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PORTAL VITRUVIUS. 2º Prêmio Nacional de Pré-Fabricados de Concreto para Estudantes de Arquitetura. Projetos, São Paulo, ano 04, n. 041.01, Vitruvius, maio 2004 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/04.041/2312>.


Resgatar e reforçar o caráter de centralidade do papel da educação num projeto de nação. Por isso uma Escola Federal de Aplicação no Eixo Monumental de Brasília.

 “O homem pode refletir sobre si mesmo e colocar-se num determinado momento, numa certa realidade: é um ser na busca constante de ser mais e, como pode fazer esta auto-reflexão, pode descobrir-se como um ser inacabado, que está em constante busca. Eis aqui a raiz da educação”
Paulo Freire

1 – A educação

Com as idéias defendidas por Paulo Freire e a consciência de que o caminho para a construção de uma sociedade justa passa, impreterivelmente, pela retomada de um processo de valorização da educação é que tiveram início os trabalhos para a elaboração do presente projeto. As proposições surgiram no sentido de reformular conceitos amplamente difundidos atualmente no campo do ensino e de se retomar um projeto de nação, hoje em dia tão esquecido, tão fora de moda... Mais do que um projeto de arquitetura, a discussão permeou os próprios rumos da educação, sua importância na formação do homem de amanhã. A educação que, antes de ser uma caixa escura e rija na qual os homens de hoje deverão ir aos poucos sendo moldados conforme a fôrma, deve ser tal que permita ao homem o exercício de sua liberdade e de suas potencialidades, respeitando-se sempre a diversidade e a capacidade inerente ao ser humano de se auto-educar e de refletir sobre a sua realidade. Cada ser humano é único. Cada um tem seu ritmo, suas aptidões, seus interesses e é de fundamental importância que o ensino potencialize o desenvolvimento dessas aptidões, sendo necessária uma dinâmica de constante reavaliação e reproposição. Isto é, é preciso que o projeto pedagógico também projete!

Com isso, registramos, como um manifesto, a necessidade de se pensar e projetar o ensino público brasileiro a partir de uma visão abrangente, científica, laica, pública e gratuita e que passe de fato a ser questão central no debate político sobre a organização das cidades, assim como o foi no início de Brasília, em meados da década de 50, tendo-se a saúde e a educação como referências indispensáveis ao planejamento dessa cidade. É preciso que as transformações necessárias ao desenvolvimento do país nasçam dentro do sistema de ensino e que este não seja meramente arrastado pelas necessidades mais urgentes advindas da precariedade, da violência, do medo e da falta de alternativas. Educação deve ser tema central, deve caminhar na vanguarda do planejamento e da formulação de um futuro que se pretende melhor.

2 – A inquietação

Em pesquisas junto aos órgãos competentes tanto distritais (Secretaria de Educação do Distrito Federal), quanto federais (Ministério da Educação), percebemos um grande empenho em universalizar o acesso à educação Fundamental (1ª a 8ª série), como previsto por lei. Não se tem desenvolvido, contudo, qualquer iniciativa de vanguarda e experimentação de novos projetos pedagógicos. Pelo contrário, no âmbito local, projetos pedagógicos de qualidade exemplar como as Escolas Parque e Escolas Classe de Anísio Teixeira e os projetos de educação integral de Darcy Ribeiro, Leonel Brizola (no plano executivo) em parceria com Oscar Niemeyer, os CAICs executados por Lelé em Brasília estão em completa e assumida estagnação; o que também ocorre em boa parte das outras cidades do Brasil. São Paulo vem experimentando novas formas de resgate destas iniciativas com os CEUs, iniciativas essas que foram criticadas na Secretaria de Educação do DF com comentários de que “não se pode fazer isso por causar desigualdades no atendimento da rede: alguns ficariam o dia inteiro na escola e outros somente parte do dia". Ora, de algum lugar e com alguma experimentação há que se começar!

