Proposta
As dinâmicas de organização e produção do espaço na cidade contemporânea são envoltas em uma série que questões paradigmáticas. Poucos são aqueles que escolhem encarar de frente o fato de que há tempos a cidade não é mais contruída pelas pessoas, e muito menos para as pessoas. Sistemas complexos são formados no sentido de preservar uma política urbana submetida aos interesses da espetacularizaçao mercantil urbana. A proposta do Plano de humanização para cidades ou PHC vai, portanto, na contramão dessa lógica que se alimenta da passividade, da alienação e não-participação. A nossa proposta é uma revolução da vida cotidiana! Uma revolução de dentro para fora, começando na forma como enxergamos o que é ser um cidadão e o entendimento da força criadora que a comunidade deve exercer. Compreender de fato, que se é um e se é todos.
Estratégia
Através do resgate do ideal de diferentes comunidades organizadas e articuladas dentro da cidade é possível promover mobilização, organização e auto-gestão dos grupos comunitários. As comissões de bairro, associações dos moradores e demais grupos organizados passam a ter papel central nas discussões, decisões e atuações dentro do contexto urbano, uma vez que, além do caráter deliberativo, adquirem poder de proposição e implementação de projetos visando o bem estar comum. Com o objetivo de viabilizar, auxiliar e incentivar a mobilização das comunidades, as redes socias surgem como uma ferramenta mais que estratégica, mas necessária no cenário contemporâneo, em especial no Brasil. A criação do aplicativo FalaComu, bem como do evento de confraternização, o Comufest, insere a importância do engajamento comunitário e participação ativa da população em uma plataforma aderente e inclusiva.
Perspectiva
A criação do aplicativo FalaComu e de eventos de confraternização como o Comufest representam o passo inicial na transformação do cotidiano da cidade e de seus habitantes. Usada a favor da integração comunitária, a conectividade virtual se materializa em ações reais no cenário urbano, considerando que uma cidade construída e ocupada pelas pessoas é a chave para uma efetiva humanização dos espaços. A plataforma virtual comporta diversas possibilidades de armazenamento e troca de informações (texto, imagem, fotografia, vídeo, áudio, etc), dinamizando e incentivando sua utilização, ao passo que os festivais e encontros promovidos pelo aplicativo configuram o principal canal de encontro da população. Dessa forma, propomos uma base de organização que possibilite a auto-gestão desde o curto prazo e a partir de então se desenvolva em uma real democratização da cidade através da força comunitária.
ficha técnica
classificação
Prêmio júri popular
projeto
Plano de humanização para cidades
alunos
Thais dos Santos Coelho, Thais Shiozawa de Micheli e Victoria Reis Sousa e Braga
escola
FAU Mackenzie
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
Universidade Presbiteriana Mackenzie