Memorial
O desenvolvimento sustentável não foi alcançado devido à negligência a um desenvolvimento econômico e um progresso social que preservassem o meio ambiente, impedindo, assim, a renovação dos recursos naturais e energéticos do planeta.
Para que tal situação não chegue a um fim calamitoso é necessário que surja, então, um novo conceito de cidade. Uma cidade altamente sustentável, com possibilidades de reassegurar a evolução das espécies. Desta forma, é preciso que o homem deixe de ser parasita dos recursos naturais e passe a viver em comensalismo com eles.
Projetou-se, então, uma estruturação social-econômica urbana capaz de liberar quase que plenamente os poucos solos férteis restantes, pois estes passam a ter muita importância para a sobrevivência da vida terrena. Neles foi estabelecida uma agricultura sustentável de caráter técnico-científico, na qual são usadas máquinas desde o monitoramento das terras por satélite até a fabricação de organismos geneticamente modificados.
Já as cidades se tornam células aquáticas que mantêm uma interação harmônica com o continente e sua natureza através de ferrovias que distribuem o alimento produzido. O continente é acessado somente por meio de células-núcleo administrativas e é por elas protegido e controlado. Uma célula-núcleo pode ligar-se a outra, formando um esqueleto de cooperação entre as cidades.
A urbe foi estruturada de maneira que células-bairros sejam acopladas a essa célula-administrativa, mas cuja sustentabilidade seja praticamente autônoma, pois além de seus setores residenciais, comerciais e de lazer, cada uma possui uma central de serviços com local específico para a dessalinização da água e a fabricação de PVC e outra central para a industrialização das moradias-módulo. Também nessas células ocorre a produção de energia para consumo próprio, podendo ser de natureza eólica, solar e energia hídrica. Cada uma destas células-secundárias é capaz de sustentar cerca de 20 mil habitantes.
Devido à escassez de espaço, as moradias são totalmente racionalizadas — daí a opção por um sistema de cápsulas-módulo. Tais cápsulas possuem apenas as funções básicas de sobrevivência, como dormir, comer e higienizar-se. Elas são feitas quase totalmente de PVC, pois a matéria-prima básica para a fabricação deste material, o sal marinho, encontra-se aí em abundância devido ao processo de dessalinização. Além disso, o PVC foi escolhido por se apresentar como um dos melhores materiais para sobreviver na situação proposta, já que é leve (fator que facilita seu manuseio e aplicação); resiste à ação de fungos, bactérias, insetos e roedores e também à maioria dos reagentes químicos; é um material sólido e resistente a choques; é um bom isolante térmico, elétrico e acústico; é impermeável a gases e líquidos; resiste às intempéries (sol, chuva, vento e maresia); é durável (com vida útil superior a 50 anos); é auto-extinguível; é versátil e ambientalmente correto; é reciclável; e ainda é fabricado com baixo consumo de energia.
ficha de projeto
Nome do Projeto
Conexão Futura
Autores
Olívia Orquiza de Carvalho, Paola Otsuka Itikawa, Sara Naomi Sakuma e Sheila Yone Akimura
Instituição de Ensino
Universidade Estadual de Londrina / UEL
Cidade
Londrina PR
Professor Orientador
Otávio Shimba