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research

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architexts ISSN 1809-6298


abstracts

português
O artigo objetivou identificar, na zona urbana de Rio Brilhante, edificações datadas entre 1900 a 1960. Foram detectados onze locais, com a predominância de residências térreas avarandadas em alvenaria, predominando o estilo eclético.

english
The article aimed to identify, in Rio Brilhante, buildings dated between 1900 and 1960. Eleven sites were detected, with the predominance of single-story terraced residences in masonry, with an eclectic style.

español
El artículo tuvo como objetivo identificar, en Rio Brilhante, edificaciones fechadas entre 1900 y 1960. Se detectaron once sitios, con predominio de viviendas adosadas de un solo piso en mampostería, con un estilo ecléctico.


how to quote

OLIVEIRA, Fábio Fernando Martins; OLIVEIRA, Ademir Kleber Morbeck de; PINA, José Carlos. A zona urbana do município de Rio Brilhante MS e sua produção arquitetônica entre 1900 a 1960. Arquitextos, São Paulo, ano 22, n. 264.05, Vitruvius, maio 2022 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/22.264/8478>.

O estudo das características arquitetônicas encontradas nas diferentes regiões do Brasil permite identificar o modo de vida da população em determinado período, além de facilitar a compreensão do presente, através da correlação do ambiente construído com a cultura local. Existem diferentes maneiras de se estudar a arquitetura e sua importância, em permanente debate. Entre estes modos estão: 1. historicista, colocando-se o processo arquitetônico dentro do período histórico para se buscar um recorte útil ao projeto; 2. histórico-modernista, em que a história não é suficiente para fornecer os elementos de projeto; e, 3. historiográfico-culturalista, quando o estudo do passado é uma necessidade do presente, ajudando a sua compreensão. Desta maneira, o estudo da arquitetura poderia estar relacionado ao próprio fazer enquanto história, permitindo a compreensão do seu significado (1).

Um país de dimensões continentais como o Brasil, colonizado por diferentes povos, apresenta uma grande diversidade de edificações com relevante interesse. Este legado arquitetônico é o retrato da maneira como a sociedade foi construída. Porém, em grande parte, estas obras não são valorizadas, sendo abandonadas e desprezadas pela comunidade e Estado, que não correlacionam sua presença com a história do local, um retrato vivo do passado.

O Estado de Mato Grosso do Sul, apesar de sua colonização mais recente, quando comparado a outros Estados da Federação, como Bahia ou São Paulo (2), também possui inúmeras cidades criadas em diferentes períodos históricos (3). Estas cidades estão relacionadas a diferentes ciclos econômicos, como da erva-mate, tanino e charque, por exemplo, que resultaram na atração de pessoas de outras regiões e na produção de um tipo de arquitetura baseada no modelo trazido pelos desbravadores, imigrantes árabes, espanhóis, italianos e portugueses, entre outros, com características próprias, heranças da colonização (4).

Cada cidade possui exemplos de uma arquitetura que reflete isso, como o município de Rio Brilhante, onde a urbanização remonta ao ano de 1900, quando Francisco Cardoso Júnior ergueu um grande cruzeiro perto da atual sede da prefeitura. Porém, suas construções mais relevantes são ainda pouco conhecidas e como em todo o Brasil, ameaçadas pela especulação imobiliária (5), pois apenas edificações denominadas “coloniais” ou “barroco-coloniais” possuem relevância e valor para serem preservadas (6).

Em relação à conservação do patrimônio, (7) vcrítica à ausência de políticas públicas de conservação, o que leva a perda continua de determinados monumentos históricos. De acordo com Françoise Choay (8), no ato de edificação de um monumento histórico não existiu a intencionalidade de criá-lo como tal, sendo atribuídas características ausentes entre executores e destinatários da obra e convertido em testemunho histórico sem ter tido, em sua construção, esse destino. Por outro lado, o monumento tem a intenção apenas de perpetuar a memória, tais como as lápides tumulares ou obeliscos, sendo concebido intencionalmente.

Desta maneira, a cidade de Rio Brilhante, com o decorrer das décadas, passou a contar com monumentos históricos, que fazem parte da memória coletiva da urbe. Neste sentido, a história oral dos descentes dos antigos moradores relata que em 1905, o famoso sertanista Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon esteve de passagem pela região, instalando uma linha telegráfica no município. Com a ajuda de seus equipamentos topográficos, também foram marcados os quatro cantos da praça central, o que permitiu o traçado da malha urbana em tabuleiro xadrez.

É interessante ressaltar que inicialmente o traçado dos núcleos urbanos coloniais da América Espanhola obedecia a uma legislação específica, com o traçado geométrico em xadrez. Em contraposição as cidades da América Portuguesa muitas vezes se caracterizavam pela falta de ordem e uma total ausência de planejamento. Posteriormente, novas tipologias edificatórias e urbanas tornaram-se dominantes nas colônias portuguesas, com regras de alinhamento e traçado urbano ordenado, em que a praça era demarcada em primeiro lugar, tornando-se comum o traçado em xadrez (9).