Uma outra falha de nosso sistema educacional diz respeito à atenção dada àqueles alunos que carecem de maior cuidado por parte dos educadores, seja por serem portadores de necessidades especiais ou mesmo por apresentarem um ritmo de aprendizado mais lento que o da maioria. Prevalece a lógica da “pasteurização”, dessa universalização às avessas que acaba por excluir a oportunidade de grande parte dos estudantes. Ou seja, o enquadramento dentro de moldes rígidos, tornando o processo de aprendizagem insípido e penoso. E isso é tolher as diferentes capacidades individuais e seus modos de existenciação!

A falta de preparo dos profissionais da rede pública para lidar com esses casos específicos, bem como a ausência de um projeto pedagógico que leve em consideração as diferenças que devem existir dentro do sistema de ensino para suprir tais carências contribuem para o aumento da repetência e da evasão escolar, e conseqüentemente para a marginalização de parcela significativa da população a qual é, justamente, a mais necessitada daquilo que lhe é negado: educação. Uma iniciativa criada para resolver o problema da repetência, a chamada “aceleração”, que concede ao aluno a possibilidade de “recuperar o tempo perdido” sendo em pouco tempo reintegrado ao grupo de sua mesma faixa etária, tem apresentado resultados alarmantes. Os alunos repetentes alcançam a escolaridade daqueles de igual faixa etária, mas, muitas vezes, com um enorme prejuízo de sua aprendizagem. A ponto de alunos ingressos na 5ª série do ensino fundamental não serem sequer funcionalmente alfabetizados.

3 – O Projeto Pedagógico

Professores, pedagogos, órgãos oficiais (Sec. de Educ. e MEC) foram consultados. Das inquietações e questionamentos já mencionados, e, principalmente da investigação com constatações concretas acerca da situação do sistema educacional no Distrito Federal e no Brasil é que formulamos as idéias iniciais do projeto de uma nova escola.

O projeto original de Anísio Teixeira para Brasília intencionalmente não colocou edifícios escolares no centro da cidade, e hoje, após drásticas mudanças em sua configuração espacial e em seu projeto educacional, as escolas públicas de superquadra não funcionam mais como foram planejadas em seus diversos níveis de abrangência e influência. Quer dizer, deixam de atender ao caráter essencial da Unidade de Vizinhança e passam a atender cada vez mais público externo ao dessas localidades à medida que as superquadras vão deixando de abrigar diversos níveis da classe média brasileira rumo a uma elitização de suas moradas. As escolas públicas do Plano Piloto de Brasília têm assumido, portanto, um caráter mais regional que local. E foi pensando nisso que escolhemos e desenvolvemos o tema do projeto.

Uma “Escola Federal de Aplicação” no Eixo Monumental de Lucio Costa, entre suas duas únicas obras construídas no Plano Piloto da cidade. Perfeitas do ponto de vista estético são sua singela e discreta contribuição nas escalas monumental e gregária que preconizou: a Torre de TV e a Rodoviária de Brasília. O que significa isso? Significa um gesto seguro e afirmativo que a situação exige. Significa resgatar o caráter de centralidade da educação no papel ativo de um projeto de nação, significa solenizar e simbolizar o papel do aluno e do professor em seu processo recíproco de troca de informações. É a apropriação ? por parte dos alunos mais esquecidos nos projetos educacionais ? do centro cívico e simbólico do país, com o uso de um espaço de qualidade, coerente com as diversas escalas humanas do espaço urbano. Bem como por parte de pessoas que atualmente vivem conectados ao Plano Piloto tanto por razões de trabalho quanto de estudo, mas ainda de maneira marginal. Seus pais trabalham no centro, e o aluno faz “bicos” também ali. Alunos da rede pública no DF que poderiam, certamente, fazer das palavras de Alberto da Cunha Melo as suas:

(...) “Moro tão longe, que as serpentes morrem no meio do caminho. Moro bem longe: quem me alcança para sempre me alcançará.”

Uma escola pública e laica que é da cidade e de todo o Distrito Federal. Receberá estudantes advindos de todas as partes da cidade que se apoderarão de seu centro simbólico.

Além do aspecto simbólico que envolve a escolha do sítio, a acessibilidade foi fator fundamentalmente considerado para a determinação do local de implantação da escola, que está a 400 metros da rodoviária e a 200 da estação central do metrô de Brasília.

