e excêntrica a realidade já existente, que os artistas se expõem diante de um novo olhar para a cidade. Essa produção revela diferentes perspectivas do cotidiano, ao mesmo tempo em que permite escavar certas memórias, seja de maneira individual ou coletiva, caracterizando experimentos capazes de conceder ao meio urbano, durante um período e naquele determinado espaço, uma nova camada de sua própria história, expondo uma face mais desvelando novos sentidos, nova compreensão cognitiva dos elementos em composição.
Deste modo, o movimento corporal serve como instrumento para expressar uma relação mais significativa com o ambiente em que atua. Por um lado, ao tornar o espaço urbano legível, o grupo o transforma em lugar vivenciado, e apresenta uma narrativa contada pelo discurso de seus integrantes, assegurando em suas performances uma percepção sensível de dimensão estético-política que se abre à participação do público, distanciando-se, portanto, de práticas estéticas espetaculares. Por outro lado, ao estabelecer vínculos com os lugares da cidade presentes na memória daqueles que os habitam, tecem relações com os próprios cidadãos, potencializando a capacidade de apreensão e leitura da cidade.
Reflexões de um pensamento em construção
As reflexões teóricas reunidas neste artigo buscam aproximar o ponto de vista dos pensadores analisados a fim de investigar acerca das relações entre arte, cidade e cultura no pensamento contemporâneo, de modo a articular as posições teóricas ao enfrentamento das dinâmicas urbanas, procurando compreender diferentes percepções do sujeito no tempo em que vive e no lugar em que habita, que possam propiciar novas formas de produzir e de vivenciar a cidade.
A arte comparece nesse contexto como elemento de propagação do pensamento crítico e, muitas vezes, ativando a memória, expondo camadas de percepção que foram sendo ajustadas e ressignificadas com o tempo. Especificamente nas performances, o corpo é utilizado como instrumento de locução que, ao criar brechas no tempo presente, revela a memória e uma dimensão simbólica dos lugares aqui mencionados, expondo uma interpretação crítica do vivido e abrindo um leque de possibilidades para um horizonte não-vivido insinuado em cada uma das apresentações.
Como sugere Pallamin (21), a arte urbana é caracterizada por uma prática crítica sem a intenção de alcançar utopias temporais, mas sim, de olhar para o presente e assimilar suas condições reais, expondo suas fragilidades e potenciais, além de interagir com a vida cotidiana, com o indivíduo transeunte, com a possibilidade de multiplicar o significado do ambiente urbano. Nessa perspectiva, o cenário dá vida às interpretações artísticas, reconectando os sujeitos entre si e ao próprio lugar.
A correlação entre os modos de operação, os significados e a interlocução com o público, expõe uma nova condição de pensar a cidade, como também de apropriar-se da arte e do próprio corpo, que se torna um elemento capaz de romper com a cristalização de comportamentos e provocar ampliação das perspectivas existentes, requalificando um conjunto de significados, que emergem dos indivíduos, das obras apresentadas e da própria cidade.
notas
1
MONTANER, Josep Maria. A modernidade superada: Ensaio sobre a arquitetura contemporânea. 2ª edição. São Paulo, Gustavo Gili, 2013.
2
NORBERG-SCHULZ, Christian. O fenômeno do lugar. In NESBITT, Kate. Uma nova agenda para a arquitetura. 2ª edição. São Paulo, Cosac Naify, 2013, p. 443-46.
3
AGAMBEN, Giorgio. O que é contemporâneo?. Chapecó, Argos, 2009.
4
PALLAMIN, Vera Maria. Cidade, cultura e arte contemporâneas: tensões consideradas à luz da relação entre criação e resistência. Relatório de pesquisa submetido a entrevista de livre docência. São Paulo, FAU USP, 2013.
5
Idem, ibidem, p. 16.
6
NORBERG-SCHULZ, Christian. O fenômeno do lugar (op. cit.), p. 457.
7
Idem, ibidem.
8
SOLÁ-MORALES, Ignasi. Intervenciones. Barcelona, Gustavo Gili, 2006.
9
MONTANER, Josep Maria. Op. cit., p. 18.
10
Idem, ibidem, p. 12.
11
Idem, ibidem, p. 18.
12
SERAMIN, Susana; HONESKO, Vinícius Nicastro. Prefácio. In AGAMBEN, Giorgio. Op. cit., p. 7-24.
13
AGAMBEN, Giorgio. Op. cit., p. 19-20
14
Idem, ibidem.
15
PALLAMIN, Vera Maria. Op. cit.
16
Idem, ibidem, p. 105.
17
MORAIS, Carmen. A dança in situ no espaço urbano. São Paulo, Lince, 2015.
18
PALLAMIN, Vera Maria. Op. cit.
19
Idem, ibidem.
20
AGAMBEN, Giorgio. Op. cit.
21
PALLAMIN, Vera Maria. Op. cit
sobre as autoras
Amanda da Costa Pereira Alves é mestranda em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade São Judas Tadeu. Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela mesma universidade, obtida em 2017. Explora em sua pesquisa os vínculos e as tensões entre arte, cidade, arquitetura e memória.
Eneida de Almeida é professora da Universidade São Judas Tadeu, atuando na graduação e na pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo. Realiza pesquisas sobre os temas da memória e da preservação do patrimônio em uma ampla perspectiva de reconhecimento e documentação, e investigações sobre a apreciação crítica de intervenções contemporâneas no patrimônio cultural. É coeditora da revista eletrônica arq.urb do Programa de Mestrado da Universidade São Judas Tadeu – PGAUR USJT