Porém, para ocorrer construções relevantes, é necessário capital. No final do século 19, a região possuía uma sólida base econômica, permitindo que comerciantes e fazendeiros tivessem acúmulo de capital (10). Este ciclo de riquezas permitiu que edificações bastante expressivas em alvenaria, com materiais importados, fossem erigidas, onde as famílias mais poderosas se instalavam, servindo para indicar seu poder econômico e/ou político.

No início, predominava como característica construtiva na região, a arquitetura espontânea (11). Posteriormente estas edificações foram substituídas por outras mais elaboradas, existindo uma combinação de diferentes elementos arquitetônicos, bem definidos em suas tipologias. Estas edificações possuíam determinadas inspirações estilísticas, sendo observada o Neocolonial e o Ecletismo, muito influenciada pelos imigrantes que criaram um protótipo arquitetônico próprio, com clara influência dos colonizadores portugueses e espanhóis (12).

As construções eram edificadas em alvenaria, tendo como características cômodos amplos e pisos revestidos por ladrilhos hidráulicos, pois o fino acabamento deveria indicar o bom gosto e poder de seus proprietários. Os locais também possuíam detalhes em suas fachadas, permitindo a visualização dos elementos arquitetônicos. Os descendentes dos moradores relatam que os materiais construtivos mais refinados e importantes para a execução das edificações, como pisos, telhas e vitrais coloridos, só tinham valor quando oriundos da Europa ou dos grandes centros urbanos (13).

Desta maneira, as edificações começaram a apresentar determinadas características que as destacam como uma obra arquitetônica (14). O termo arquitetura somente pode ser utilizado para construções projetadas e que apresentam interesse estético. Este tipo de construção provoca sensações estéticas, 1. através do tratamento das paredes, pela proporção das janelas, pela relação entre as paredes e aberturas, entre um andar e outro e pela ornamentação, como guirlandas de folhas; 2. o tratamento da parte exterior de um edifício é muito significativo em termos estéticos: o contraste entre os volumes, o efeito de um telhado em ponta ou plano ou, o ritmo das saliências; e, 3. existe o efeito que exerce sobre os sentidos o tratamento interior, a sequência dos aposentos, a amplitude de uma nave em seu cruzamento e o movimento majestoso de uma escadaria barroca.

Por estes motivos, o estudo das construções históricas do Brasil torna-se relevante, um registro da história da ocupação e da memória da população local. A conservação dos monumentos históricos tem o mesmo valor da conservação de documentos históricos, pois é o testemunho de uma sociedade, uma referência a determinados momentos na trajetória de um povo e suas mudanças culturais (15). Assim, objetivou-se identificar as construções urbanas com relevância arquitetônica na cidade de Rio Brilhante e no distrito de Prudêncio Thomaz MS, as quais foram analisadas através de seus materiais construtivos, características estilísticas e períodos históricos.

Material e métodos

A cidade de Rio Brilhante e o distrito de Prudêncio Thomaz estão localizados na região Sudoeste do Estado de Mato Grosso do Sul, possuindo uma população de aproximadamente 30.663 habitantes (16) e altitude média de 380 metros, em área de topografia plana.

Localização do município de Rio Brilhante MS
Elaboração dos autores

O recorte temporal da pesquisa abrangeu o período entre 1900 a 1960, época que é considerada de maior prosperidade econômica no município, fato relacionado ao avanço da atividade pecuária e exploração dos ervais nativos (Ilex paraguariensis St. Hill.), resultando na construção de moradias e prédios comerciais que se destacam na paisagem urbana. Para identificar tais locais, a zona urbana (além do distrito) foi percorrida e, identificadas as edificações mais expressivas.

A observação seguiu um roteiro, utilizando-se fichas em que eram relatadas a existência de informações como a data da construção e sua autoria, os materiais construtivos (argamassa, por exemplo), formas volumétricas, acabamento, tipologia arquitetônica e ornamentos presentes, entre outros itens de relevância.

Os documentos referentes aos imóveis foram obtidos através da Prefeitura Municipal de Rio Brilhante e a história das edificações, através de relatos orais dos descendentes das famílias. O processo memorialista utilizado é baseado na memória, a principal fonte dos depoimentos, onde múltiplas variáveis, tais como temporais, individuais e coletivas dialogam entre si e revelam lembranças (17).

Resultados e discussão

O núcleo urbano de Rio Brilhante, como a maior parte das cidades do Estado, possui como característica de traçado a forma retangular (xadrez) (18), com as principais construções estando na área central. Neste modo de ocupação urbana, uma igreja e a praça eram regra geral, sendo o ponto central para o crescimento da comunidade, quase sempre em forma geométrica (19), o que foi observado em Rio Brilhante, onde foram identificadas quinze edificações, em alvenaria.

