
Oficina Social Latino-Americana Panamá, Comunidade de Quebrada Ancha # 2, Parque Nacional Chagres, Panamá, 2016. Arquitetos Paula Izurieta e Gabriel Moyer-Pérez (conferencistas e tutores) / Caá Porá
Foto Ambar Calvo
Oscar Eduardo Preciado Velásquez: Qual seria sua reflexão sobre a aplicação do conceito de Sumak Kawsay? É aplicado de alguma forma em seus trabalhos?
Paula Izurieta: O Sumak Kawsay virou um clichê, o que penso é que nós tentamos fazer trabalhos ou projetos que atendam à comunidade, que não sejam apenas elefantes brancos, mas que servem. Que possuam uma estética, mas também que sejam funcionais e também que sejam ecologicamente amigáveis ao meio ambiente, amigáveis à cultura e, portanto, acho que tudo tem que ser um complemento. Eu não sei se chamá-lo de Sumak Kawsay. Pode ser? Mas eu penso que são projetos circulares, eles precisam se deparar com muitas arestas para servir. Tentamos não gerar uma perda, porque não adianta fazer um trabalho de um milhão de dólares que a comunidade tenha que tomar um empréstimo e depois não funcione.
OEPV: Que seja sustentável nessa parte.
PI: Isso aí. Tem que ser sustentável em todos os sentidos.
OEPV: O interessante é que sai da mesma comunidade. Essas demandas. Quero dizer, como arquiteto, não é que a gente vai lhes dizer como fazer as coisas.

Oficina Social Latino-Americana Panamá, Comunidade de Quebrada Ancha # 2, Parque Nacional Chagres, Panamá, 2016. Arquitetos Paula Izurieta e Gabriel Moyer-Pérez (conferencistas e tutores) / Caá Porá
Foto Ambar Calvo