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architexts ISSN 1809-6298


abstracts

português
Como a maioria dos estados que compõem a República Argentina, a Província de Corrientes situada no nordeste do país se originou a partir de um centro populacional erigido nas primeiras etapas da colonização hispânica

english
Like most states that make up the Republic Argentina, Corrientes Province located in the northeast of the country originated from a population center built in the early stages of Hispanic colonization


how to quote

MARI, Oscar Ernesto. O atípico desenho e expansão de uma cidade correntina na fronteira entre Argentina, Brasil e Uruguai. Arquitextos, São Paulo, ano 03, n. 029.10, Vitruvius, out. 2002 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/03.029/745>.

Como a maioria dos estados que compõem a República Argentina, a província de Corrientes situada no nordeste do país se originou a partir de um centro populacional erigido nas primeiras etapas da colonização hispânica, sendo que logo o estado provincial adotou o nome do núcleo originário.

Este primeiro centro (hoje capital) foi fundado em 1588 na confluência dos grandes rios Paraná e Paraguai, e a partir de então sua jurisdição foi se ampliando lentamente ao princípio, com ritmo algo mais firme durante o século XVIII, e com decidido impulso nas primeiras décadas do século XIX, logo após se organizar como estado autônomo.

Deste modo se regularizou no primeiro terço do século a ocupação das demais vilas formadas no século XVIII, e se avançou na fundação de novos núcleos em áreas periféricas, onde se fazia necessária a consolidação das fronteiras provinciais.

Precisamente a esta política correspondeu a fundação do que hoje se chama Monte Caseros, cidade situada no extremo sudeste da província, às margens do rio Uruguai, num ponto tripartido e coincidente com as fronteiras de Argentina, Brasil e Uruguai.

Em 1828, logo após a guerra entre Argentina e Brasil, o chefe do Exército do Norte, general Fructuoso Rivera, decidiu fundar uma vila na margem esquerda do rio Uruguai, frente onde hoje está implantado Monte Caseros, com o propósito de instalar ali os povoadores das missões jesuíticas orientais que até então haviam residido em territórios que agora deveriam ser entregues devido aos acordos de paz firmados.

Essa vila foi denominada "Santa Rosa do Cuareim" ou "Bella Unión", e como neste ponto o rio Uruguai era de fácil transposição, razão pela qual se chamava "Paso dos Higos", seus povoadores começaram a cruzá-o freqüentemente até a margem argentina, levando daqui o gado que encontravam nas imediações. Esta situação levou ao comandante militar de Curuzú Cuatiá, don Manuel Antônio Ledesma, a enviar cartas ao governo de Corrientes durante janeiro e fevereiro de 1829 sugerindo a necessidade de estabelecer um posto para guardar esta paragem.

Atendendo à solicitação, o governador de Corrientes, Pedro D. Cabral, propôs a fundação de uma vila no "Paso dos Higos" para o Congresso da província, anexando os informes de Ledesma, iniciativa que teve curso favorável, decidindo-se em 5 de outubro de 1829, através da lei nº 239, pela execução da mencionada fundação, recomendando o Congresso ao governador que apressasse os trâmites para que o ato se efetivasse. (1)

Em 23 de novembro de 1829 o P.E. dispôs que o agrimensor Santiago Achinelli se mudasse para Paso dos Higos acompanhado pelo comandante militar de Curuzú Cuatiá para eleger o lugar onde se ergueria a nova vila. Achinelli tinha instruções para medir a praça central e duas quadras em torno dela para residências, e uma légua em torno das quadras para se alocarem as chácaras.

Delineado e estabelecida a vila, o governador Cabral lhe conferiu grande importância ao ordenar em 3 de julho de 1830 que as mercadorias provenientes da Banda Oriental (atual República do Uruguai) deviam ingressar obrigatoriamente pela localidade, sendo levada após para Curuzú Cuatiá para pagar os impostos correspondentes. Posteriormente, em 2 de julho de 1838 o governo provincial habilitou na vila um porto para importações e exportações em geral. Nesta época, segundo as cifras do censo provincial, "Paso dos Higos" contava com uma população de 119 homens e 133 mulheres de diversas idades.

Em 1855 o governador Juan Pujol provocou um conflito de jurisdição com o brigadeiro Benjamín Virasoro, a quem, em 1851, foram doadas as terras adjacentes à vila, e por uma lei do 31 de janeiro deste ano se ordenou tornar a Paso dos Higos como capital do departamento de Curuzú Cuatiá, em um ato que se pode considerar como uma refundação da vila (2). Três anos mais tarde, em 2 de março de 1858, foi criado o departamento de Monte Caseros comemorando a batalha homônima (Caseros), e determinação a seguir, se colocou à venda casas e chácaras na vila, que havia sido sancionada como capital do novo departamento. Ainda que esta lei não tenha trocado o nome da vila de Paso dos Higos, aos poucos foi sendo adotada a denominação que correspondia ao departamento; "Monte Caseros", ou simplesmente, "Caseros". (3)

A partir deste momento a vila começou a ter autoridades próprias já que antes dependia de Curuzú Cuatiá; foi construída a primeira escola para meninos e se fundou no ano seguinte (1859) a primeira paróquia chamada "Nossa Senhora das Vitórias", que logo passou a ser "Nossa Senhora do Rosário", e que foi implantada no mesmo local que ocupa até hoje.

Em 1861 começou a funcionar a Receita Nacional e em 6 de agosto de 1867 o governador Evaristo López criou por lei a municipalidade de Monte Caseros.

Recém-estabelecidas, as autoridades municipais determinaram em 1870 que a vila fosse urbanizada em quadrículas e requisitaram para isso os serviços do agrimensor Carlos Wybert. Este havia completado recentemente, em 1875, a mensuração do tecido urbano e das chácaras próximas, seguindo os lineamentos traçados por Achinelli em 1829, ou seja, a subdivisão de quadras com 95,26 metros de lado, com ruas de 34,65 metros de largura. (4)

A vila demarcada por Achinelli permanecia encostada junto ao rio Uruguai e até esse momento apenas estava delineada sua praça central (chamada então de "25 de Mayo") com três quadras de cada lado, sendo seus limites o rio Uruguai a leste, a antiga rua 2 de fevereiro ao norte, a rua Chacabuco ao sul, e a rua Itália a oeste.