No Estado, o processo imigratório ocorrido no final do século 19, com a chegada de portugueses, espanhóis e italianos, entre outros, permitiu que novas formas arquitetônicas se estabelecessem através do estilo eclético (20). Entretanto, as edificações avaliadas possuem influências ecléticas “diluídas” (o estudo dessas influências não foi objeto de avaliação) mediante mecanismos de difusão do imaginário que se propagam na produção cultural. De acordo com (21), um autor é dono de sua obra até o momento em que ela é entregue ao público e depois, através da reinterpretação de um arquiteto, por exemplo, o estilo é modificado. Desta maneira, o estilo eclético vai sofrendo novas interpretações por meio da pessoa que edifica a obra.

Esta situação ocorre porque o elemento determinante do ecletismo é o dono da construção, em geral, um novo-rico, sem cultura aristocrática (22). O estilo apresenta múltiplas referências de regiões e períodos distintos, valendo-se da liberdade de composição somada à infinidade de artigos industrializados produzidos em escala pela Revolução Industrial, gerando uma infinidade de possibilidades (23), Esta situação e a mistura de materiais construtivos regionais com os importados permitiu o surgimento de uma arquitetura peculiar. Esta nova forma de construir, resultado da distância dos grandes centros urbanos, torna o proprietário um arquiteto por intuição, combinando diferentes elementos arquitetônicos (24). Este processo foi observado por (25), em estudo na cidade de Porto Murtinho MS, onde o senhorio, para demonstrar seu poder aquisitivo, ostentava sua riqueza através da beleza dos ornamentos da edificação, de característica eclética.

Residência de Domingos Barbosa Martins, 1914

A construção do início do século 19, executada pelo engenheiro Joaquim Moreira da Silva, foi Residência de Domingos Martins, conhecido como Gato Preto, apelido que recebeu por não cair nas armadilhas dos inimigos, frequentes em períodos de revolução. Domingos Martins foi dono de grandes áreas de terras na região e dentre elas, a Fazenda do Baile, que englobava os municípios de Nova Andradina e Ivinhema, além da Fazenda Capão Bonito, hoje pertencente ao município de Sidrolândia, indicando o tamanho de suas posses (26).

A construção está edificada na avenida Lourival Barbosa, esquina com a rua Benjamin Constant, quadra 27, chamada popularmente de O sobradinho. A edificação também serviu como sede da Prefeitura e Câmara Municipal, Seção Eleitoral e internato das irmãs Franciscanas, demonstrando seu amplo uso e importância. Atualmente pertence à família Pereira de Castro. Também teria recebido o nome de Vila Biíta (27), em homenagem a uma de suas filhas. A parte térrea fora construída em 1914, e o pavimento superior em 1928, destacando-se o fino acabamento, caracterizando uma preocupação estilística.

A edificação, implantada em um amplo terreno, é avarandada, uma característica do estilo neocolonial, com forma geométrica, arredondada e aberturas internas e externas em pleno-arco, que remetem ao Art Nouveau. É marcada por um portal de entrada em alvenaria em forma de arco na esquina, onde fica o portão de acesso principal e os pilares, com grades em madeira em formas geométricas.

As telhas da cobertura, vidros coloridos e até mesmo o próprio paisagismo foram importados da Europa. As sacadas laterais frontais e posteriores possuem em sua face superior aberturas em forma de arcos, além de uma platibanda escondendo o telhado em duas águas aos fundos, com molduras ornamentadas acima das janelas no pavimento superior e abaixo das mesmas, floreiras.

Residência de Domingos Martins, Rio Brilhante MS [Acervo dos autores]

A parte térrea possui o alpendre avarandado, balaustrado com trama de pilastras verticais e fuste liso, base e capitel de influência toscana; no pavimento superior à sacada é balaustrada. O coroamento é com arquitrave, friso e cornija. O frontão central possui epígrafe com a data de 1914, com apliques da ornamentação no tímpano, além dos ornamentos que sustentam os beirais denominados de cachorro ou mísula.

A volumetria da edificação é em formato retangular e quadrado, com a varanda em formato de “U”, pilares de madeira, piso de ardósia, embasamento em soco com pedestais e escada de acesso. A alvenaria é de tijolos maciços com bossagem, revestido com argamassa. As aberturas são retangulares em forma de arcos, com quadros e vedos de madeira e vidros lisos e coloridos. A estrutura do telhado é em madeira, com jogos de duas, três a quatro águas e telhas cerâmicas.

Os detalhes do corrimão da escada em madeira em formas geométricas, de acesso ao pavimento superior, as janelas e portas com vitrais coloridos em formas geométricas e arredondadas, bem como a paginação de piso, com a mistura de ladrilhos hidráulicos coloridos e assoalho em madeira, indicam a qualidade da construção.

