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PORTAL VITRUVIUS. Teatro de Natal - Concurso Público Nacional de Arquitetura. Projetos, São Paulo, ano 05, n. 059.03, Vitruvius, jun. 2010 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/05.059/2560>.


Pensamos um possível futuro para Natal, interpretando o lugar e o programa sugerido. A proposta foi concebida como uma sucessão de espaços – camadas – que organizam, estruturam e costuram todo o conjunto. Mais que um teatro, trata-se de um centro cultural, um ambiente único e diverso ao mesmo tempo, onde tudo ocorre simultaneamente, onde a cultura potiguar pode ser vivida, sentida e exaltada.

Em uma decisão forte de projeto, a fim de pôr ordem e qualidade ao entorno, dispomos os quatro volumes principais das respectivas salas formando uma cruz, com a convicção de que essa cruz marcará um lugar importante da cidade. O espaço vazio entre os quatro volumes será parte da cidade: uma grande praça pública, distribuidor de acessos, área de serviços e zona de exposições e espetáculos.

Sugerimos uma grande entrada rebaixada, que oferece ao público o desejo de descer, descobrir novas áreas e transformá-las em experiências. Esta grande praça servirá como acesso principal, ponto de encontro e cenário de grande importância dentro do conjunto do centro cultural. Este espaço terá constante relação com a cidade, albergando atividades diversas relacionadas com sua história e sua cultura, desde espetáculos a exposições, recitais e feiras periódicas. Acima desta entrada há um grande bloco em balanço, disposto para marcar ainda mais este local, onde estão localizados os ambientes da administração, de difusão cultural e a biblioteca pública.

Entrando na praça se pode observar o potencial deste espaço, a existência de avarandados e a mescla de pessoas, atividades e cultura, também promovida pelas exposições desenvolvidas nesta área. Seguindo, passamos por toda a parte de serviço e atendimento ao público, como bilheterias, informações, lojas de conveniência e restaurante, e chegamos a um interessante espaço de uso múltiplo, dotado de uma platéia lateral e uma parede cega à frente, que expressa a idéia de telão urbano, se adaptando a diferentes encenações, como show de música, projeção de filmes e espetáculos abertos.

As 4 salas de espetáculos são independentes, porém unidas em um único conjunto a partir de eixos de circulação que norteiam todo o projeto. A união das salas também se dá a partir das platéias, a fim de juntar o público, personagens que atuam em um grande cenário de encontros e desencontros, a praça. Este espaço, assim como todo o projeto, é fortemente marcado por rampas, escadas e passarelas que articulam a proposta, se ramificando em diversas direções, conferindo ritmo ao volume da obra, se contrapondo à composição geométrica externa da construção.

A concepção tradicional da sala principal do teatro (sala 1), em estilo italiano, não prejudicou a espontaneidade dos gestos. Organizada em diversos níveis e otimizando as distâncias, as áreas de serviços e a platéia foram dispostas na parte anterior e cobertas com uma concha acústica devidamente situada. Na parte posterior ficou localizado o bloco de cenário e camarins. Também se aproveitou o desnível para criar um mezanino atrativo, dotado de uma cafeteria, que concentra o público principalmente no intervalo do espetáculo, dialogando intimamente com a praça logo abaixo. Além disso, a sala 2 (600 pessoas) também está dotada de toda a estrutura para se transformar em um cinema. As outras duas salas restantes (salas 3 e 4), apesar de menores, também contam com toda a estrutura para uma devida apresentação teatral.

O conjunto, fortemente marcado pela disposição dos quatro volumes compactos, é arrematado com uma peça sutil e transparente que une e articula todo o conjunto, cobrindo o espaço de circulação entre todos, se estendendo além dos limites funcionais para dar sentido urbano à proposta, desde um extremo a outro. Sobre a esquina de entrada, este grande pórtico atravessa uma lâmina de água, encenando com seriedade e em silêncio a importância das atividades deste edifício. Por dentro só cabe esperar largos aplausos.

ficha técnica

Autores
Arquitetos Aline Mello(coordenadora equipe), Bruno Louzada e Willy Müller

Colaboradores
Arquitetos Francisco Villeda e Isabella Pintani
Manuel Lopes (Estudante de Arquitetura)

Consultores
Eumenes Guimarães, Engenheiro Civil Politécnico, Especialização Estrutura e Construção
Fred Guillaud, Arquiteto, Especialização Acústica

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Equipe premiada
Vitória ES Brasil

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059.03 Concurso
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original: português

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Organização
Natal RN Brasil

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059

059.01 Institucional

Projeto Beira-Rio – Etapa 2: Largo dos Pescadores

059.02 Institucional

Escola Estadual União de Vila Nova II

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