A ampliação realizada por Wybert não modificou a orientação nem a ampla largura das ruas que lhe fora conferida por Achinelli em 1829 e que lhe outorgam justamente essa característica tão particular a Monte Caseros, mas reimplantou o que era o centro cívico da vila (junto ao rio), no local que ocupa atualmente, a trezentos metros deste.

Esta mensuração se concluiu ao mesmo tempo em que se finalizava a implantação dos trilhos do Trem Este Argentino, desde Federação (província de Entre Rios) a Monte Caseros. Precisamente neste ano (1875) se inaugurou a estação – ainda conservada –, com a presença do Presidente Nicolás Avellaneda. (5)

A paisagem urbana

Com a inauguração da estrada de ferro em 1875 – o primeiro que entrava na província de Corrientes – se inicia uma etapa de notável progresso para Monte Caseros, que a partir deste momento terá uma comunicação direta com o restante do país, e, em conseqüência, se canalizarão com maior fluidez os produtos locais até as cidades do alto Uruguai utilizando o ramal que agora chegou até o novo porto de "Lo Ceibo", a 5 quilômetros da vila. Este porto foi construído a esta distância devido às dificuldades que implicava colocá-lo frente ao núcleo urbano dada a presença das típicas cachoeiras (pequenos saltos com pedras), abundantes nas margens desta parte do rio Uruguai.

Este acontecimento coincidiu também com a chegada de importantes contingentes imigratórios, principalmente de italianos e espanhóis, que depositaram sua marca particular ao componente humano da vila e também a suas zonas lindeiras ao formar prósperas colônias agrícolas. (6)

O redimensionamento da vila, a incorporação de imigrantes e a inauguração da estação do F.C.E.A. produziram uma transformação radical na estrutura urbana de Monte Caseros, já que a partir de então começaram a erguer-se, no entorno e até o sul da estação, as casas comerciais e as habitações das famílias, conformando o que hoje é o centro comercial e residencial da cidade.

Alguns anos depois se inauguraria uma nova estação ferroviária mais a oeste em relação à primeira, originando uma nova transformação no projeto da malha urbana.

No final do século XIX a planta urbana de Monte Caseros – que estava dividida em quadras, subdivididas por sua vez em uma média de seis lotes cada uma, e separadas por largas avenidas – motivavam a curiosidade dos visitantes, que se surpreendiam com a generosa distribuição dos espaços – algo pouco comum nas localidades correntinas –, e a imagem inanimada que tal conformação conferia à vila.

Podia se observar claramente a vila de Bela União na vizinha margem do rio Uruguai, e já surgiam algumas das novas casas e edifícios públicos de estilo italianizante, graças à forte presença de imigrantes desta península, oportunamente o tipo arquitetônico que prevaleceu a partir de 1875.

Monte Caseros já contava no final do século com um hospital chamado "de Caridade", um escritório de alfândega, uma sucursal do Banco da Nação, um periódico, um teatro, uma biblioteca pública, um edifício de correios e telégrafos, dois hotéis, grandes edifícios em construção e várias entidades sociais com suas sedes já inauguradas ou em vias de execução, como o Clube Social (1881), a Sociedade Italiana (1887), a Sociedade Espanhola (1891), a Sociedade Inglesa, o Clube "Progresso" e o Clube "Artesãos", entre outros. (7)

Também já haviam sido inauguradas as primeiras gráficas da cidade, onde se imprimiram periódicos como "O observador", "Democracia" e "O Eco do Sul".

Em 1900, o cronista correntino Benjamín Serrano oferecia a seguinte descrição de Monte Caseros:

"Está edificada sobre uma porção de terreno argiloso e pedregoso, com mescla de húmus e areia. Domina uma formosa e pitoresca situação sobre o rio Uruguai numa altura aproximada de 15 metros acima do nível do rio, o que lhe permite ser batida livremente pelos ventos. Suas ruas de orientação leste-oeste vão até o rio Uruguai, e as de orientação norte-sul vão até os riachos Santa Lucia e Mamangá, respectivamente, o que possibilita uma ótima drenagem das mesmas [...]. Tem uma bonita praça feita com bom gosto, a "Colombo", em cujo centro se levanta o magnífico monumento erigido pela vila em homenagem ao ilustre navegante. O espírito de sociabilidade está muito desenvolvido neste vila, que tem modalidades e acentuadas tendências de cultura. Existem hotéis cômodos e bem servidos, e duas ou três casas fortes de negócios, como as dos senhores Eduardo e Antonio Mouzo, Irmãos Oria, e outros [...]. As estações ferroviárias têm sempre um movimento inusitado, pois ali estão as grandes oficinas e a administração central das duas linhas – a do Leste, e a do Nordeste Argentino". (8)

Esta última alusão se deve ao fato que precisamente nesta época se inaugurou a nova estação ferroviária no Oeste da cidade, juntamente com grandes oficinas de conserto, cuja construção tornava-se obrigatória devido a condição de nó ferroviário de Monte Caseros. (9)

Este complexo propiciou a formação nas proximidades de um grande conjunto habitacional, onde começaram a residir as centenas de operários que direta ou indiretamente participavam da atividade ferroviária. De fato se conformou assim um conglomerado inicialmente desconectado da cidade, com características e um ritmo de vida próprio distintos do núcleo urbano original.

Por volta de 1910 se contabilizavam 920 casas de material na malha urbana e a população, composta em boa parte por italianos, rondava os 5.000 habitantes, ou seja, o dobro do registrado no último censo de 1895. (10)

A atividade produtiva principal da zona circundante continuava sendo a pecuária, preferencialmente a ovina, que ainda hoje segue conseguindo ótimos resultados. Já então e graças à iniciativa dos imigrantes italianos, havia se desenvolvida notavelmente a exploração citrícola, inclusive a de vinhedos e de oliveiras. Certamente havia algumas indústrias desenvolvidas, como a fábrica de macarrão "Oria, Preisler e Cia", e outras mais modestas como serrarias, moinhos, curtumes, queijarias, carpintarias e fábricas de sabão.

