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interview ISSN 2175-6708

abstracts

português
Bernardo Secchi, professor de Urbanismo da escola de arquitetura de Veneza, importante urbanista italiano e autor de diversos livros sobre o assunto, fala de sua atuação teórica e prática

english
Bernardo Secchi, Professor of Urban Planning School of Architecture of Venice, a major Italian urban planner and author of several books on the subject, speaks of his performance in theory and practice

español
Bernardo Secchi, profesor de urbanismo de la escuela de arquitectura de Venecia, importante urbanista italiano y autor de diversos libros sobre el asunto, habla de su actuación teórica y práctica

how to quote

RETTO JR., Adalberto; TRAFICANTE, Christian. Bernardo Secchi. Entrevista, São Paulo, ano 05, n. 018.02, Vitruvius, abr. 2004 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/05.018/3330>.


Plano Diretor da cidade de Prato, Itália. Coordenação de Bernardo Sacchi
[fonte: Université de Lausanne]

Adalberto Retto Júnior e Christian Traficante: No laboratório Prato PRG (1996), territórios da nova modernidade - província de Lecce (2001) e em alguns outros trabalhos de planificação urbana e territorial onde o Senhor é consultor científico é evidenciado que imaginar e pensar a cidade e o território como compostos de diferentes "sistemas" leva também a um conceito de integração, que em larga medida nasce exatamente da crítica ao zoneamento como tradicionalmente entendido. "Pensar a cidade por sistemas quer dizer imaginar cada parte como habitada por funções diferentes, conforme composições mutáveis no tempo; imaginar assim a transformabilidade". Em seus planos o Senhor propõe portanto que sejam reconhecidas as características ambientais específicas das diferentes partes do território, que seja restabelecida a continuidade do sistema ambiental, que os espaços internos da cidade e os externos, sejam coligados entre si e que isto aconteça principalmente construindo uma série de elementos de conexão? Esta aproximação constitui uma nova forma de conceber o projeto da cidade contemporânea?

Bernardo Secchi: Cada um de nós está imerso em sistemas de relações que se constroem em diferentes planos: eu me ocupo com a minha escola em Veneza, pensando e propondo aos meus alunos reflexões que concernem às cidades e territórios situados freqüentemente em outros países e pensando em meus colegas, em livros em projetos que se situam em longo espaço de tempo. A imagem do network que é constantemente proposto não é fértil, nem correto. É antes a interação entre os diferentes planos que conta como quando observo alguma coisa sobre um fundo escuro ou muito luminoso e sou induzido a poder colher dele ou não, alguns aspectos. A mesma coisa, se me perdoar a brevidade da resposta, vem com o projeto da cidade; cada movimentação nossa assume significado diferente conforme os diferentes planos espaciais e temporais nos quais vem colocar-se. Estamos acostumados a colher estes aspectos no teatro quando atores e ações são colocados entre ou sobre o fundo de diferentes véus que na hora certa se movem mudando, freqüentemente de modo radical, a cena. Uma imagem que propus no "Racconto urbanistico" e a que no meu modo de ver ilustra bem a posição do projeto urbanístico e de arquitetura dentro da cidade e do fluir de sua história. Os elementos de conexão que através de meus projetos procuro construir, entre as diferentes partes da cidade e do território, entre o interior e o exterior, entre o antigo e o recente, não devem ser pensados e reduzidos a percursos de pedestres e de veículos ou a corredores ecológicos. Estes constituem o nível mais elementar da conexão. Mais complexo é construir conexões de sentido. O que fascina no livro de Tafuri e Foscari "L’armonia e i conflitti" que, como eu disse, está na origem de minhas propostas a partir dos anos 80, é seguir os diferentes planos nos quais se instaura o debate sobre a cidade de Veneza na época do Doge Gritti: dos planos mais abstratos, aparentemente separados da ação concreta urbanística e arquitetônica, nos quais assume identidade a cultura de uma época, aos mais detalhados de definição das competências e das relações de poder. Construir o projeto de uma cidade quer dizer procurar movimentar todos estes níveis de reflexão. Para isto é preciso voltar em primeiro lugar a propor com generosidade imagens compreensivas da cidade e do território, de suas identidades e de suas possibilidades; é preciso trabalhar enfim, com extremo cuidado sobre os dispositivos espaciais através dos quais as conexões entre os diferentes planos, entre os diferentes véus, assumem consistência material, tornam-se assim arquitetura da cidade e é preciso submeter-se continuamente à verificação e à falsificação.

 

Plano Diretor da cidade de Prato, Itália. Coordenação de Bernardo Sacchi
[fonte: Université de Lausanne]

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