Escada, janelas e paginação de piso da residência de Domingos Martins, Rio Brilhante MS [Acervo dos autores]

Existe, também, a mistura de materiais importados e locais, como a madeira, além de ornamentos e detalhes como a sacada balaustrada, os capitéis das colunas de influência Toscana, os vitrais coloridos e os ladrilhos hidráulicos cerâmicos, com o conjunto da obra correspondendo ao estilo Eclético. A utilização de ladrilhos demonstra o poder aquisitivo dos proprietários, pois eles eram importados da Europa, com altos custos, sendo seu uso restrito a poucos proprietários (28).

Casa Comercial Prudêncio Thomaz Lemes, 1937

A casa pertenceu a Prudêncio Lemes, oriundo do Paraná e que se instalou na região como proprietário de uma pequena casa de comércio, chamada popularmente de bolicho, onde comercializava erva-mate (Ilex paraguariensis A. St. Hil.). Em sua homenagem, o distrito onde residia, anteriormente denominado Aroeira, nome derivado da árvore (Myracrodruon urundeuva Fr. All.) nativa na região, teve o nome alterado para Prudêncio Thomaz (29).

A edificação está localizada na rua Laucídio Coelho, quadra 09A, em frente à praça do distrito, implantada em um amplo terreno e ainda hoje pertence aos descentes da família, encontrando-se em estado de abandono.

Casa Comercial Prudêncio Thomaz Lemes, Distrito de Prudêncio Thomaz, Rio Brilhante MS [Acervo dos autores]

A volumetria e aberturas são em quadros, com vedação em madeira na forma retangular; o local foi construído no alinhamento do terreno, acantonada, com alvenaria de tijolos maciços, bossagem revestida de argamassa, contendo em cima de suas janelas e portas uma moldura interrompida no ressalto do reboco, ornatos com as iniciais da letra “CNP” e data de 1937. Em edificações rurais foram observados o mesmo padrão de janelas, indicando uma característica comum para as edificações da região (30).

Existe a presença de um muro ático e liso escondendo a cobertura de estrutura de madeira, coberta por telhas de barro tipo francesa em quatro águas; sua platibanda é composta por cimalhas e frisos, com a obra correspondendo ao estilo eclético.

Residência do Engenheiro Joaquim Moreira da Silva, 1940

O engenheiro era natural da cidade do Porto, Portugal e atravessou o oceano com mais alguns portugueses, escondidos em um depósito de navio (31). Foi um construtor de renome, edificando o sobrado de Domingos Martins e da Fazenda Vira Mão, o prédio da Prefeitura Municipal, a residência do senhor Sírio Borges e a Igreja Católica Divino Espírito Santo, dentre inúmeras obras. As plantas de suas edificações eram desenhadas por ele próprio, que trouxe consigo a cultura arquitetônica lusitana. Não era apenas um construtor, mas também pedreiro que realizava todas as funções braçais, quando necessário (32). Após morte do engenheiro, foi vendida a Francisco Leal Pael e atualmente pertencente aos descendentes de Elza Pael Alle.

A edificação está localizada na rua Santo Antônio, esquina com a rua Doutor Boaventura, quadra 93, estando em ótimo estado de conservação. Está implantada em um amplo terreno, uma característica do Neocolonial, com alvenaria de tijolos maciços, bossagem, aberturas retangulares com quadros e vedação em madeira e vidro liso, sendo a cobertura de telhas cerâmicas francesas, em quatro águas.

Residência do Engenheiro Joaquim Silva, Rio Brilhante MS [Acervo dos autores]

Possui volumetria retangular, marcada por uma varanda frontal e outra lateral, com degraus de acesso em forma circular, pilares em forma quadrada com ornamentos em relevo, balaustradas, lambrequins em madeira com formas geométricas como acabamento superior e beirais com peças em balanço que os sustentam, denominadas de cachorro ou mísula. O entorno das aberturas é emoldurado em baixo e em cima das janelas, ou seja, na verga e contra verga, com ornamentos em ressalto no reboco, sendo que o conjunto da obra corresponde ao estilo Eclético.

Residência de Manoel Thomas Lemes, 1940

A residência pertenceu a Manoel Lemes, filho de Prudêncio Lemes, que a construiu em frente à casa de seu pai. A edificação localiza-se à rua Laucídio Coelho, Distrito de Prudêncio Thomaz, implantada em um amplo terreno.

Residência Manoel Thomaz Lemes, Distrito de Prudêncio Thomaz, Rio Brilhante MS [Acervo dos autores]

A volumetria e aberturas são retangulares, com quadros e vedação em madeira e vidro, alvenaria de tijolos maciços, com bossagem revestida de argamassa e presença de uma varanda como entrada principal. A cobertura é com jogos em três e quatro águas, coberto por telha de barro tipo francesa e corresponde ao estilo Neocolonial.

Residência do Professor Oacir Vidal, 1946

A residência está localizada na rua Doutor Júlio Siqueira Maia, esquina com a rua Manoel Bento, quadra 60, implantada em um amplo terreno e hoje pertencente aos descendentes da família Vidal. Segundo relatos orais de Valdomiro Barbosa, Sr. Oacir era comerciante e foi seu padrinho e professor, ministrando aulas na sua residência, em uma grande sala, chamada Escola 21 de Abril.