Existiam já três Vice-Consulados assentados – do Brasil, do Uruguai e o da Itália. Havia 9 escolas primárias, um Banco (Nação) e meia dezena de entidades sociais, desportivas e públicas (11). No perfil urbano já se sobressaiam justamente as sedes de algumas destas entidades, que até hoje continuam sendo as mais representativas da cidade.

Como já se mencionou, durante a década de 1870, acompanhando a ampliação urbana, se iniciou em Monte Caseros um período de sensível progresso no que concerne às construções, acompanhado de uma mudança nos métodos de trabalho e, mais tarde, dos estilos arquitetônicos.

Tal fato já podia se perceber em algumas residências, como as de José Dalcero, Alcira Ramírez, Eduardo Mouzo, María Gracia de Solari, Luis e Pedro Raggio, a padaria Valle e Larrea, e a capela "Nossa Senhora do Rosário", construída por Domingo Anzini em 1875, terminada tal como está até hoje em 1890.

Não se pode esquecer a estação do F.C.E.A., que foi o exemplo mais representativo desta primeira etapa e que ainda se conserva em ótimo estado. O edifício,declarado monumento histórico nacional em 1979, foi restaurado em 1994 para converter-se em museu. (12)

Entre 1880 e 1920 se levantariam as sedes sociais da Sociedade Italiana e da Sociedade Espanhola, o Clube Artesãos, a Escola Graduada nº 1, edifícios que entre outros deram à arquitetura de Monte Caseros um destacado estilo sóbrio, cujas linhas serviram de inspiração para várias famílias abastadas ao construírem suas mansões.

O primeiro edifício deste período foi a sede do Clube Social (1881), seguindo-se a do Clube Progresso no mesmo ano, a Escola Graduada nº 1 (1883), a Sociedade Italiana "União e Benevolência" (1887), a Sociedade Espanhola do Socorro Mútuo (1890), e um pouco mais tarde, o Clube Artesãos. Da mesma época datam outras construções importantes, como o hospital Robinson – chamado assim em homenagem ao primeiro médico de Monte Caseros –, o Exército Federal, finalizado em 1912, o galpão industrial "Baeza", que se converteu em "Teatro Baeza" a partir de 1912, a Escola Superior "Centenário", iniciada neste último ano, e o Banco da Nação Argentina, cuja sede foi inaugurada em 1918.

No período imediatamente posterior foram finalizados os edifícios do Clube Regatas (1920) e a atual prefeitura (1927) – renovada posteriormente –, com o qual se concluiu uma prolífica etapa de construções destacadas, que renasceria posteriormente, durante a década de cinqüenta através dos planos de obras públicas impulsionados principalmente pelo governo nacional. (13)

No que diz respeito aos espaços públicos, deve se dizer que originalmente a praça principal de Monte Caseros esteve implantada no local que hoje ocupa a Caixa d’Água, exatamente à frente da igreja principal "Nossa Senhora do Rosário", na atual rua Atamañuk. Esta praça foi denominada "25 de Maio" mas durante a segunda intervenção urbanística sofrida pela vila (1875), a praça principal se implantou no local atual, formando assim parte do novo centro cívico, onde desde então foram implantados a prefeitura, o cartório civil e a delegacia, entre outros edifícios públicos. Esta mudança explica porque a igreja maior ficou fora do centro cívico.

A atual praça principal de Monte Caseros está situada em torno de 300 metros do rio Uruguai e, mesmo que originalmente tenha se denominado "9 de Julho", passou a se chamar "Colombo" a partir de 1900, retomando logo o nome de "9 de Julho", para em 1993 adotar definitivamente o de "Cristóvão Colombo".

Existem outras reduzidas praças como a "Eva Perón", situada na esquina das ruas Alvear e Juramento, e o passeio da velha estação do leste, entre as avenidas Vicente Mendieta e Buenos Aires. Ainda que possa se pensar que estes espaços verdes são escassos para uma cidade, deve se recordar que as ruas de Monte Caseros são em sua maioria avenidas que têm amplos canteiros centrais bem arborizados, de maneira que na prática, cada quadra é em si mesma uma pequena praça.

Deve se destacar também a existência um balneário municipal e um grande parque natural (San Martín), que foram criados na década do cinqüenta e que por suas dimensões, dão uma imagem suficientemente desimpedida da costa da cidade.

A evolução do equipamento e os serviços

A aparição de equipamentos e dos primeiros serviços em Monte Caseros aconteceu graças ao início de funcionamento, aproximadamente na mesma época que em outras cidades médias correntinas, do cemitério e da iluminação pública.

A organização dos cemitérios adquire importância em Corrientes durante o transcurso da guerra da Tríplice Aliança, pois na mesma época as epidemias – especialmente de febre amarela – se propagavam. Foi precisamente em 1866 que se constrói o cemitério "A Misericórdia" fora da cidade. Antes desta data os enterros se faziam no local onde hoje está instalado o policlínico ferroviário, a duas quadras da praça central. Este cemitério foi remodelado entre 1950 e 1954 e até hoje continua funcionando.

A iluminação pública surgiu dois anos antes, em 1864, com o mesmo sistema que em outras cidades de Corrientes – postes com velas e posteriormente de querosene, mas colocados não nas ruas mas na frentes das casas. Somente em 1929 se inauguraria o serviço com energia elétrica, e a responsabilidade do serviço coube à empresa "Balbi Hermanos" (14).

