Eunice Abascal: Quem são os principais investidores localizados em Santa Fé?
Roque Escamilla: Corporações que queriam se localizar na Cidade do México e optaram por Santa Fé; então decidiram adquirir a terra. O plano foi convidar investidores privados e vender os terrenos, mas o governo que sucedeu o nosso não entendeu o projeto original e não lhe deram continuidade.
EA: Como se deu a negociação entre os investidores e a cidade?
RE: No próximo governo, o de Camacho [Camacho Solis], o Diretor da SERVIMET foi Raul Henrique, que e muito inteligente e entendeu o projeto e deu a este um grande impulso. As negociações foram muito simples, com este processo a terra foi adquirindo um valor muito alto e permitiu vendas a um preço muito atrativo e investir parte do recurso obtido com a venda na infra-estrutura. Criou-se um circulo virtuoso de investimento e desenvolvimento, pois a escala de valores tem sido extraordinária e se cumpriu um dos objetivos principais do projeto, a saber, que fosse um projeto rentável para a cidade.
EA: A maior parte dos investidores e estrangeira?
RE: Não sei se a maior parte e de estrangeiros, mas uma boa parte o e, devido ao fato de que a empresa estrangeira prefere alugar a comprar. Na maior parte das vezes, são investidores locais com grandes capitais que constroem para alugar. Mas a maior parte dos usuários e estrangeira. Isto e oportuno por que Santa Fé coincide com a globalização da economia, de que o empreendimento se aproveitou. Como você sabe, as companhias trans-nacionais em termos de arquitetura não aceitam escritórios que não sejam classe A, o que permitiu a Santa Fé um avanço em relação a outras regiões que já estão se reciclando. Este intervalo de tempo e os acontecimentos relacionados à globalização permitiram um grande avanço e transformação da área.
Os objetivos para a área foram atingidos, a saber, conformar um novo centro da cidade e não gerar nenhum custo, muito pelo contrario, ela gerou recursos para financiar muitas obras publicas em outras partes da cidade.
EA: Quem fica com as gordas mais-valias geradas em Santa Fé?
RE: Pode-se salientar dois destinos. As gordas mais-valias de Santa Fé vão para a Empresa Serviços Metropolitanos (SERVIMET) de que a cidade do México e proprietária e esta empresa subsidia projetos na cidade. E uma empresa privada proprietária da terra e apta a vende-la, e estes recursos são transferidos para o Governo da Cidade do México. Este e um caminho e o outro e o imposto predial que aqui e muito alto (Santa Fé); são recursos permanentes que deveriam ser destinados para a melhoria de serviços e infra-estruturas da área, mas devido a subsidios cruzados tanto os altos ingressos da venda dos terrenos como os impostos prediais são transferidos para outras áreas.
EA: O Sr. tem conhecimento se as mais-valias de Santa Fé foram aplicadas em áreas carentes ou em moradias populares?
RE: Em números exatos não sei, mas em termos gerais sim, à medida que as mais-valias eram geradas eram transferidas pela SERVIMET ao Governo da Cidade que detinha projetos de casas populares e outros projetos sociais, em que foram aplicados de maneira correta e justa dos recursos.