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PORTAL VITRUVIUS. 7° Prêmio Jovens Arquitetos 2005. Projetos, São Paulo, ano 05, n. 057.02, Vitruvius, set. 2005 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/05.057/2529>.


Categoria Arquitetura - Obra Executada

Criação de espaço de convivência para o Campus I da Fumec

A Universidade FUMEC, estabelecida como tradicional instituição de ensino de Belo Horizonte desde 1965, compõe-se da FEA - Faculdade de Engenharia e Arquitetura, da FACE – Faculdade de Ciências Econômicas, da FCH - Faculdade de Ciências Humanas e, mais recentemente, a FCS - Faculdade de Ciências da saúde. Ao longo dos últimos anos, a criação de novos cursos implicou em sucessivas construções novas e reformas com acréscimo das edificações existentes. Este processo de crescimento resultou num adensamento generalizado, ora pela verticalização de algumas edificações até o limite máximo permitido, ora pela ocupação dos interstícios destas edificações. A única área livre remanescente era destinada à demanda do estacionamento, na entrada do Campus.

A carência de espaços livres levou, inevitavelmente, a um processo de sobreposição de atividades na área destinada ao estacionamento. As árvores existentes, bem como a proximidade com o parque da copasa, promoviam ambiência agradável que estimulava os alunos de todas as unidades de ensino a usarem esta área como espaço de convivência, desenvolvendo então uma vocação que entrava em conflito com a presença de automóveis. O estacionamento deveria, portanto, desocupar esta área e se deslocar para áreas vizinhas ao Campus, a serem negociadas com os respectivos proprietários.

A proposta de intervenção nesta área pretendeu, portanto, confirmar a vocação de uso deste espaço como área de convívio para todos os usuários do Campus numa nítida demonstração de prevalência destes sobre os automóveis e evitando construções que adensariam ainda mais a área do Campus. Priorizou-se a integração entre as pessoas de modo a organizar os fluxos de acessos às unidades e facilitar os contatos, potencializando o fundamento de um campus universitário integrado: “o livre curso do conhecimento e, conseqüentemente, o desenvolvimento social, acadêmico, cultural e científico”.

O fundamento de um campus universitário integrado

A fim de orientar a ocupação e distribuição dos espaços de convívio, abrigando todo tipo de manifestação estudantil -gincanas, semanas do conhecimento, etc. - e, ao mesmo tempo, garantir acesso fluido às edificações existentes, dividiu-se a área original em basicamente duas partes, separadas por eixos de circulação demarcados por mudança de cor na paginação do piso e reforçados por cuidadoso tratamento luminotécnico. Priorizando os espaços de convívio e os fluxos de pedestres, esta hierarquização considerou os princípios de acessibilidade universal e preservou a estrutura viária existente, garantindo acesso restrito de veículos de grande porte até a entrada de cada unidade, atendendo às normas de segurança.

A primeira área, totalmente descoberta, situa-se na entrada do campus, próxima à guarita de controle de acesso, gerando um espaço de acolhimento e promovendo uma transição tênue entre a rua e as edificações existentes. A segunda área, contígua à primeira, é coberta e integra-se com o espaço da cantina que nesse novo arranjo, passa a atender a todo o campus e não somente a uma das unidades de ensino, como era anteriormente. Esta estratégia buscou valorizar a socialização, promovendo a integração dos alunos e professores das diversas unidades em torno de equipamento de uso comum, respondendo positivamente à busca do campus integrado.

Para consolidar o caráter de permanência nestas duas áreas, foram propostos 2 tipos de mobiliários. Na área descoberta foram instalados bancos em estrutura metálica, com assento em réguas de madeira ipê.

Para a área coberta, complementar ao espaço da cantina, conjuntos de mesa e dois bancos acoplados atendem simultaneamente à demanda da cantina e servem de apoio aos estudantes.

Considerando-se que os encontros entre docentes e discentes compõem-se de grupos variados, mobiliários móveis foram desenvolvidos de forma a permitir usos de maneira indeterminada. Dispostos sobre trilhos metálicos, os bancos e conjunto de mesa e banco permitem variadas combinações em conformidade com a demanda dos usuários.

O caráter da intervenção

Preservar ao máximo a área livre existente, propondo ocupação mínima e sem prejuízo da visualização das unidades de ensino existentes levou à adoção de um conjunto porticado metálico para abrigar a parte a ser coberta. O sistema construtivo permitiu vãos livres de 22 m, para cada um dos seis pórticos, espaçados a cada 3,8 m, abrigando com generosidade espaço de convívio compatível com a demanda dos usuários. Uma intervenção permeável, sem vedações laterais, com cobertura em telhas translúcidas e forro em réguas espaçadas de madeira paraju que funcionam como brise, controlando a incidência dos raios solares, preservou generosa iluminação natural que consolidou o caráter de espaço aberto e minimizou o caráter de obra construída.

A preservação das árvores existentes ao longo de um eixo longitudinal, no interior da área coberta, foi possível a partir da abertura de quadrantes na cobertura, que permitem o crescimento livre das espécies vegetais. Esta estratégia contribuiu para o aumento da incidência de luz natural, demarcando um fluxo de passagem sobre grelha metálica _que recebe água pluvial a partir das gárgulas da cobertura -, reforçou a ênfase ao caráter de espaço externo e conferiu ambiência agradável ao “interior” da área coberta.

Paisagismo e preservação ambiental

Estabeleceu-se como diretriz de planejamento ambiental o aproveitamento das espécies vegetais existentes na área do estacionamento, a preservação máxima da área livre, o aproveitamento das edificações, bem como a otimização do uso da infra-estrutura existente e o resgate visual da paisagem do parque da copasa, contíguo ao terreno do Campus.

Na parte descoberta, ao redor das árvores existentes, foram criados 04 grandes quadros recobertos por gramíneas. Os bancos dispostos próximos a estes quadros são acolhidos pelo sombreamento das árvores. Na parte coberta, conforme citado anteriormente, a preservação das espécies estimula a permanência, confirmando o compromisso com o usuário na medida em que contribuiu para a qualificação dos espaços de convívio. Uma grande alameda existente na divisa com o parque da copasa levou à instalação, pelas mesmas razões, de bancos intercalados ao longo de um grande eixo de acesso ao Campus.

ficha técnica

Obra
Área de Convivência da Universidade Fumec

Ano do Projeto
Primeiro semestre 2003

Conclusão da obra
Segundo semestre 2003

Área do terreno
1.785 m2

Área construída
625 m2

Projeto de arquitetura e luminotécnica
Andréa Vilella Arruda & Sérgio Palhares

Colaboradores
Juliana Fróes & Róccio Rouver R. Peres

Estrutura metálica e Fundações
Luiz de Lacerda Júnior

Instalações elétricas, hidráulicas, drenagem pluvial
Cristina Bráulio

Fotografias
Fernando Fotografias

Construção
Construtora Henrique & Henrique

lista de fornecedores

Estrutura
Complemig

Cobertura
Complemig

Forro de madeira e mobiliário (madeira)
CRN

Pavimentação
Uni.stein

Serralheria (cobertura e mobiliário)
Serralheria Aurifer

source
Equipe premiada
Belo Horizonte MG Brasil

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057.02 Prêmio
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IAB-SP
São Paulo SP Brasil

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