Oscar Eduardo Preciado Velásquez: Nicole, eu queria te perguntar, após de ter falado com a Paula, qual tem sido sua experiência depois de deixar a universidade, que a gente talvez sai com muitas coisas para aprender, mas qual tem sido o seu maior ganho aqui com o Caa Porá?
Nicole Andrade: Sim, precisamente, o que mais gostei é a exploração de outros sistemas construtivos, de outra tipologia de construção, porque não é o mesmo construir na Serra que na Amazônia, em nenhum sentido, principalmente em materiais. Nem sempre estamos aqui procurando um sistema tradicional que seja como o concreto, mas cabe a nós ver como seria tal união, como isso é construído, funcionará? Portanto, é diferente do tradicional, pode-se dizer. Então isso tem sido algo novo que eu gostei muito e que aprendi. Como disse a Paula, você acha que, quando sai da universidade, tem um conhecimento amplo e nem sempre é assim, porque você aprende na prática, porque a universidade apenas fornece algumas diretrizes, mas não tudo o que você precisa para se desenvolver completamente na vida profissional.
OEPV: O que você acha que agregou valor ao seu aprendizado aqui até o momento?
NA: Eu acho que agora o que estamos trabalhando é um projeto em Añangu, é outro hotel, então estamos explorando um pouco como lidar com a topografia existente com o objeto. Não tivemos problemas, mas inconvenientes em termos da topografia real; portanto, vimos como ficaria o projeto até resolver bem a topografia. Outra coisa são os materiais e condições do local. Por exemplo, rapidamente, eles nos disseram que os pássaros ali voam muito, então devemos ver no design uma maneira pela qual os pássaros não colidam com o projeto. Esse é uma grande sala de refeições dentro do hotel, que é o maior espaço. Então tivemos que ver como projetar a fachada para que pudesse ser algo impressionante e que não pudesse afetar os pássaros para que colidissem. Então, esse tipo de coisas são diferentes e são muito específicas para o local, e que devem se levar em consideração ao projetar.