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drops ISSN 2175-6716

abstracts

português
Os autores, titulares do escritório ¿btbW architecture, comentam a obra do escritório FOA, sediado em Londres, precursor no uso do computador na concepção do projeto arquitetônico

english
Los autores, titulares del estudio ¿btbW architecture, comentan la obra del estudio FOA, de Londres, precursor en el uso del ordenador en la concepción del proyecto arquitectónico

español
The authors, from the office ¿BTBW architecture, comment on the work of Foreign Office Architecture, based in London, one of the first to use computers in architectural design

how to quote

MASSAD, Fredy; GUERRERO YESTE, Alicia. Alejandro Zaera Polo e Farshid Moussavi. FOA: uma atitude mental. Drops, São Paulo, ano 05, n. 009.02, Vitruvius, set. 2004 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/drops/05.009/1630>.



O escritório londrino de arquitetos vindos da Espanha e Irã, FOA, se consolidou como um dos mais renovadores dentro da tendência da arquitetura concebida digitalmente, um processo que une inteletualidad e cientificismo.

Em tempos de globalização, o espanhol Alejandro Zaera Polo e a iraniana Farshid Moussavi decidiram preservar a atitude mental da condição estrangeira e com ela definir a identidade de seu trabalho arquitetônico comum. Montaram seu escritório em Londres – o Foreign Office Architects –, e ganharam o concurso para o terminal portuário em Yokohama com o projeto que historicamente será considerado o start da eclosão da arquitetura concebida digitalmente. Em 1995, FOA consolidou seu prestígio internacional, que tem se mantido em curva ascendente, e atualmente estão com projetos em curso em várias partes do mundo. Enquanto muitos dos atuais nomes de culto dessa tendência da arquitetura digital que participaram desse concurso – todos eles da mesma geração de Zaera e Moussavi – continuam baseando suas reputações em suas visões teóricas, eles têm materializado seus conceitos arquitetônicos, imprimindo uma nova forma de aproximação à produção de arquitetura, que concebem mais orientada para a realização de intervenções surgidas do diálogo com e entre as condições presentes em um projeto concreto. Líder visível do FOA e uma das vozes mais reconhecidas e mediáticas da arquitetura atual, Zaera Polo é membro da primeira geração de arquitetos que compreendeu que a profissão penetrava em um beco sem saída e pensou que seria possível contextualizá-la com a aplicação de meios tecnológicos para a criação e reflexão, gerando uma importante tendência de análise e reconfiguração de pensamento e prática da arquitetura.

De Koolhaas, Zaera adquire o interesse pela Ásia (cidades da Coréia e Japão foram as primeiras clientes da arquitetura do FOA), assim como a imagem-atitude do surfista aplicada ao trabalho do arquiteto, um sujeito que não enfrenta as ondas, mas que aproveita sua energia para seguir avançando. Zaera e Moussavi defendem sua inserção em uma geração com uma ideologia que defende um novo conceito do trabalho do arquiteto, com a convicção de levar a cabo uma arquitetura capaz de reagir e atuar. São conscientes da necessidade de redefinição do papel do arquiteto atual: deve ser uma figura operativa no contexto global de condições mutantes. Por isso rechaçam a arquitetura personalista ou visionária, apostando na flexibilidade mental como a característica definidora do arquiteto contemporâneo.

A arquitetura de FOA se envolve com intelectualidade e cientificismo de uma maneira quase obsessiva. Seus projetos não se iniciam a partir de formas. Estas surgem da busca de uma “correlação entre processos políticos, econômicos e sociais, e determinadas técnicas, geometrias e organizações arquitetônicas”. Uma atitude que coloca a idéia do controle total do arquiteto sobre sua obra: uma obra não justificada pela sensibilidade, mas que quer ser reflexo do potencial tecnológico de seu tempo e do domínio sem possibilidade de erros hoje possível de ser levado a cabo pelos arquitetos. Esta possivelmente é uma forma de fazer arquitetura que se sustenta demasiadamente no positivismo, na literalidade do produzido no computador e na crença de sua fácil tradução a artefato construído. Alejandro Zaera Polo é seguramente quem mais intensamente – tanto do ponto de vista mediático como acadêmico – se está preocupando em demonstrar a factibilidade e sobrevivência de suas idéias e projetos para além da moda atual.

notas

[Publicação original em suplemento “Cultura/s”, jornal La Vanguardia, Madri, 08 de setembro de 2004.]

Fredy Massad e Alicia Guerrero Yeste, Barcelona, Espanha

 

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