Esta empresa forneceu rapidamente o serviço domiciliar, e em 1935 já fornecia energia para 556 lares. Duas décadas mais tarde esta usina passou para as mãos do estado provincial, e no final da década de sessenta o serviço elétrico era prestado a 2.193 usuários da cidade. (15)

Quanto à telefonia, Monte Caseros conta com este serviço desde 1903, época em que a "Sociedade Telefônica de Monte Caseros" tinha a rede sob seu controle. Em 1935 a mesma passou para o controle da "Companhia Internacional de Telefones", e na década do cinqüenta ficou em poder da "Entel". No final dos anos sessenta o serviço telefônico cobria a 258 usuários em Monte Caseros. (16)

No que diz respeito ao equipamento comercial e sanitário, deve comentar-se que em 1884 a H.C.R. de Corrientes sancionou uma lei que autorizava ao município de Monte Caseros, juntamente com o de Mercedes, a construir um mercado municipal, mas a mesma, mesmo tendo sido devidamente regulamentados os procedimentos de concessão e comercialização, não chegou a ser implantada, já que em 1888 se uma nova lei com conteúdo similar foi sancionada.

Em 4 de novembro de 1887 a Legislatura também autorizou a construção de um matadouro em Monte Caseros, sendo que a lei especificava as medidas e os materiais com os quais se deveria construir o local, e inclusive se determinou a propriedade da construção. É difícil determinar em qual ano se estes primeiros locais foram inaugurados já que em várias ocasiões se rescindiram os contratos de construção, e quando autorizados, não havia fundos para efetivá-los.

De qualquer forma, no princípio da década de cinqüenta, beneficiada por um plano provincial e nacional de obras públicas, a cidade de Monte Caseros pôde contar com um novo mercado, que contaria com um frigorífico e uma fábrica de gelo. Este mercado é o atual e se acha situado na esquina das ruas Alvear e General Lavalle. (17)

Também deve se assinalar que até os fins do século passado Monte Caseros dispunha de um hospital público mantido pela sociedade "Damas de Caridade". Em 1890 se inaugurou um importante edifício hospitalar que logo recebeu a denominação de "Samuel W. Robinson" em honra ao médico inglês que foi o primeiro no exercício da profissão na vila.

Durante a década do cinqüenta se inauguraria o hospital policlínico ferroviário para atender aos numerosos afiliados deste sindicato. Este edifício de grandes dimensões esteve dotado de equipamento e pessoal suficiente para satisfazer as demandas das 1300 famílias que nesta década dependiam da atividade ferroviária em Monte Caseros. Atualmente está fora de serviço e abandonado.

Quanto ao fornecimento de água, deve comentar-se que desde os inícios da vila e durante várias décadas a água para consumo vinha diretamente do rio Uruguai, construindo-se para tal fim, durante a segunda metade do século XIX, uma torre de captação de pedra sobre a "cachoeira" da costanera, que até hoje se conserva apesar de fora de uso, sendo uma atração significativa na atividade turística de Monte Caseros.

Em 1948 se inaugurou o edifício de água potável das Obras Sanitárias da Nação no local onde fora a praça principal da vila antes de 1875, e também as conexões domiciliares. Este edifício captou inicialmente a água de poços, mas após 1955, em razão de ser antieconômico tal procedimento, se retornou à captação de água no rio Uruguai. No mesmo ano estava em gestão a construção das fossas sanitárias para a cidade.

Em 1955 o serviço de provisão de água potável dispunha de 750 conexões domiciliares e 24 bebedouros públicos, e até finais da década de sessenta, a parte da rede de esgoto concluída cobria 30% das casas de família.

Atualmente toda a população urbana de Monte Caseros conta com água corrente e a rede de esgoto cobre 100% do serviço, benefício pouco comum no resto das cidades correntinas (18).

No que diz respeito ao sistema viário urbano, vale destacar que praticamente desde sua organização coma vila, Monte Caseros contou com pavimentação de pedra em suas ruas já que sua zona circundante é rica em seixo rolado em forma de pedregulho.

Sem dúvida a pavimentação de suas artérias principais demorou bastante em relação a outras cidades médias de Corrientes devido a excessiva largura das mesmas, que encareciam este tipo de obras. Por esse motivo é que só recentemente, durante a década de cinqüenta, se pôde iniciar a pavimentação parcial em concreto das ruas principais (Alvear e Vicente Mendieta), transcorrendo várias décadas até que se concretizou a ampliação de tal melhoria.

Precisamente entre 1986 e 1998 foi possível completar a pavimentação de mais de 50 quadras no centro, cabendo destacar que todas as ruas que não têm pavimento, inclusive as periféricas, contam com cascalho de ótima qualidade. (19)

O plano de infraestrutura dos anos cinqüenta e a incidência das oficinas ferroviárias e guarnições militares na vida urbana

Entre o final da década de quarenta e meados da de cinqüenta (século XX) Monte Caseros recebeu os benefícios de um importante plano de obras públicas promovido pelo governo nacional e provincial. Através do mencionado plano de urbanização se realizaram as primeiras quadras de pavimento, a construção de veredas, abertura de novas ruas e pavimentação das mesmas, modernização e ampliação da usina elétrica, habilitação da toma principal de água no rio, construção dos edifícios do colégio nacional, a escola industrial, o correio e o registro civil; as fossas, um novo matadouro, oficinas públicas provinciais, um asilo de idosos e o policlínico ferroviário.

Como parte deste plano se concretizou também a construção de um mercado frigorífico e fábrica de gelo de características idênticas às que foram construídas em outras cidades médias como Curuzú Cuatiá, Esquina, Mercedes, etc.; a modernização e ampliação do balneário local, e a criação do parque ribeirinho José de San Martín.

Este parque, de cerca de 20 hectares, se complementou com a realização do terrapleno e calçamento da avenida costeira, encerrando-se assim um vasto plano de infraestrutura e embelezamento da cidade. (20)

Mas sem dúvida, não pode deixar-se de assinalar a influência decisiva que tem tido no traçado e na vida urbana de Monte Caseros a instalação das oficinas ferroviárias e das unidades militares.

As oficinas ferroviárias originais instaladas em Monte Caseros pertenciam ao Ferrocarril Nordeste Argentino. Este foi fundindo-se sucessivamente com o Ferrocarril Entre Ríos; o Ferrocarril Central de Buenos Aires, até integrar-se finalmente no Ferrocarril General Urquiza.