A fim de garantir o uso total e otimizado do equipamento urbano, a escola funcionará basicamente com 3 atividades educacionais e diversos usos culturais e sociais durante três turnos. São elas:

Uma Escola de “Desaceleração”

Parte de um grave problema pesquisado na rede pública advém de um plano pedagógico em total desacordo com a boa Pedagogia Freiriana e a de Anísio Teixeira bem como a de outras correntes contemporâneas pós-modernas, reforçando o caráter de opressão e alienação do aluno. O atual e absurdo molde do programa de “Aceleração” é o principal alvo dessa parte específica das atividades da escola. Aqui, cada aluno teria sua individualidade, suas necessidades e seu ritmo respeitados. Com turmas pequenas de 20 a 25 alunos, as disciplinas seriam ministradas em módulos e o aluno teria a possibilidade de atingir estágios diferentes em diferentes disciplinas, cursando, por exemplo, o módulo 8 da área de estudos sociais ? que corresponderia ao conteúdo da 4ª série ? e o módulo 5 da área de matemática ? correspondente a um conteúdo anterior à 4ª série. Outra característica fundamental do projeto de ensino seria a integração entre as diversas áreas do conhecimento, as aulas seriam acompanhadas simultaneamente por 2 professores de matérias distintas de forma que todo conteúdo pudesse ser abordado de maneira menos isolada e compartimentada. O objetivo dessa escola é, portanto, formar o cidadão de amanhã e não moldar o indivíduo conforme um modelo obsoleto o qual haverá sempre de estar aquém de suas possibilidades de desenvolvimento por não considerar a diversidade.

Educação de Adultos

A escola seria ainda utilizada, especialmente no período noturno, para programas de alfabetização de adultos e mesmo para a realização de cursos e oficinas voltadas às mais diversas áreas do conhecimento. Milhares de trabalhadores passam todos os dias, ao final da tarde, pela rodoviária ou pela estação central do metrô partindo dos locais de trabalho em direção às suas residências na periferia. O horário noturno seria bastante propício a esse público, além de otimizar o aproveitamento da escola como equipamento urbano permitiria a uma parcela maior da população o acesso a essa dignidade e civilidade que a escola pretende garantir.

Requalificação de Professores

Funcionando ainda como um centro de discussão e formação dos profissionais ligados à educação, a escola promoverá seminários e atividades culturais diversas, além de cursos regulares de capacitação e treinamento, principalmente no tocante às condições de ensino dos alunos portadores de necessidades especiais, que, hoje, apesar de integrados ao sistema de ensino juntamente com os alunos não portadores de necessidades especiais, não dispõem do tratamento adequado devido à ausência de programas de treinamento de professores e funcionários das escolas. Para as atividades de requalificação de professores seriam utilizados principalmente o auditório, espaços da biblioteca e salas de aula, em horários diversos promovendo-se atividades simultâneas às aulas do ensino fundamental com interação entre os alunos e os professores em treinamento.

4 – O Projeto Arquitetônico

No que diz respeito às características morfológicas e espaciais da escola, há uma preocupação constante com a relação estabelecida entre os edifícios e o entorno. Da mesma forma, a relação coerente entre forma e o projeto pedagógico idealizado foi diretriz básica de projetação.

A escola volta-se para o interior, a fim de não expor demais os alunos ao grande e movimentado sistema nervoso viário de Brasília. Ela é, poder-se-ia dizer feita “do dentro para o fora” – não significando, entretanto, uma postura organicista –, mais no sentido de priorizar a vista de dentro da escola para a cidade das escalas monumental, gregária e bucólica, do que chocar ou marcar visualmente um contexto tão delicado. Ao contrário, enquadramos vistas simbólicas como a perspectiva forçada na praça central: abrindo-se rumo ao contexto urbano mais amplo e de conjunto significativo – A Esplanada dos Ministérios – e fechando rumo a Torre de TV – objeto único e de presença longilínea.

Não se trata, portanto de achar que o espaço entre vias do Eixo Monumental seja ocioso e dispendioso, que deva ser ocupado, mas que o lugar pode ser ocupado com o uso justificado e de forma a não ferir os pressupostos em que se embasou a produção do espaço da cidade.

