Flávio de Carvalho
Flávio de Carvalho
100 anos de um revolucionário romântico
Denise Mattar (Org.)
CCBB RJ, Rio de Janeiro; 1ª edição, 1999
edition: português
128 p
22 x 27 x 1 cm
illustrated
fullcolor
(artes plásticas, pintura, exposições)
about the book
Em 21 de novembro de 1929 o<i> Diário Nacional </i>publicava um artigo anunciando a "primeira conferência do grande urbanista francês Sr. Le Corbusier", no Instituto de Engenharia de São Paulo. A matéria era ilustrada por uma caricatura do arquiteto "visto pelo lápis do Dr. Flávio de Rezende Carvalho".
Flávio havia elaborado com Geraldo Ferraz um minucioso questionário repleto de perguntas instigantes: como introduzir o valor psíquico na arquitetura? Acha que a arquitetura é um problema filosófico? Deve a arquitetura ser lógica? As respostas foram breves, mas a partir daí encetaram uma longa discussão quase filosófica.
Dias depois, na casa de Warchavichik, Le Corbusier chama Flávio de "révolutionnaire romantique". A alcunha se tornou célebre, e sobre ele dizia Sangiradi Jr.: "um epíteto preciso: revolucionário romântico. Um contestador individualista. E um idealista, no sentido filosófico". Flávio de Carvalho foi realmente um revolucionário das artes: um dos pioneiros da arquitetura moderna no país, sua pintura era tão avançada para a época que poderia figurar hoje numa exposição contemporânea; seu desenho, tendo quase sempre a mulher como tema, era considerado excessivamente erótico, ou excessivamente dramático; sua atuação como animador cultural foi essencial nos anos 30. Foi jornalista, autor, conferencista, dramaturgo, cenógrafo e o primeiro "performer" do Brasil.
(trecho inicial de texto de apresentação do livro-catálogo)
about the author
Denise Mattar
Cursou a Faculdade de Filosofia e a Faculdade de Psicologia da USP. Foi curadora do Museu da Casa Brasileira SP (85-87), do MAM de São Paulo (87-89) e do MAM do Rio de Janeiro. Atualmente atua como curadora independente.