Na década do cinqüenta houve um grande redimensionamento destas oficinas, as quais começaram a efetuar reparações maiores em máquinas e vagões, tais como fundição e construção de peças, torneamento do material rodante, construção de vagões de carga e passageiros, armazenagem e provisão de insumos a locomotivas e vagões, construção de sinalizações, aberturas e estruturas para estações, pequenas casas para habitações, canos e dutos de cimento, ou seja, tudo que se refere à manutenção dos trens que faziam o percurso até Posadas (Missões) e a capital de Corrientes.

Estas oficinas que chegaram a ter entre 1200 e 1300 operários nesta e nas décadas subseqüentes, dinamizaram a economia local e deram origem a um populoso bairro no entorno de suas instalações. O final de suas atividades ocorreu durante a década de noventa, e o conseqüente desemprego de funcionários provocaria um impacto devastador na vida de Monte Caseros. (21)

Os grandes quartéis militares de Monte Caseros, que incluíam em suas imediações um extenso bairro de suboficiais, estão situados fora da cidade, no caminho que vai para o antigo porto do Ceibo. A atual guarnição se assentou em Monte Caseros em 1943 como um batalhão avançado do regimento de Gualeguaychú (Entre Ríos), e em 1947 se instalou no prédio da Companhia de Engenheiros nº 3.

Monte Caseros tem também um destacamento da Guarda Nacional desde a década do quarenta, uma delegacia da polícia federal, e é sede de uma unidade da Prefeitura Naval, cuja permanência se remonta ao ano 1882. (22)

O grande conjunto de famílias dependentes diretamente das forças de segurança aqui instaladas, tem tido e mantém um peso decisivo na vida econômica da cidade, e os conjuntos habitacionais ligados a elas formam parte indissociável da paisagem urbana.

Situação e problemática atual da cidade

Como foi expresso em passagens anteriores, Monte Caseros é uma cidade que por seu processo histórico, sua configuração urbana inicial e sua expansão posterior tem suas próprias características particulares que a distingue das demais cidades médias correntinas.

É uma cidade que devido a sua implantação ocorrida entre 1870 e 1875 e a sua induzida expansão até o oeste, ficou com seu centro cívico muito separado do centro comercial que se estende ao longo da Avenida Alvear, e suas principais instituições públicas e religiosas hoje se encontram dispersas e algo distanciadas umas das outras.

Dentro de suas particularidades se sobressai um traçado de ruas excessivamente amplas para uma cidade mediana o qual deixa à primeira vista a impressão de estar ante uma cidade de reduzida população e escasso trânsito.

Estas características atrasaram em grande medida a pavimentação de suas artérias, mas uma vez realizadas as obras, os amplos espaços verdes dos canteiros centrais foram criteriosamente arborizados, oferecendo com isso uma visualização muita colorida e prolixa da área central da cidade.

Na atualidade existem dentro da cidade dois setores bem diferenciados do núcleo urbano central. Um deles é o que surgiu logo após o traslado da estação ferroviária para oeste da cidade, onde graças à instalação das grandes oficinas ferroviárias, se foi conformando nos arredores um conglomerado urbano dependente desta fonte de trabalho, o qual, delimitado pelo perímetro das vias, adquiriu e ainda mantém características próprias.

Este setor não está integrado nem física nem visualmente à cidade devido aos galpões e muros que impedem uma comunicação natural. Mesmo diante do fechamento das oficinas e do declínio do transporte ferroviário desde o início desta década, este setor se conserva povoado e, como o restante da cidade, conta com todos os serviços.

Existe outra zona povoada situada à beira do caminho que vai para o velho porto "El Ceibo", a 5 km da cidade, onde, nas adjacências das instalações militares, pode se observar um importante bairro ocupado pelo pessoal do Exército. Finalmente, e seguindo o mesmo trajeto, se encontra um antigo casario que no passado relacionava-se com as atividades portuárias, que está ainda habitado, mas em franca decadência dada sua distância em relação ao centro.

Atualmente, tanto a construção de bairros planejados como de escolas e indústrias acontece junto ao acesso a Monte Caseros (estrada provincial Nº122) já que esta orientação é a mais razoável para a expansão da cidade.

Monte Caseros é uma cidade que também se distingue das outras cidades médias pela limpeza e beleza da via pública, pelo esmerado cuidado de espaços verdes e edificação, e por estar a área urbanizada coberta com a totalidade dos serviços públicos, chegando ao ponto de até mesmo as áreas periféricas contarem com fossas, ruas pavimentadas e coleta de lixo.

O fechamento das oficinas ferroviárias repercutiu seriamente na vida da cidade pois empregavam uma significativa fração da população. Hoje as fontes de trabalho mais importantes emanam da administração pública, da produção e da industrialização de cítricos, dos arrozais, e em menor medida da pecuária, ainda que o turismo da temporada estival represente hoje uma alternativa de crescimento dada a beleza natural do balneário local. Neste sentido, devem ser destacados os planos municipais para terminar e entregar em concessão as grandes instalações do hotel de turismo que ficou inconcluso na década de setenta.

O transporte fluvial até o alto e o baixo Uruguai desapareceu e o porto El Ceibo está abandonado, mas se tem incrementado o tráfego até Bella Unión, na margem oposta do Uruguai, levando ao paulatino entrelaçamento comercial e cultural de ambas populações.

Atualmente, a terrestre é a principal via de comunicação de Monte Caseros com o resto do país, já que seu aeroporto está inativo há vários anos. A estrada de ferro mesopotâmica circula ocasionalmente com cargas, mas o grosso do transporte se realiza pela da estrada nº 122, que se articula com a estrada nacional nº 14. A distância que separa Monte Caseros desta importante rodovia é de 34 km., colocando a cidade praticamente à margem do circuito comercial e do próprio transporte de passageiros, tendo por isso que pagar seus habitantes tarifas extras por mercadorias e passagens de ônibus (23).

Considerações finais

Monte Caseros surgiu na mesma época e pelos mesmos motivos que outras cidades correntinas – para consolidar as fronteiras da província, neste caso de seu setor sudeste à margem direita do rio Uruguai.

