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PORTAL VITRUVIUS. Museu da Tolerância na USP - São Paulo. Projetos, São Paulo, ano 05, n. 060.01, Vitruvius, dez. 2005 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/05.060/2567>.


Um projeto com características urbanas que ofereça para a cidade um local público de uso coletivo e ao mesmo tempo com caráter simbólico, que reflita a pluralidade e a diversidade da espécie humana, apropriado para manifestações e reflexões sobre o tema, e que colabore para a construção de um sentimento coletivo mais tolerante e democrático.

Um espaço vivo.
Uma obra aberta.
Um espaço solidário e cheio de significados.
Um local para debater idéias, refletir e estimular a convivência.
Um local para educar e aprender sobre a diversidade cultural e social.
Um local para não esquecer das marcas do passado, da irracionalidade humana com o próximo.
Um local para provocar paz e tristeza.

O partido de projeto adotado responde a estes desejos a partir do desenvolvimento de uma praça, pela qual se tem acesso ao Museu localizado no subsolo do terreno.

Procuramos preservar as características do lugar e do seu entorno, além de criar uma sensação inusitada e única ao visitante, estimulando a curiosidade e a possibilidade dos diferentes olhares.

A praça, denominada Praça da Tolerância, é compostas por totens que além da função técnica de ventilar e iluminar os subsolos também estabelecem uma relação intima com a profundidade e seriedade dos problemas envolvidos com o tema, representados pelos subsolos onde estão as salas de exposições e outras dependências do museu.

Os totens são elementos que representam as diversidades culturais e sociais, mas que para um mundo global mais justo, só a partir da educação é que poderemos entender as diferenças e atingir o grau mais elevado da tolerância, aqui representada pela praça, que é o local da diversidade, do uso coletivo, da educação, da exposição, das manifestações, onde as diversas culturas estão representadas pelos totens, que vertem água no piso, simbolizando sua individualidade, seus aspectos culturais, religiosos e sociais, e que estão direcionadas para um único local, o espelho d’água localizado na parte baixa do terreno, que representa o receptáculo das diferenças e da contribuição de cada cultura, que deve conviver em paz e de forma conjunta para uma sociedade global mais tolerante e que saiba respeitar o próximo.

A praça será composta também por um paisagismo que estimule a reflexão ao longo do ano a partir de um cenário de transformação composta por ipês amarelos roxos e brancos, que vão proporcionar floradas em épocas diferentes, trazendo a cor em determinados períodos potencializando o valor simbólico do lugar.

 

A partir da escavação do terreno e com a construção de paredes escoradas de contenção e travadas pelas vigas e lajes de concreto que vencem o vão transversal, geramos espaços com grande flexibilidade de utilização e possíveis modificações futuras.

Com o entendimento técnico para a construção de um edifício com estas características e atendendo as exigências referentes à legislação municipal, estadual e federal, pudemos avançar com o projeto, solucionando questões como ventilação, que devera ser mecânica e a iluminação natural, através dos totens, complementadas pelos vazios e grelhas laterais que podem conduzir luz para os diversos subsolos.

O sistema hidráulico do edifício prevê a instalação de bombas para o recalque do esgoto e conexão, através de caixas de inspeção, na rede pública. Foi prevista também uma cisterna que armazenara eventuais águas pluviais tanto para reutilização no próprio edifício como ligação direta na rede.

O programa de necessidades foi distribuído em 7 subsolos com área total de 6.192,00 m² (seis mil cento e noventa e dois metros quadrados) incluindo a circulações e acesso coberto, com custo estimado de aproximadamente R$ 7.000.000,00 (sete milhões de reais), conforme resumo preliminar da planilha orçamentária. Uma proposta que pretende gerar facilidades de manutenção, a um baixo custo.

A circulação vertical (composta por elevadores e escada), está localizada no vazio principal do edifício e define um eixo fundamental do projeto, relacionando visualmente os diversos pavimentos e revelando o inesperado, um edifício que se desenvolve em direção ao centro da terra.

Uma proposta que pretende causar curiosidade e atrair a atenção das pessoas para o museu, localizado nas entranhas da terra, onde o visitante é obrigado a mergulhar na essência dos problemas e entender o que é o preconceito, xenofobia, holocausto, escravidão, racismo, ou seja, a intolerância nos seus diversos segmentos e ao sair, poder refletir e aprender sobre o que é de fato ser tolerante com o próximo.

Nosso projeto pretende imprimir significado nos espaços propostos e que estimule os sentidos dos visitantes, contribuindo para que ele leve a idéia de que a diversidade, a pluralidade, a solidariedade, a convivência pacifica e respeitosa em relação ao outro é o melhor caminho, tanto para o crescimento individual, como para uma sociedade mais evoluída.

ficha técnica

Autores
Arquitetos José Francisco Xavier Magalhães e José Magalhães Jr.

Colaboradora
Arquiteta Fernanda Lemes de Santana

Maquete eletrônica
Arquitetos Meng Tsai e Allan Fernandes

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Equipe premiada
São Paulo SP Brasil

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original: português

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IAB-SP
São Paulo SP Brasil

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