Fachada frontal, lateral, posterior, sala de aula, paginação de pisos e escola do Sr. Oacir Vidal, Rio Brilhante MS [Acervo dos autores]

A volumetria da edificação é em formato retangular, com aberturas no mesmo formato. A alvenaria é de tijolos maciços, com bossagem revestida com argamassa, quadros e vedação em madeira, ferro e vidro liso, uma característica do estilo Neocolonial. O local possui uma grande varanda e a cobertura da casa é em quatro águas e a estrutura de madeira, coberto por telhas francesas. No interior da sala de aula ainda podem ser visualizadas as aberturas, paginação de piso em tacos de madeira e ladrilho hidráulico, estando o local em mau estado de conservação.

Residência do Sr. Laucídio Coelho, 1947

O local está situado na rua Doutor Júlio Siqueira Maia, esquina com a rua Professora Etelvina Vasconcellos, quadra 80 e pertenceu ao Sr. Laucídio, fazendeiro possuidor de inúmeras propriedades rurais e referência na criação de gado. Atualmente pertencente à Nara Ceolin.

Sua fachada frontal é marcada por um frontão triangular que segue a inclinação da cobertura em duas águas; em seu ápice existe um ornato em relevo na forma geométrica, com a aplicação de um azulejo, detalhe muito utilizado no Art Nouveau, com molduras em ressalto nos beirais e acima da janela, com ornamentação no seu reboco em relevo.

Fachada frontal da residência do Sr. Laucídio Coelho, Rio Brilhante MS [Acervo dos autores]

A edificação está implantada em um amplo terreno, característica do Neocolonial e sua volumetria é em formato retangular, tendo como entrada principal uma varanda, com aberturas em formas circulares nos cantos da parte superior. A alvenaria é de tijolos maciços, com bossagem de rustificação, aberturas retangulares e quadradas com quadros e vedação em madeira e vidro liso, com a cobertura com telhas “romanas” (a cobertura original eram telhas “francesas”) e jogos de telhado em duas, três e quatro águas. Hoje sua fachada frontal já foi descaracterizada e o conjunto da obra corresponde ao estilo Eclético.

Detalhes da residência do Sr. Laucídio Coelho, Rio Brilhante MS [Acervo dos autores]

Prefeitura Municipal, 1947

O prédio está localizado na rua Prefeito Athayde Nogueira, esquina com a rua Doutor Boaventura, quadra 55, implantado em um amplo terreno, uma característica do Neocolonial. Foi edificado na gestão do prefeito Doutor Júlio Siqueira Maia (1947-1951), pelo Engenheiro Joaquim Moreira da Silva e o construtor Sr. Godofredo, conhecido pelo apelido de Xangô.

A edificação térrea encontra-se em ótimo estado de conservação e possui embasamento em soco, com pedestais e escada de acesso. O corpo possui trama de pilastras verticais de fuste liso, base e capitel de influência de ordem toscana, para sustentar o alpendre de entrada. Seu coroamento é com arquitrave, friso, cimalha, cornija, platibanda e muro de ático (muro liso sobre cornija do edifício, escondendo o telhado), em moldura contínua. Foi construída com tijolos maciços, revestidas com argamassa e aberturas no formato retangular, com quadros e vedação em ferro e vidro.

A cobertura é em quatro águas, com estrutura em madeiramento; inicialmente as telhas eram do tipo francesas, hoje substituídas por telhas romanas. No reboco do muro de ático, ornamento em ressalto que reproduzem os arcos ogivais, que remete a reprodução de uma balaustrada, sendo que o conjunto da obra corresponde ao estilo Déco Tardio (1940-1950), combinando estilos estéticos considerados modernos, com materiais e construção de boa qualidade.

A Art. Déco se destacou em diferentes cidades do Brasil, como Goiânia GO, onde este estilo de arquitetura permitiu ares de modernidade a urbe, em contraposição à antiga capital, Goiás Velho, com suas construções coloniais. Neste processo, as edificações garantiam um ar cosmopolita a nova capital, presente nas principais edificações públicas e servindo de inspiração para as demais construções comerciais e algumas poucas residências (33).

Casa comercial Omar Castro, 1948

A edificação localiza-se na esquina da quadra 110, rua Prefeito Theofanes, esquina com a rua Antônio Lino Barbosa e hoje pertence à família Sasaki. Segundo relatos orais, o proprietário, senhor Castro, era um fazendeiro que posteriormente se dedicou a atividade de comércio, atuando na venda de secos e molhados, dentre outros produtos.