Foi fundado em 1829 com o mesmo nome que até então havia tido este local (Paso dos Higos), tornando-se em 1855 Monte Caseros, oportunidade onde aconteceu a refundação da cidade, logo após o governo da província resolver a questão jurisdicional.

Entre 1870 e 1875 Monte Caseros sofreu intervenção na malha urbana, que foi acompanhado por uma realocação de seu centro cívico, tarefa esta concluída ao mesmo tempo em que a vila se converteu em final dos trilhos da primeira linha ferroviária que penetrava na província. Esta conjunção de obras, que induziu a vinda de um importante contingente de imigrantes, transformou notavelmente a paisagem urbana da vila, já que a partir deste momento se iniciou uma forte etapa de aumento populacional e edilício.

Monte Caseros, que já possuía a peculiar característica de um projeto urbano generoso em espaços, sofreria uma nova transformação de sua fisionomia quando no início do século XX se inaugurou uma nova estação e grandes oficinas ferroviárias que reorientaram a urbanização até o oeste de sua malha urbana.

Como conseqüência destas alterações, ainda hoje pode se apreciar rapidamente a virtual desconexão de dois sectores situados de um e outro lado do complexo ferroviário, em distância equivalente à que separa o centro cívico do centro comercial da cidade. Apesar destas disfunções, da onerosa manutenção das ruas excessivamente largas e do colapso produzido pelo recente fechamento das oficinas que davam serviço para uma boa parte da população local, Monte Caseros oferece hoje a imagem de uma cidade saneada, bem organizada e cuidadosamente atendida tanto por suas autoridades como por seus habitantes.

Não se equivocava, portanto, o cronista correntino Benjamín Serrano quando afirmava no início do século XX que a sociedade de Monte Caseros tinha "acentuadas modalidades e tendências de cultura". Ele já havia notado algumas particularidades no componente humano desta cidade, que a tornavam substancialmente diferente das demais comunidades correntinas.

É que a princípios do século XX mais do 50% da população de Monte Caseros era de origem ou ascendência européia. Aqui se mesclaram os vascos, galegos e valencianos da Espanha, lombardos, genoveses e sicilianos de Itália, com ingleses, franceses, alemães, e também vizinhos brasileiros e uruguaios, que foram conformando uma sociedade distinta do resto da população de Corrientes.

Isto ainda se percebe no tipo físico do montecasereño, em seus costumes e hábitos, em suas maneiras e em seu modo de falar. O habitante desta cidade não tem o típico acento guarani tão marcado entre outros habitantes da província, fala um castelhano limpo de entonações, e se alguma se percebe, esta é mais semelhante à que se escuta entre os naturais do interior uruguaio.

Por certo, os residentes de Monte Caseros têm um fluido e amistoso contacto com seus vizinhos da cidade de Bella Unión, com os quais compartilham festas nacionais ou comunais, atividades desportivas e um ativo intercâmbio comercial e cultural. Os canais de televisão de Uruguai fazem parte da programação cotidiana nos lares de Monte Caseros, e alguns efeitos desta proximidade podem ser notados na adoção de costumes tipicamente uruguaias, como por exemplo as de antepor nomes saxões aos sobrenomes castelhanos.

O habitante de Monte Caseros tem em geral boas maneiras, é prolixo para construir sus habitações, está orgulhoso de sua cidade e possui um desenvolvido sentido da ordem e do asseio urbano, virtude que pode ser comprovada na cuidadosa manutenção de jardins domésticos e espaços públicos, e no cotidiano cuidado de calçadas e ruas pela própria população (24).

Hoje a cidade busca com afinco sair da letargia dos anos noventa diversificando a entrada de recursos através do turismo estival, opção que se apresenta com boas perspectivas e cujos promissores resultados se tem evidenciado em outras cidades correntinas que atravessaram recentemente por períodos similares de estagnação (25).

notas

1
Arquivo Geral de Corrientes (En adelante A.G.P.C.). Registro Oficial de Ctes. Ley Nº239. Tomo II. 1929.

2
A lei desta data expressava:
"Considerando justas las razones expuestas por el P.E. en su nota de fecha 18 de diciembre pasado, y de suma conveniencia pública la fundación de un pueblo en la costa del río Uruguay en el lugar que el designa, el Congreso General Constituyente ha sancionado con fuerza de ley lo siguiente:

Art 1: Se erigirá un pueblo en la margen del río Uruguay en el lugar denominado "Paso de Higos", que será cabeza del departamento de Curuzú Cuatiá.
Art 2: Se destinan tres leguas cuadradas para su ubicación y ejidos correspondientes.
Art 3: Se faculta al P.E. para indemnizar debidamente al propietario del terreno que se ocupa.
Art 4: El P.E. procederá bajo plano correspondiente al reparto de tierras en la traza del pueblo..."
Congreso General Constituyente de la Pcia. de Corrientes. 31 de enero de 1855. (Tomado de: Gómez, Hernán. Divisiones Administrativas, Judiciales y Municipales de la Provincia de Corrientes. Corientes. 1929. pag.180-181)

3
Em 22 de agosto de 1859 o governador da provincia procedeu a regulamentação da divisão de terras em Paso de los Higos, que já era então habitualmente chamado "Monte Caseros". Pela mesma resolução dispôs também que a soma resultante da cessão das terras se destinam à construção do templo e outros edifícios públicos para a vila. (Gómez, Hernán. Divisiones Administrativas, Judiciales y Municipales de la Provincia de Corrientes. Cit. pag.182-183)

4
Galantini Washington. Reseña Histórica de Monte Caseros. En: Revista Monte Caseros. Cuadernos para su Historia. Junta de estudios históricos de Monte Caseros. Vol 6. 1995.

5
A mensuração de Monte Caseros realizada pelo agrimensor Carlos Wybert está descrita detalhadamente em seu informe enviado à oficina de terras públicas de Corrientes em 1º de agosto de 1875. Dito informe se encontra em: A.G.P.C. Sala Manuel Mantilla. Carpetas con documentación sobre pueblos de Corrientes. Legajo correspondiente a Monte Caseros.