Assumimos assim uma postura de celebração e respeito ao entorno tombado, ao patrimônio arquitetônico e urbanístico de Lucio Costa e ao patrimônio cultural e intelectual de Anísio Teixeira e equipe que conceberam o projeto educacional original para a nova capital do país, da qual ainda pudemos, quando crianças receber parte de sua prática.

Procuramos, desde o início, o emprego de formas simples. A tecnologia da pré-fabricação em concreto foi fundamental na definição dos aspectos formais dos edifícios, mas, também aqui, houve uma busca pelo emprego de uma tecnologia conhecida, porém de maneira diferenciada, num esforço para evitar a monotonia, o que reflete, ao mesmo tempo, o dinamismo que se espera de um programa tão complexo e fundamentado, e a preocupação com a redução do impacto visual da escola em seu entorno imediato.

O rebaixamento do nível do pavimento térreo foi premissa básica para garantir a minimização desse impacto visual indesejado ao mesmo tempo em que garantiu a criação de um espaço mais resguardado no ambiente escolar tendo em vista que a contestação do atual modelo das escolas públicas diz respeito também ao espaço físico, seus enormes muros e seu isolamento os quais, longe de resolver os problemas de segurança, acabam por agravá-los afastando a escola do tão benéfico convívio comunitário.

Característica marcante dessa nova escola é justamente a aproximação da comunidade e a apropriação desses generosos espaços pelos cidadãos. Há, portanto um forte caráter de centralidade e a polarização de um equipamento urbano de abrangência regional. O auditório, a biblioteca, teatro de arena, praças, oficinas e os diversos espaços da escola apresentam-se à comunidade de portas abertas para a realização de eventos cívicos, culturais e artísticos, permitindo um uso mais racional e otimizado das dependências físicas, bem como a aproximação comunitária que é, ao nosso ver, o melhor caminho para garantia da segurança, da conservação do espaço físico e da própria instituição como símbolo no imaginário coletivo.

Por outro lado, a multiplicidade, a maleabilidade e a diversidade do projeto pedagógico encontram-se também refletidas na forma arquitetônica e na opção pelo emprego de um formato em edifícios claramente definidos e separados, mas que se articulam entre si por meio dos espaços essencialmente coletivos: os pilotis e as praças que permeiam toda a escola.

5 – Tecnologia e pré-fabricação

É uma proposta que, se é especulativa do ponto de vista educacional e político, busca ser viável e exeqüível do ponto de vista técnico e construtivo. Acreditamos se constituir nisso a missão da arquitetura brasileira: vislumbrar, projetar para o futuro, a partir de dados concretos da vida social, viabilizando sempre sua construção e manutenção.

“Não pode ser verdadeiro o compromisso (...) em cuja ação de caráter técnico se esquece do homem se o minimiza, pensando, ingenuamente, que existe o dilema humanismo – tecnologia. E, respondendo ao desafio do falso dilema, opta pela técnica, considerando que a perspectiva humanista é uma forma de retardar as soluções mais urgentes. O erro desta concepção é tão nefasto quanto o erro da sua contrária – a falsa concepção do humanismo –, que vê na tecnologia a razão dos males do homem moderno”
Paulo Freire

Com a utilização da tecnologia do concreto pré-fabricado tentou-se extrair dessa opção projetual os benefícios técnicos que pudessem reforçar o caráter de viabilidade fundamentado na perspectiva humanista que foi a gênese da escola. Houve um esforço contínuo para a afirmação do caráter de edifício pré-fabricado, e não pré-moldado, ou seja, buscando-se um sistema construtivo que atenda a demandas diversas de uso, ao invés de constituir peças que serão empregas no caso específico desta obra, com suas particularidades construtivas e de detalhe.

A modulação da estrutura e, conseqüentemente de todos os espaços por ela definidos, foi determinada em consonância com as características do sistema construtivo utilizado e com as exigências do programa. Assim sendo, todos os elementos tinham suas medidas baseadas nos múltiplos e submúltiplos de um módulo elementar baseado na medida 1,25m.

