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interview ISSN 2175-6708

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Entrevista de Helio Herbst com Guimar Morelo, que participou da montagem da I Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo, encerrando sua carreira como chefe de montagem da Fundação Bienal de São Paulo.

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HERBST, Helio. A montagem das primeiras bienais: improviso e superação. Lembranças de Guimar Morelo. Entrevista, São Paulo, ano 22, n. 088.02, Vitruvius, nov. 2021 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/22.088/8324>.


Declaração de entrega das chaves do Belvedere do Trianon, local de realização da I Bienal do MAM/SP – cópia, 18 jan. 1950
Prefeitura do Município de São Paulo. Memorando 26/301/1950, não assinado [Arquivo Histórico Wanda Svevo / Fundação Bienal de São Paulo]

Helio Herbst: O senhor trabalha na Bienal desde 1951. Qual era a sua função na época? Como foi que o senhor integrou a equipe? O senhor já era funcionário do MAM/SP antes de integrar a equipe de montagem da I Bienal?

Guimar Morelo: Eu trabalho na Bienal desde março, não na Bienal, no Museu de Arte Moderna, instituição que organizou a primeira Bienal, desde março de 1949.

HH: Como surgiu a ideia de organizar a primeira Bienal?

GM: Em 1948, o Ciccillo Matarazzo foi para Veneza convidado pelo Itamaraty para ser comissário na Bienal. Ele se apaixonou e voltou com a ideia de fazer uma Bienal aqui no Brasil. Então saiu no jornal que precisava botar uma camisa de força, internar, que o Ciccillo estava louco. Uma coisa Matarazzo sempre disse a vida toda: eu não entendo nada de arte, mas ele se cercava de gente que entendia. Então tinha o Carlos Pinto Alves, o Sérgio Milliet, o Lourival Gomes Machado, uma série de intelectuais [para dar] respaldo. Tanto que se você pegar o regulamento da primeira Bienal de São Paulo e confrontar com o da Bienal de Veneza da época, você vê que é exatamente a mesma coisa, mudava uma vírgula ou alguma coisinha.

HH: Quer dizer, quando ele foi como comissário do Itamaraty o Ciccillo já tinha ideia de fazer a Bienal em São Paulo...

GM: Eu não sei se ele já tinha ideia, mas foi para Veneza como comissário e voltou com a ideia de fazer a Bienal. Então ele reuniu um grupo, eu não [me] lembro de todos os nomes, reuniu a nata de intelectuais da época para fazer o regulamento e jogaram [a mostra] para frente, em 1951. Inclusive no Brasil, em São Paulo principalmente, não havia um espaço ideal, problema muito sério. Eu não sei quem ou como o Ciccillo Matarazzo descobriu aquele espaço no Trianon. O Trianon era uma plataforma [esplanada, praça, mirante]. Todo fim de semana ficava lotado de gente que chegava no fundo para ver a cidade de São Paulo, ver o movimento, era muito bonito...

HH: Parece que havia festas também.

GM: Havia festas nos salões. Debaixo daquela plataforma existia um grande salão onde aconteceu a Bienal.

Artigo “Mundo marcou encontro no Trianon. Preparativos para a inauguração da I Bienal, de Leonardo Arroyo
Folha da Manhã, Caderno Atualidades e Comentários, São Paulo, 14 out. 1951, p. 1 [Acervo Folha]

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