6
A.G.P.C. Sala Manuel Mantilla. Carpetas con documentación sobre pueblos de Corrientes. Legajo correspondiente a Monte Caseros. También: Breve Reseña Histórico, Geográfica, Económica, Institucional y Cultural de Monte Caseros , Corrientes. Inédita. Realizada por el señor Washington Galantini en agosto de 1991.

7
A.G.P.C. Sala Manuel Mantilla. Carpetas con documentación sobre pueblos de Corrientes. Legajo correspondiente a Monte Caseros. También: Breve Reseña Histórico, Geográfica, Económica, Institucional y Cultural de Monte Caseros , Corrientes. Op.Cit.

8
Serrano Benjamín P. Guía General de la Provincia de Corrientes. Corrientes. Imp del estado. 1901. pp. 444-446.

9
A partir de 1901 Monte Caseros se convirteu em nó ferroviário já que neste ponto se bifurcavam as linhas ferroviárias que iam por un lado até Corrientes, capital, cruzando a área central da província, e até Posadas por outro, margeando o Uruguai (Tomado de: Perez, María Emilia. La Red Vial y las Comunicaciones Terrestres en Corrientes. Origen y Evolución. 1588-1898. Cuadernos de Geohistoria Regional Nº10. Resistencia. CONICET-FUNDANORD. 1984. pp. 134-165).

10
Antecedentes Históricos Legales del Municipio de Monte Caseros. Folleto inédito obrante en el archivo de la municipalidad de Monte Caseros, presentado ante la Dirección de Planeamiento del Ministerio de Obras y Servicios Públicos de la Provincia de Corrientes.

11
Dados obtidos da revista Monte Caseros. Cuadernos para su Historia. Monte Caseros (Ctes). Junta de Estudios Históricos de Monte Caseros. Biblioteca Popular Marcelino A. Elizondo. Volúmenes 6 en adelante.

12
Estación del Este. Datos Históricos. En: Revista Monte Caseros. Cuadernos para su Historia. Monte Caseros (Ctes). Junta de Estudios Históricos de Monte Caseros. Biblioteca Popular Marcelino A. Elizondo. Volumen Nº 4.

13
Os dados mencionados foram obtidos em parte, da publicação realizada pelo município de Monte Caseros em 1955 na ocasião da celebração do centenário da refundação de Monte Caseros. Nesta se podem ser encontradas monografias, notas e artigos de professores, vizinhos e periodistas de Monte Caseros sobre diversos aspectos da história da cidade. O folheto e informações adicionais tem sido fornecidos pela chefa do arquivo municipal, sra. Graciela Surraco, e pelo Sr. Prefeito Municipal de Monte Caseros, Dr. Eduardo Lionel Galantini em agosto de 1999.

14
Washington Galantini. El Alumbrado Público en Monte Caseros. Em: Revista Monte Caseros. Cuadernos para su Historia. Monte Caseros (Ctes). Junta de Estudios Históricos de Monte Caseros. Biblioteca Popular Marcelino A. Elizondo. Volumen Nº 7.

15
De Bosini, José Francisco. Guía General de la Provincia de Corrientes. Años 1934-1935. Corrientes. Imprenta del Estado. 1934. pag. 313. Também: Informe Coyuntural de las Estructuras Urbanas en la Provincia de Corrientes. Corrientes. Gobierno de Corrientes. Subsecretaría de Obras Públicas. Departamento de Planeamiento Urbano. Tomos I a IV. 1967.

16
De Bosini, José Francisco. Guía General de la Provincia de Corrientes. Años 1934-1935, Op. Cit. Pag. 314. También: Informe Coyuntural de las Estructuras Urbanas en la Provincia de Corrientes, Op. Cit.

17
A.G.P.C. Sala Manuel Mantilla. Carpetas con documentación sobre pueblos de Corrientes. Legajo correspondiente a Monte Caseros. También: Memoria correspondiente al período de gobierno del gobernador J. Filomeno Velazco. 1949-1952. Corrientes. Imp. del Estado. 1952, y relevamiento propio.

18
Coni, Emilio R. La Provincia de Corrientes (República Argentina). Descripción General, higienización... Buenos Aires. Coni. 1898. pp 264-265. Também: Informação fornecida pelo prefeito municipal de Monte Caseros, Sr. Eduardo Lionel Galantini, e comprovada por inspeção ocular propria.

19
Informação proporcionada pelo departamento de obras públicas da cidade de Monte Caseros e comprovada mediante levantamento próprio.

20
Informação obtida no folheto comemorativo da refundação de Monte Caseros, publicado pela municipalidade da cidade em 1955. Também foi de utilidade a consulta da Memoria correspondiente al período de gobierno del gobernador J. Filomeno Velazco. 1949-1952. Corrientes. Imp. del Estado. 1952.

21
Informação fornecida pelo ex-empregados do Ferrocarril General Urquiza e por atuais operários do Ferrocarril Mesopotámico, residentes em Monte Caseros.

22
Dados tomados dos folhetos informativos existentes no arquivo municipal e nla biblioteca popular Elizondo da cidade de Monte Caseros. Também: Revista Oficial de la Prefectura Naval Argentina "Guardacostas". Edición especial Nº80. Buenos Aires. Chulca Impresora. Diciembre de 1994

23
Estas apreciações se baseiam na pesquisa documental e no levantamento ocular e fotográfico realizado em Monte Caseros durante 1999.

24
Este comentário surge dos dados tomados de diversas fontes documentais presentes no arquivo municipal, de folhetos impressos pela Junta de Estudos Históricos da cidade existentes na biblioteca popular Elizondo, de publicações como os "Guías de Corrientes", editadas por Benjamín Serrano em 1901 e 1910, de testemunhos orais de autoridades e residentes de Monte Caseros, e de impressões próprias recolhidas durante nossa investigação nesta cidade em 1999.