Casa comercial Omar Castro, Rio Brilhante MS [Acervo dos autores]

A volumetria da edificação é em “L” e está implantada em um amplo terreno, com degraus de acesso e aberturas retangulares com vedo em madeira, ferro e vidro. Sua fundação e alvenaria estrutural são com tijolos maciços, com bossagem. A fachada é simétrica e composta por friso e cimalha, com a entrada principal marcada pelo chanfro de esquina, construção no alinhamento do terreno, com platibanda de seções intercaladas, a qual esconde a cobertura do telhamento em madeira em quatro águas (telhas francesas), sendo o conjunto da obra estilo Eclético.

Dentre as antigas casas comerciais da cidade, esta é a única que ainda mantém suas características quase originais, enquanto as demais foram descaracterizadas ou demolidas, restando apenas poucas fotos e a memória oral dos antigos moradores.

Igreja de São Miguel Arcanjo, 1956

Na rua Euzébio Thomas Lemes, esquina com a rua João Maria, quadra 09B, distrito de Prudêncio Thomaz, está localizada a Igreja São Miguel Arcanjo, outrora chamada Divino Espírito Santo. A edificação foi implantada em um amplo terreno e possui volumetria retangular com embasamento em soco, técnica também encontrada em antigas edificações na zona rural da região (34).

Igreja de São Miguel Arcanjo, Distrito de Prudêncio Thomaz, Rio Brilhante MS [Acervo dos autores]

A igreja apresenta degraus de acesso, um frontão ondulado a feição de uma cômoda barroca, molduradas e cobertas de telhas que ocultam a linha de topo da cobertura. A característica é semelhante à de algumas fachadas de igrejas barrocas encontradas em Minas Gerais (35), encimado por uma cruz trevo que lembra a Santíssima Trindade. Possui ornato no ápice do reboco de uma cruz largada, com alvenaria de tijolos maciços, bossagem revestida de argamassa e coberta por telhas de barro em duas águas, com a obra correspondendo ao estilo Eclético.

Caixa d’água — Praça Doutor Boaventura, 1958

Situada na praça Central Doutor Boaventura, rua Benjamin Constant, quadra 54, foi construída na gestão do prefeito Nery de Oliveira Lima (1958-1960), para o abastecimento de água da cidade. Sua volumetria possui forma circular, embasamento de soco, alvenaria de tijolos maciços, com bossagem e reboco em argamassa. Sua base apresenta paredes com elementos vazados em formas geométricas, ou seja, quadriculadas, que permitem iluminação e ventilação; também existe uma laje em forma de hexágono acima, no mesmo formato da base. O coroamento da construção é com a caixa d’água apoiada sobre uma trama de pilastras em formas quadradas, correspondendo ao estilo Art Déco.

Caixa d’água da praça Doutor Boaventura, Rio Brilhante MS [Acervo dos autores]

Seminário Santo Antônio, 1968

Sua construção foi iniciada em 1963 e inaugurado em 1968, localizando-se na esquina entre a rua Professora Etelvina Vasconcelos e avenida Lourival Barbosa. Uma característica da Ordem Franciscana, que originalmente foi a responsável pelo seminário, é a simplicidade da arquitetura nestes locais, em oposição a antigas igrejas da Ordem, como a Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora da Conceição do Boqueirão e a igreja São Pedro dos Clérigos, em Salvador, ricas em detalhes arquitetônicos (36).

O seminário funcionou como curso ginasial e em 1971, oficializou-se como Colégio Santo Antônio (37), formando centenas de alunos em suas três décadas de existência. Atualmente o local está sob a direção da Fazenda Esperança, a qual aluga suas antigas salas de aula como salas comerciais, sendo que foi descaracterizada sua fachada original, com a substituição das janelas por outras, de estilo blindex, além de outras alterações arquitetônicas e a eliminação das velhas árvores do pátio.

Seminário Santo Antônio, Rio Brilhante MS [Acervo dos autores]

A volumetria da edificação é em “L”, implantada em um amplo terreno, com fundação e alvenaria estrutural com tijolos maciços e bossagem, com o acesso ao pavimento superior ocorrendo através de uma escada em alvenaria. Sua fachada é simétrica e composta por uma varanda como hall de entrada, sendo que a construção tem um recuo do terreno, com platibandas, a qual esconde a cobertura do telhamento em madeira, em quatro águas, com telhas francesas. A fachada também é composta por sacadas com cobogós na frente e sua lateral é revestida por lajotas cerâmicas. A construção é toda cercada por varandas, compostas por pilares com abertura em semi-arco e uma paginação de pisos em mosaicos.

Considerações finais

Foram identificadas onze edificações relevantes por seus caracteres construtivos e ornamentações, com algumas ainda sendo encontradas em bom estado de conservação e várias, abandonadas e descaracterizadas, um problema comum em construções históricas do Brasil. Rubens Moraes da Costa Marques (38), em trabalho sobre o patrimônio histórico de Mato Grosso do Sul, afirma que muito da história arquitetônica do Estado já foi destruída, resultado da falta de conhecimento de sua importância e descaso do poder público.

