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projects ISSN 2595-4245


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Sequência de projetos selecionados no 9º Concurso Nacional de Ideias (CNI) para Reforma Urbana, promovido pela Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) e pela Federação Nacional dos Estudantes de Arquitetura e Urbanismo (FeNEA).

how to quote

PORTAL VITRUVIUS. 9º Concurso Nacional de Ideias (CNI) para reforma urbana. Projetos premiados. Projetos, São Paulo, ano 15, n. 180.01, Vitruvius, dez. 2015 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/15.180/5666>.


Apresentação

Espaços Palitantes trata-se de uma forma alternativa de pensar habitação popular, espaço público e equipamentos urbanos. Dá lugar e direito de morar à população que habita áreas de risco. É uma proposta que faz pensar algumas bandeiras da Reforma Urbana (que não fizemos até hoje?!), e suscita questionamentos sobre a ordem vigente (produção e consumo capitalista do espaço).

É desdobramento do TFGI, “Construção do Risco, Construção em Risco, um ensaio sobre desastres naturais e a ocupação urbana” e TFGII, “Espaços Palitantes. Otimização de Estruturas Parciais”.

A problemática

Vem do retrato recorrente do que vemos nos jornais todos os anos quando a época de chuvas chega: desastres “naturais” (deslizamentos de terra, enchentes, famílias desabrigadas, etc.). Apesar disso, o problema não é exatamente a chuva, que é apenas um evento hidrológico, o problema é sistema físico e humano vulnerável que consiste a ocupação urbana em determinadas áreas, e, quando este é atingido pelas chuvas. Aquilo que se chama desastre natural é entendido aqui como desastre socioambiental.

Trata-se, da construção (urbanização) desigual do espaço, produzido e consumido sobre a óptica capitalista, na qual não existe espaço para aqueles que não possuem posses, restando-lhes segregação social e exclusão territorial. Essa parcela da população vai resolver seu problema habitacional procurando terras desinteressantes ao mercado formal, sobrando-lhes encostas, mangues, várzeas, etc.

Este cenário recorrente às cidades brasileiras também é comum à Juiz de Fora, MG, onde se afigura este projeto. O bairro Santa Luzia, localizado na zona sul do município, é uma área de grande suscetibilidade a deslizamentos, já que, assim como toda cidade, nasceu em um vale, cresceu e se expandiu pelos morros, com pouca profundidade de solo. E, quem ocupa essas encostas é a população de baixa renda constantemente assolada pelos desastres socioambientais.

Justificativa da solução adotada

Está construída sobre a necessidade de se reinventar novas formas de morar e estar na cidade, de democratizar o espaço, de dar acesso e voz à população segregada.

São habitações (três tipologias), espaços públicos (praças, área de convívio, horta) e equipamentos (comércio, creche, oficina escola, escritório de assistência técnica e posto de assistência social) construídos em “paliteiros” (estruturas de edifícios sobre um solo subutilizado, com potencial para ocupação).

Promover edifícios socialmente híbridos, através da utilização de instrumentos urbanísticos, dando incentivos e isenções à classe média (condôminos) para conciliar o uso do terreno e estruturas para abrigar o conjunto que recebe a população vítima de desastres socioambientais do próprio bairro.

Espaços palitantes,localização da intervenção. Raquel Hellich, FAU UFJF
Menção honrosa

O conjunto

O conjunto é de pequeno porte, este contendo 43 unidades habitacionais, facilitando a gestão e o sucesso do empreendimento. Oferece aos moradores a oportunidade de se manterem no mesmo bairro ou mesmo nas proximidades de suas antigas residências que por sua vez possuem facilidades de equipamentos e serviços urbanos

A gestão do conjunto propõe novas formas de pensar a moradia pois não pactua com  aideologia da casa própria, podendo funcionar como concessão de uso, cooperativismo habitacional, com aluguel social, dentre outros.

A técnica

Promove o aproveito de estruturas pré-existentes e a otimização de infra estrutura subutilizada: construções em steelframe em determinados pontos onde a ocupação avança a estrutura promovendo balanços, pois são mais leves e geram pouco resíduo na obra. Cada projeto de conjunto palitante deve receber atenção específica para feitura do dimensionamento de carga possível de se suportar e, além disso, estipular a forma de ocupação dentro do paliteiro.

Serviços

O conjunto incentiva o pequeno comércio para residentes e população em geral, no qualalguns pontos são disponibilidados. Possui instituições de educação para criança, em creche, e para jovens e adultos em oficina escola com a possibilidade de cursos profissionalizantes que podem ser realizados em parcerias diversas; espaço para pequeno cultivo em horta, espaços para o mercado informal e com construções efêmeras, escritório de assistência técnica com parceria entre Universidade e prefeitura, posto avançado de trabalho para assistência social do município. Todas as atividadese espaços de socialização a fim de incentivar a circulação de pessoas, a apropriação do espaço e a manutenção do condomínio.

Espaços palitantes, plantas dos apartamentos tipo. Raquel Hellich, FAU UFJF
Menção honrosa

Tipologias

Três tipologias distintas para habitação, sendo a primeira com 36m² (com 1 quarto), a segunda 48m² (com 2 quartos) e 60m² (com 3 quartos) adaptáveis às diferentes famílias e necessidades. O conjunto conta com apoio do escriório de assistência técnica realizado pela universidade e pela prefeitura no próprio espaço do conjunto, em sala exclusiva.

ficha técnica

classificação
menção honrosa

projeto
Espaços palitantes

aluno
Raquel Filippo Fernandes Hellich

escola
FAU UFJF
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Federal de Juiz de Fora

source
FAU UFJF
Juiz de Fora MG Brasil

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180.01 concurso estudantil
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original: português

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Jardine Agência de Comunicação. Carolina Jardine, Bruna Karpinski e participantes do concurso
Brasilia DF Brasil

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