Memorial
Pertencente ao Eixo Tamanduateí, a área de 53.500 m² localizada em Santo André na divisa com São Caetano está numa região que, até uma década atrás, era predominantemente industrial. Hoje se encontra parcialmente abandonada ou subutilizada como galpões de estacionamento, em função da instalação de uma universidade no ano 2000.
O terreno é predominantemente plano, limita-se com a linha férrea e localiza-se parcialmente sob um viaduto que faz a ligação da Avenida Industrial com a Avenida dos Estados. Possui um campo de futebol e é utilizada como estacionamento, atendendo os usuários da universidade e da casa noturna localizada na cota mais alta do terreno.
A proposta consiste no estabelecimento de uma nova centralidade que vise atrair investimentos à região por meio da constituição de um parque composto por museu, centro cultural, comércios e serviços, que se apropriem da infra-estrutura existente no local.
Espera-se proporcionar uma melhoria na qualidade de vida dos moradores do bairro e incentivar o uso do trem como principal meio de transporte entre a região e o centro de Santo André, São Caetano e São Paulo, além de agir complementarmente à universidade instalada na vizinhança, formando um pólo de cultura e serviços.
Aproveitando-se das instalações de uma antiga indústria da região, o Museu da Indústria tem por objetivo expor um acervo permanente de objetos, filmes, fotos e maquinário ligado à indústria, ressaltando sua importância no processo de desenvolvimento brasileiro. Seu programa é formado por salas de exposição, acervo, biblioteca especializada, lanchonete, sala multimídia e auditório.
O centro cultural, de comércios e serviços é constituído por uma extensa cobertura em estrutura metálica e telhas de PVC, que visa a captar água das chuvas e energia solar por meio de placas térmicas. Tem sua estrutura em concreto pré-fabricado e modulada por eixos de 15 em 15 metros. É vazado por todos os lados, garantindo o conforto térmico de forma natural. Seu programa é formado por lojas, serviços e administração no térreo; biblioteca, dois auditórios e lanchonete no primeiro pavimento; e quatro ateliês distribuídos no segundo e terceiro pavimentos.
Três praças com espelhos d’água são propostas para efetuar a ligação entre os equipamentos locais. São equipadas com calçadas de acesso a deficientes físicos, piso intertravado para garantir a permeabilidade do solo, bancos e áreas cobertas para embarque e desembarque de passageiros.
O parque, bem como os edifícios, está provido de rampas de acesso com inclinação máxima de 8%, sinais no piso para deficientes visuais, vagas de estacionamento e sanitários em acordo com as normas brasileiras. O projeto prevê também uma ciclovia de aproximadamente 5 km, paralela à linha férrea, ligando o centro de Santo André ao parque, a fim de estimular o transporte não motorizado e apropriar-se de áreas ociosas.
Será instalado um espaço de eventos constituído por uma grande cobertura de manta de PVC e estrutura metálica, nos moldes das lonas circenses, para proporcionar maior interação entre o ambiente interno e externo.
Uma galeria comercial composta por 14 boxes de 3,5 x 5m de concreto pré-fabricado e cobertura metálica com manta tensionada em PVC visa a atender aos usuários da estação de maneira organizada, sem prejudicar o trânsito de pessoas pelas calçadas do bairro.
ficha de projeto
Nome do Projeto
Estação Cultural Utinga
Autor
Thiago Augusto Roque
Instituição de Ensino
Universidade São Marcos
Cidade
São Paulo SP
Professor Orientador
Helena Napoleon Degreas