Em nenhuma edificação foi identificada um autêntico estilo colonial, fator relacionado a ocupação da região, ocorrida no pós-guerra do Paraguai (final do século 19). Predominam as residências térreas avarandadas em alvenaria, com um determinado número de elementos arquitetônicos, não autênticos e sem a percepção de um estilo predominante. Desta maneira, pode-se afirmar que o estilo das edificações, em sua maioria, é o Eclético.

notas

NA — Agradecimentos à Universidade Anhanguera-Uniderp, pelo apoio e ao CNPq, pelas bolsas de doutorado e de produtividade, concedidas.

1
ROCHA-PEIXOTO, Gustavo. A estratégia da aranha. Rio de Janeiro, Rio Books, 2013, p. 172.

2
ABREU, Capistrano. Capítulos da história colonial. Rio de Janeiro, Centro Edelstein de Pesquisa Social, 2009. p. 195.

3
LIMA, Maria Margareth Escobar Ribas. Ciclos econômicos e produção arquitetônica em Porto Murtinho. Campo Grande, Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, 2013, p. 192.

4
Idem, ibidem, p. 192.

5
OLIVEIRA, Fábio Fernandes Martins; OLIVEIRA, Ademir Kleber Morbeck. Produção arquitetônica na zona rural do município de Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul: 1844 a 1930 — parte 1. Arquitextos, São Paulo, ano 18, n. 209.00, Vitruvius, out. 2017 <https://bit.ly/3y4Brtk>; OLIVEIRA, Ademir Kleber Morbeck; OLIVEIRA, Fábio Fernandes Martins. Processo de produção arquitetônica na zona rural do município de Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul — 1938 a 1950. Parte 2. Pós, Revista do Programa Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, v. 25, n. 47, São Paulo, FAU USP, set./dez. 2018, p. 74-91 <https://bit.ly/37Se23U>.

6
CAMARGO, Haroldo Leitão. Resenha crítica: A Alegoria do Patrimônio. Patrimônio. Lazer & Turismo, Santos, v. 1, 2005, p. 1-6 <https://bit.ly/3KsmFPK>.

7
Choay, Françoise. A alegoria do patrimônio. 5a edição. São Paulo, Estação Liberdade, 2014, p. 283.

8
Idem, ibidem, p. 283.

9
ROSSI, Aldo. A arquitetura da cidade. 2ª edição. São Paulo, Martins Fontes, 2001, p. 309; DELSON, Roberta Marx. Novas vilas para o Brasil Colônia. Brasília, Edições Alva, 1997, p. 124; SCHÜRMANN, Francisca Albertina. Urbanização colonial na América Latina: cidade planejada versus desleixo e caos. Textos de História, v. 7, n. 1/2, jan. 1999, p. 149-178 <https://bit.ly/3ksJ2dt>.

10
OLIVEIRA, Fábio Fernandes Martins; OLIVEIRA, Ademir Kleber Morbeck. Produção arquitetônica na zona rural do município de Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul: 1844 a 1930 — parte 1 (op. cit.); OLIVEIRA, Ademir Kleber Morbeck; OLIVEIRA, Fábio Fernandes Martins. Processo de produção arquitetônica na zona rural do município de Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul — 1938 a 1950. Parte 2 (op. cit.).

11
OLIVEIRA, Fábio Fernandes Martins; OLIVEIRA, Ademir Kleber Morbeck. Produção arquitetônica na zona rural do município de Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul: 1844 a 1930 — parte 1 (op. cit.); OLIVEIRA, Ademir Kleber Morbeck; OLIVEIRA, Fábio Fernandes Martins. Processo de produção arquitetônica na zona rural do município de Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul — 1938 a 1950. Parte 2 (op. cit.).

12
LIMA, Maria Margareth Escobar Ribas. Op. cit., p. 192.

13
OLIVEIRA, Fábio Fernandes Martins; OLIVEIRA, Ademir Kleber Morbeck. Produção arquitetônica na zona rural do município de Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul: 1844 a 1930 — parte 1 (op. cit.); OLIVEIRA, Ademir Kleber Morbeck; OLIVEIRA, Fábio Fernandes Martins. Processo de produção arquitetônica na zona rural do município de Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul — 1938 a 1950. Parte 2 (op. cit.).

14
PEVSNER, Nikolaus. Panorama da arquitetura ocidental. 2ª edição. São Paulo, Martins Fontes, 2002, p. 511.

15
Choay, Françoise. Op. cit., p. 283.

16
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Cidades. Rio de Janeiro, IBGE, 2015 <https://bit.ly/3KG38M0>.

17
NEVES, Lucília de Almeida. História oral: memória, tempo, identidades. Belo Horizonte, Autêntica, 2017. p. 75.

18
SITTE, Camilo. A construção das cidades segundo os seus princípios artísticos. São Paulo, Ática, 1992, p. 239.

19
MARX, Murillo. Cidade brasileira. São Paulo, Edições Melhoramentos/USP, 1980, p. 151.

20
ARRUDA, Ângelo Marcos. A casa em Campo Grande: Mato Grosso do Sul, 1950-2000. Parte 1. Arquitextos, São Paulo, ano 03, n. 036.10, Vitruvius, mai. 2003 <https://bit.ly/38DdoqP>.

