Your browser is out-of-date.

In order to have a more interesting navigation, we suggest upgrading your browser, clicking in one of the following links.
All browsers are free and easy to install.

 
  • in vitruvius
    • in magazines
    • in journal
  • \/
  •  

research

magazines

drops ISSN 2175-6716

abstracts

português
A mostra artística do Fórum Cultural Mundial, ocorrida no SESC Belenzinho, abrigou a programação especial Tradição e Resistência Encontro de Povos Indígenas e ganhou um abrigo especial, projetado pelo escritório Königsberger Vannucchi

english
The artistic area of the World Cultural Forum, held at SESC Belenzinho, hosted a special program Tradition and Resistance Meeting of Indigenous Peoples and has gotten a special ensemble, designed by Associated Architects Königsberger Vannucchi

español
Muestra artística del Foro Cultural Mundial, llevada a cabo en el SESC Belenzinho, albergó la programación especial Tradición y Resistencia Encuentro de Pueblos Indígenas y ganó un refugio especial, proyectado por el estudio Königsberger Vannucchi

how to quote

VANNUCCHI, Gianfranco. Encontro de Povos Indígenas no SESC Belenzinho. Abrigo de Königsberger e Vannucchi. Drops, São Paulo, ano 04, n. 008.08, Vitruvius, jun. 2004 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/drops/04.008/1627>.


O SESC Belenzinho dentro da mostra artística do Fórum Cultural Mundial apresentou entre os dias 1 e 4 de julho a programação especial Tradição e Resistência “Encontro de Povos Indígenas”. Para a concepção do espaço deste evento foram chamados os arquitetos Gianfranco Vannucchi e Jorge Königsberger da Königsberger Vannucchi Arquitetos Associados.

Para o evento seria necessário um espaço que abrigasse conferências, rituais e oficinas – para aproximadamente 300 pessoas – e representasse a simbologia indígena sem ser uma reprodução literal de suas tipologias.

Com apenas 15 dias para a concepção e construção do espaço, os arquitetos optaram por uma releitura que evidenciasse alguns elementos da cultura indígena, tais como o círculo e a transparência.

O projeto defini-se pela integração de dois círculos. O primeiro, uma praça com o piso de terra vermelha batida, limitada por dez toras de eucaliptos que serviam também como suporte para a iluminação, propiciou a diversas etnias indígenas realizar seus rituais.

Para a cultura indígena, os ritos são movimentos sagrados que reúnem sons, gestos, elementos da pintura e adornos, de maneira que coloque seus participantes dentro do eixo do mundo, local por onde se comunicam com os espíritos criadores. Algumas tribos acreditam que as verdades e energias espirituais alimentam e mantêm sua tradição, por isso os ritos devem ser transmitidos de geração a geração.

O segundo círculo sugeria uma releitura da OCA, com base circular de 24 m coberta por seis gomos de chapa de aço galvanizado (com um pé-direito de 4m) e uma abertura zenital, ao mesmo tempo em que proporcionou a execução de fogueiras dentro do ambiente – pratica constante nas cerimônias indígenas – permitiu ao visitante vislumbrar o céu.

Com quatro núcleos internos as matérias-primas originais dos povos Xavante, Guarani, Nambikwara, Wauja, Yudja e Kayapó foram expostas fazendo demonstrações dos processos de fabricação e tecnologias, conhecidas e transmitidas de geração à geração até os dias atuais.

A fluidez entre os espaços veio da configuração da OCA que diferente da original, possuía seis aberturas com um semifechamento de ripado de pinho, inspirado nas tramas de maneira das construções indígenas, que resolveu um problema térmico sem ser um elemento estanque.

Duas cortinas de sisal marcaram a entrada principal do espaço. Apesar de ter sido projetada para o evento a OCA não foi desmanchada e atualmente abriga um espaço alternativo para a apresentação de peças teatrais.

notas

[publicação: agosto 2004]

Gianfranco Vannucchi, São Paulo, Brasil

 

comments

newspaper


© 2000–2024 Vitruvius
All rights reserved

The sources are always responsible for the accuracy of the information provided