25
Como dado ilustrativo, deve assinalar-se que o crescimento populacional da planta urbana segundo os censos nacionais, oferece os seguinte detalhe: Año 1869, 672 hab; 1895, 2.500 hab; 1914, 4.919 hab; 1947, 11.409 hab; 1960, 12.930 hab; 1970, 14.306 hab; 1980, 18.247 hab; 1991, 19.589 habitantes.

bibliografía e fontes utilizadas

CONI, Emilio R. La Provincia de Corrientes (República Argentina). Descripción General, Higienización, Saneamiento, Profilaxia Práctica, Climatología Médica, Epidemiología, Demografía y Estadística Sanitaria, Asistencia Pública y Beneficencia, Etc. Buenos Aires. Coni. 1898.

DE BOSINI, José Francisco. Guía General de la Provincia de Corrientes. Años 1934-1935. Corrientes. Imprenta del Estado. 1934.

GALANTINI Washington. Reseña Histórica de Monte Caseros. En: Revista Monte Caseros. Cuadernos para su Historia. Junta de estudios históricos de Monte Caseros. Vol 6. 1995.

GOMEZ, Hernán. Divisiones Administrativas, Judiciales y Municipales de la Provincia de Corrientes. Corrientes. 1929.

GOMEZ, Hernán: Apuntes Sobre la Fundación de Monte Caseros. Publicación del gobierno de la provincia con motivo del centenario de la fundación de Monte Caseros. Corrientes. Imprenta del Estado. 1929.

MAEDER, Ernesto J. y GUTIERREZ, Ramón. Atlas Histórico del Nordeste Argentino. Resistencia, Instituto de Investigaciones Geohistóricas. CONICET-FUNDANORD. Universidad Nacional del Nordeste (UNNE), 1995. 197 pp

MANTILLA, Manuel Florencio. Crónica Histórica de la provincia de Corrientes. Buenos Aires. 1928. 2 tomos.

PALMA, Federico. Historia de Corrientes y sus Pueblos. En Historia Argentina Contemporánea. Buenos Aires. 1969. T IV.

PEREZ, María Emilia. La Red Vial y las Comunicaciones Terrestres en Corrientes. Origen y Evolución. 1588-1898. Cuaderno de Geohistoria Regional Nº10. Resistencia. CONICET-FUNDANORD. 1984.

SCHALLER, Enrique C. La División Departamental de la Provincia de Corrientes en el Siglo XIX. En XVI Encuentro de Geohistoria Regional. Resistencia. IIGHI.1996.

SERRANO, Benjamín P. Guía General de la Provincia de Corrientes. Corrientes. 1901.

SERRANO, Benjamín P. Guía General de la Provincia de Corrientes. Corrientes. 1910.

fuentes periodísticas

Monte Caseros (1897-1898)

El Demócrata, El Observador y El Eco del Sud de Monte Caseros para el período 1876-1900;

Revista Monte Caseros. Cuadernos para su Historia. Junta de estudios históricos de Monte Caseros. Volúmenes varios. 1995-1997.

Revista Oficial de la Prefectura Naval Argentina Guardacostas. Edición especial nº 80. Buenos Aires. Chulca Impresora. Diciembre de 1994.

Publicaciones oficiales y censos

REPUBLICA ARGENTINA. Censo Nacional de 1869.

DE LA FUENTE, Diego; CARRASCO, Gabriel; MARTINEZ, Alberto. Segundo Censo de la República Argentina. Mayo 10 de 1895, Tomo III. Censos Complementarios. Buenos Aires. 1898.

REPUBLICA ARGENTINA. Tercer Censo Nacional de 1914. Bs.As. Talleres Gráficos Rosso. 1917.

REPUBLICA ARGENTINA. Censos nacionales de población y vivienda correspondientes a los años 1947, 1960, 1970, 1980 y 1991.

CORRIENTES. Registro Oficial de la Provincia de Corrientes, años 1860 a 1930.

CORRIENTES. Memoria correspondiente al período de gobierno del gobernador J. Filomeno Velazco. 1949-1952. Corrientes. Imp. del Estado. 1952.

CORRIENTES. Informe Coyuntural de las Estructuras Urbanas en la Provincia de Corrientes. Corrientes. Gobierno de Corrientes. Subsecretaría de Obras Públicas. Departamento de Planeamiento Urbano. Tomos I a IV. 1967.

CORRIENTES. Lineamientos para las políticas de desarrollo urbano de la provincia de Corrientes (1978-1980). Tomo II. Gobierno de Corrientes. Corrientes. Editorial Nueva Etapa. 1981.

fontes inéditas

(Archivo General de la Provincia de Corrientes (A.G.P.C.) Y Archivos de la ciudad de Monte Caseros)

A.G.P.C. Censos inéditos, provinciales y municipales (Años varios).

A.G.P.C. Expedientes Administrativos (Sala Manuel Mantilla).

A.G.P.C. Carpetas de pueblos de Corrientes. Legajos varios. Sala Manuel Mantilla.

A.G.P.C. Planos y Croquis de los Municipios de Corrientes. (Sala Manuel Mantilla)

Documentos Municipales, planos y croquis de la ciudad de Monte Caseros. Archivo Municipal

Planos Catastrales y de Obras Públicas de la Ciudad de Monte Caseros correspondientes a los años 1933, 1934, 1967, 1979, 1988, 1993, 1997 y 1999. Proporcionados por las Direcciones de Catastro y de Obras Públicas de esta municipalidad.

Informação elaborada e cedida pelo prefeito de Monte Caseros, Dr. Eduardo Lionel Galantini, sobre a situação da cidade durante a década de noventa.

Informação cedida por entidades sociais, culturais e desportivas da cdade de Monte Caseros.

Ordenanças e Resoluções municipais de Monte Caseros, anos 1990 a 1998.

Levantamento documental e fotográfico próprio realizado em Monte Caseros no transcurso do ano 1999.

sobre o autor

Oscar Ernesto Mari é Doutor em História pela Universidade do Salvador (Buenos Aires) 1999; Licenciado em História pela Universidade do Nordeste (1994). Professor de ensino Médio, Normal e Especial em História. Atualmente é bolsista de Pós-doutoramento em pesquisa do CONICET e Professor Adjunto A/C da cátedra História Argentina Colonial na Faculdade de Humanidades da Universidade Nacional do Nordeste (Chaco-Argentina)

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