Todas as vigas e pilares presentes no projeto seriam fabricados pelo processo de extrusão, configurando um perfil “U” com 25cm x 50cm e comprimento variado. Estas peças estão presentes nas passarelas e em todos os edifícios em que há configuração de pilotis no térreo (bloco em “U”, refeitório, administração e biblioteca) e seguem a uma ordenação dos vãos com 7,5m no sentido transversal do edifício e 2,5m no sentido longitudinal. A opção pelo vão de 2,5m foi feita antes por um critério plástico/espacial, conformando a ambientação contida e reservada que se pretendia obter nos pilotis, do que, obviamente, pela limitação técnica. Nas passarelas, excepcionalmente a disposição dos pilares foi feita em alternância com as vigas em alinhamento oblíquo ao sentido da circulação, numa espécie de zigue-zague, conferindo um ritmo diferenciado a tal estrutura.

Foi também desenvolvida uma peça com perfil “C” tendo em sua face maior as medidas de 2,50m x 3,75m, em suas abas 2,50m x 2,50m ou 2,50m x 1,25m. Peça mais significativa do ponto de vista formal e mesmo estrutural do projeto, num sentido mais abrangente, este perfil “C” está presente em todos os edifícios com exceção do auditório, arranjado de diferentes maneiras. Vários detalhes foram desenvolvidos para que se atingisse a maior versatilidade possível na utilização dessa peça “C” o que permitiu sua composição em elementos de fachada, piso e guarda-corpo das passarelas, estrutura das caixas-d’água, sendo associadas ora na posição vertical e empilhadas, ora na posição horizontal nas passarelas, ora lado a lado configurando varandas de circulação periférica, etc.

Os alvéolos poderiam ser utilizados para a passagem de bainha engraxada na união das peças por meio de protensão, esse mesmo orifício poderia ser utilizado em ocasião diversa para a concretagem in loco para uma adequada solidarização das peças. Detalhes de encaixes e vincos nas extremidades dessas peças também foram desenvolvidos para as uniões fossem feitas de maneira adequada levando-se em consideração as exigências de esforço, impermeabilização, dilatação térmica, etc.

Foram utilizados para as lajes de piso em geral uma peça também em “U”, mas cujas abas bastante curtas e viradas para baixo proporcionariam um encaixe na união com a viga. Para as coberturas em geral foram utilizadas lajes alveolares sendo no caso específico do auditório, devido às exigências técnicas, utilizada uma laje alveolar protendida com agregado leve e altura de 40cm para a obtenção de um vão de 20m. No auditório, em que os pilotis não aparecem, a estrutura é composta basicamente por vedaçãoes portantes nos mesmos perfis das tradicionais lajes alveolares protendidas.

A possibilidade de concretagens in loco das uniões entre pilares e vigas, bem como dos patamares das escadas, com a formação de nós rígidos, foi prevista para garantir a estabilidade da estrutura.

Na ambientação dos espaços a iluminação natural foi priorizada, optando-se em alguns casos pela utilização de sheds-clarabóias. Estes formados por 3 peles, duas lâminas de vidro espaçadas constituindo um colchão de ar dentro do qual uma película garante a não incidência de radiação solar direta na parte interior. Logo abaixo, o forro feito em GRC (Glass Reinforced Concrete), material que permite seções de pouca espessura, funciona como elemento difusor da luz natural e suporte para os elementos de iluminação artificial. Este sistema oferece conforto térmico e luminoso aos usuários além de resultar numa composição plástico/espacial diferenciada.

ficha técnica

Projeto
Escola Federal de Aplicação – Eixo Monumental, Brasília
Alunos
Rommel Dias Marques Ribas Brandão, Carlos Henrique Magalhães, Rafael Fernandes Innecco e Thiago Teixeira de Andrade
Orientador
Andrey Rosenthal Schlee
Co-orientadores
Arqº Frank Svensson e Engº Antônio Nepomuceno
Instituição de Ensino
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – Universidade de Brasília
Cidade
Brasília – DF

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Autor
Brasília DF Brasil

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