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interview ISSN 2175-6708

abstracts

português
Bernardo Secchi, professor de Urbanismo da escola de arquitetura de Veneza, importante urbanista italiano e autor de diversos livros sobre o assunto, fala de sua atuação teórica e prática

english
Bernardo Secchi, Professor of Urban Planning School of Architecture of Venice, a major Italian urban planner and author of several books on the subject, speaks of his performance in theory and practice

español
Bernardo Secchi, profesor de urbanismo de la escuela de arquitectura de Venecia, importante urbanista italiano y autor de diversos libros sobre el asunto, habla de su actuación teórica y práctica

how to quote

RETTO JR., Adalberto; TRAFICANTE, Christian. Bernardo Secchi. Entrevista, São Paulo, ano 05, n. 018.02, Vitruvius, abr. 2004 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/05.018/3330>.


Un progetto per l'urbanistica, Bernardo Secchi
[fonte: Torino, Einaudi, 1989]

Adalberto Retto Júnior e Christian Traficante: No "Diary of a planner" (2002) o Senhor enfatizou, citando Pierre Bourdieu, que a construção do projeto e das políticas da cidade tornou-se em anos recentes um campo aberto, onde diferentes indivíduos com diferentes competências e experiências, com diferentes histórias e background culturais, interesses e poderes, ligações e relações com o resto da sociedade são legitimados a expressar as próprias interpretações e as próprias propostas. Por outro lado, hoje se fala também do declínio ou morte do urbanismo, ou mesmo do seu fim. O que o Senhor pensa destas afirmações e qual é o verdadeiro papel do urbanista nos dias de hoje?

Bernardo Secchi: Amo muito o teatro e amo muito a música; não pode surpreender portanto que freqüentemente eu me refira a imagens teatrais ou musicais.

O canteiro de obras da cidade me aparece como um local onde indivíduos com diferentes papéis, poderes e competências, que falam línguas específicas e entre eles alguns se encontram em um difícil diálogo; um local onde se formam assonâncias ou dissonâncias, ligações e pausas. Cada um neste diálogo traz a sua própria história, as próprias experiências e o próprio imaginário. A idéia modernista de poder reconstruir esta tumultuada conversa com um único critério de racionalidade é hoje impraticável, assim como seria a idéia de podê-lo reconduzir à observância de uma única autoridade real ou papal. Os planos construídos sobre esta idéia e sobre as retóricas que a sustentavam precisamente devem ser considerados planos do passado. Na ingenuidade deles desenvolveram contudo um papel importante e seria tolo e inculto não reconhecer quanto devemos á eles.

Tudo isso não decreta a morte do urbanismo, assim como a passagem do renascimento ao maneirismo, ao barroco e ao neoclássico não decretou a morte da arquitetura ou de outras formas artísticas. Os necrófilos prontos a declarar a cada dia a morte de alguma coisa, talvez tenham apenas matado a curiosidade do novo.

O que aconteceu foi simplesmente que, dentro de uma nova e mais ampla constelação de indivíduos, o urbanismo orientou sobre novos eixos a própria reflexão, redesenhou o mapa dos problemas, aceitando experimentalmente novas hipóteses.

Mas também este movimento não deve ser enfatizado mais do que o devido. O canteiro da cidade sempre foi um lugar onde se depositam objetos, técnicas, afirmações e imagens dotadas de diferente inércia e quem praticar hoje o urbanismo italiano, mas também a de diferentes países ocidentais, sabe que as ligações com os modos de fazer passados, os quais se consolidaram dentro de instituições, leis e imaginários, são muito mais fortes do que normalmente são considerados. Inovar não é destruir, fazer "tabula rasa", deve significar alguma coisa que se acrescente, modificando-a, àquilo que pré-existe.

 

Cemitério Hoog Kortrijk, arquitetos Bernardo Secchi e Paola Viganó
[fonte: revista Archis]

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