21
WOLF, Janet. A produção social da arte. Rio de Janeiro, Zahar, 1982, p. 141.

22
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Op. cit.

23
FABRIS, Annateresa. Ecletismo na arquitetura brasileira. São Paulo, Nobel, 1987, p. 296.

24
Teixeira, Claudia Mudado. Considerações sobre a arquitetura vernácula. Cadernos de Arquitetura e Urbanismo, v. 15, n. 17, Belo Horizonte, 2º sem. 2008, p. 28-45 <https://bit.ly/3vwJ6yY>.

25
LIMA, Maria Margareth Escobar Ribas. Op. cit., p. 192.

26
MAGALHÃES, Luiz Alfredo Marques. Mato Grosso do Sul — Fazendas, uma memória fotográfica. Campo Grande, Gráfica e Alvorada, 2012, p. 272.

27
FACHOLLI, Clenice Batista; DOERZBACHER, Sirley. Rio Brilhante: sua terra, sua gente. Cascavel, Assoeste, 1991, p. 200.

28
OLIVEIRA, Fábio Fernandes Martins; OLIVEIRA, Ademir Kleber Morbeck. Produção arquitetônica na zona rural do município de Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul: 1844 a 1930 — parte 1 (op. cit.); (op. cit.);

29
SOUZA, Antônio Barbosa de. Laucidio Coelho: um homem a frente de seu tempo. Campo Grande, Vector, 2007, p. 268.

30
OLIVEIRA, Fábio Fernandes Martins; OLIVEIRA, Ademir Kleber Morbeck. Produção arquitetônica na zona rural do município de Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul: 1844 a 1930 — parte 1 (op. cit.); OLIVEIRA, Ademir Kleber Morbeck; OLIVEIRA, Fábio Fernandes Martins. Processo de produção arquitetônica na zona rural do município de Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul — 1938 a 1950. Parte 2 (op. cit.).

31
Amarilha, Carlos Magno Mieres; SERAFIM, Luciano (org.). Vozes Guarany: histórias de vidas sul-mato-grossenses. Dourados, Grupo Literário Arandu, 2011, p. 272.

32
OLIVEIRA, Fábio Fernandes Martins; OLIVEIRA, Ademir Kleber Morbeck. Produção arquitetônica na zona rural do município de Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul: 1844 a 1930 — parte 1 (op. cit.); OLIVEIRA, Ademir Kleber Morbeck; OLIVEIRA, Fábio Fernandes Martins. Processo de produção arquitetônica na zona rural do município de Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul — 1938 a 1950. Parte 2 (op. cit.).

33
AZEVEDO, Angélica; Carsalade, Flávio. Goiânia: Art Déco como símbolo de modernidade. PixoRevista de Arquitetura, Cidade e Contemporaneidade, v. 4, n. 2, 2018, p. 50-63 <https://bit.ly/3y2Hgrm>.

34
OLIVEIRA, Fábio Fernandes Martins; OLIVEIRA, Ademir Kleber Morbeck. Produção arquitetônica na zona rural do município de Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul: 1844 a 1930 — parte 1 (op. cit.); OLIVEIRA, Ademir Kleber Morbeck; OLIVEIRA, Fábio Fernandes Martins. Processo de produção arquitetônica na zona rural do município de Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul — 1938 a 1950. Parte 2 (op. cit.).

35
BAZIN, Germain. A arquitetura religiosa Barroca no Brasil. Rio de Janeiro, Record, 1983. p. 91.

36
Mayer, Vilmar Francisco. Aspectos gerais da arquitetura religiosa colonial baiana. ARQtextos, Porto Alegre, n. 3-4, p. 144-153, 2003 <https://bit.ly/373yRc2>; Guimarães, Roberta Sampaio. A arquitetura de um espaço franciscano em tempos de reurbanização do porto carioca. Religião & Sociedade, v. 35, n. 1, Rio de Janeiro, 2015, p. 87-106.

37
KNOB, Frei Pedro. A Missão Franciscana do Mato Grosso. São Paulo, Loyola, 1988, p. 440.

38
MARQUES, Rubens Moraes da Costa. Trilogia do patrimônio histórico e cultural Sul-Mato-Grossense. 2a edição. Campo Grande, Editora UFMS, 2007, p. 472.

sobre os autores

Fábio Oliveira é arquiteto e urbanista, especialista em Metodologia do Ensino Superior e em Arquitetura de Edifícios Empresariais pela Unigran, onde atualmente é professor. Mestre e doutor em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional pela Universidade Anhanguera-Uniderp.

Ademir Oliveira é professor doutor do Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional da Universidade Anhanguera-Uniderp, com bolsa de Produtividade em Pesquisa.

José Carlos Pina é doutor do Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional da Universidade Anhanguera-Uniderp.

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