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drops ISSN 2175-6716

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O escritor Milton Hatoum critica a decisão do governo brasileiro em comemorar uma pretensa revolução de 1964, um projeto de revisão histórica voltada para o apagamento da memória da ditadura.

how to quote

HATOUM, Milton. História não pode ser distorcida ou esquecida. Comemorar o golpe é uma nova agressão contra mortos e torturados. Drops, São Paulo, ano 19, n. 138.08, Vitruvius, mar. 2019 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/drops/19.138/7312>.


Ditador da República das Bananeiras
Fotomontagem Abilio Guerra


Num Brasil com quase 13 milhões de desempregados e 27 milhões de trabalhadores com emprego precário, o presidente se expõe mais uma vez ao ridículo. Já elogiou Pinochet e Stroessner, dois dos maiores ditadores/assassinos desta América.

Sua visita subserviente a Israel pode incluir o Brasil num conflito do Oriente Médio, contrariando a política externa equilibrada de governos anteriores. Não menos insidioso é o ministro das relações exteriores, influenciado por um astrólogo sinistro e oportunista. Afirmar que o nazismo foi um movimento de esquerda é uma cretinice sem tamanho, uma forma nada sutil de delinquência intelectual.

Nenhum gesto ou atitude equilibrada pode vir de um ex-capitão punido pelo próprio Exército, um deputado muito abaixo do medíocre.

A Argentina, o Chile e o Uruguai puniram (e ainda punem) os algozes de suas respectivas ditaduras. Aqui, esses criminosos foram anistiados, e o capitão ainda elogia e celebra o golpe de 64, que interrompeu brutalmente a democracia e implantou uma ditadura que durou mais de duas décadas. É um insulto à memória dos que foram assassinados, aos milhares que foram presos e torturados. E a todos os familiares dos que tombaram na luta contra um governo ilegal e facinoroso.

Não se pode distorcer a História, tampouco esquecê-la. E essa será a tarefa árdua de professores, jornalistas, intelectuais, artistas, escritores e de todas as pessoas que têm algum compromisso com a democracia, a verdade e a dignidade.

sobre o autor

Milton Hatoum, arquiteto formado na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo – FAU USP, é escritor, autor de um Relato de um certo Oriente, Dois Irmãos, Cinzas do Norte e Órfãos do Eldorado e diversos outros livros, ganhadores do Jabuti e outros prêmios importantes.

 

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138.08 política
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138

138.01 direito autoral

Conexão de obras intelectuais

Violação de direito autoral em rede social

José Roberto Fernandes Castilho

138.02 crônica

Eterno retorno do frango assado

André Luiz Joanilho

138.03 patrimônio moderno

A manutenção do ITA de Oscar Niemeyer

Sobre a falsa perenidade do que é simples

Rolando Piccolo Figueiredo

138.04 política

Atos, falhas e atos falhos

Falam também em sangue aqueles que só pensam em sexo

Carlos A. Ferreira Martins

138.05 tragédia

Violação de direitos humanos na comunidade do Cimento

Nota de repúdio do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana

Conselho Estadual Condepe

138.06 política

Primeiro de abril

Mentiras que custam caro

Carlos A. Ferreira Martins

138.07 ensino

CAU/RS e o ensino à distância

Alerta sobre os impactos negativos do EAD na qualidade do ensino nos cursos de Arquitetura e Urbanismo

Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil CAU/RS

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