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PORTAL VITRUVIUS. Concurso HabitaSampa – Projetos para Locação Social. Projetos, São Paulo, ano 04, n. 040.02, Vitruvius, abr. 2004 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/04.040/2290>.


Conjunto Assembléia

Implantação

A construção de uma lâmina paralela à Avenida 23 de Maio no terreno proposto estabelece, de imediato, duas dimensões para o edifício. A primeira é urbana. Por estar no topo da encosta de um vale, o edifício não só preenche o espaço vazio entre as edificações já existentes ao seu lado, mas também compõe a paisagem tanto de quem trafega pela 23 de Maio como de quem o vê do outro lado do vale, no bairro da Bela Vista ou o acessa pelo Viaduto Dona Paulina.

A segunda dimensão é local, de uso cotidiano. A implantação cria, para a Rua Rodrigo Silva, uma praça de acesso para os moradores do edifício que funciona como uma continuidade da praça Carlos Gomes, espaço que relaciona o conjunto ao centro da cidade ou aos sistemas de transporte público. Essa praça aproveita o platô do atual estacionamento e deixa as construções em subsolo ou de grandes contenções para a obra do Edifício da Secretaria de Negócios Jurídicos, que ocupará esse espaço sem prejuízo para o desenho da praça ou para o acesso à lâmina habitacional.

O desenho do prédio de escritórios parte da empena do edifício vizinho e segue seus alinhamentos e gabarito. O projeto privilegia a inserção urbana do edifício à quadra – o que não impede que o desenvolvimento futuro do projeto se adapte aos recuos e afastamentos previstos em lei.

O estacionamento de veículos ocupa o espaço sob a lâmina habitacional e é acessada por um eixo longitudinal que interliga a rua da Assembléia ao Viaduto Dona Paulina. Solução que garante independência de usos, possibilidade de ampliação do número de vagas e utilização das ruas secundárias.

Tipologia

Além de atender às diretrizes do programa, o projeto se propõe a solucionar duas importantes questões relativas à tipologia. Uma se refere à economia tanto nos espaços de circulação quanto nas instalações prediais. A segunda se concentra em criar uma distribuição das unidades do edifício que possibilita uma mescla ordenada dos três tipos de unidade habitacional a partir de um módulo básico.

Este módulo básico é composto por um arranjo que contém duas unidades de cada tipologia, distribuídas em três andares a partir de uma circulação longitudinal no andar central. Esse esquema permite o acesso direto a duas quitinetes pelo corredor principal, e por meio de escadas entre elas, o acesso às outras unidades.

Assim, os apartamentos do andar inferior ou do superior absorvem o espaço da circulação e da área em frente ao patamar das escadas de acesso, possibilitando a utilização das duas fachadas para iluminação e ventilação.

O desenho das unidades prevê uma faixa “hidráulica” e outra “seca”, otimizando as instalações que chegam ao shaft central, localizado entre os lances das escadas.

O edifício

Uma ponte interliga a praça de acesso ao espaço de uso coletivo do edifício, um belvedere criado na cota de nível 101,00 que desfruta a vista do vale, abriga o salão de uso do condomínio e articula a circulação dos apartamentos.

É por esse espaço que se acessa os andares imediatamente acima e abaixo, ocupados por habitação, e para a torre de elevadores que permite o acesso aos outros andares.

A planta do edifício agrupa cinco módulos básicos lado a lado (ou seja, 10 unidades a cada pavimento). Com isso, a sobreposição de 15 andares acima do belvedere totaliza 150 unidades de habitação, que se somam às 10 unidades do piso inferior.

A aplicação do módulo básico a essa organização possibilita a realização de um corredor de circulação com parada de elevador a cada três andares. Isto garante o deslocamento vertical de no máximo um pavimento a partir da parada dos elevadores para que um morador chegue à sua residência.

Em uma extremidade da lâmina, foi acrescentada uma torre de circulação de emergência capaz de atender às distâncias exigidas por leis, na outra, um módulo de exceção soluciona as unidades equipadas com sanitários especiais.

No eixo da circulação da torre de elevadores uma faixa de dormitórios é suprimida da matriz que ordena o edifício, procedimento que amplia a transparência entre os blocos e permite novas visuais para a cidade através da construção, ressaltando a relação dos espaços de circulação com o entorno imediato, à semelhança de calçadas públicas que permitem acesso a cada uma das habitações.

Construção

Solução construtiva:

  • estrutura de concreto armado moldado in loco;
  • painéis pré-moldados para as lajes (tipo premenge);
  • alvenarias de vedação de bloco de concreto;
  • escadas de acesso às unidades e passarelas em estrutura metálica;
  • torre de elevadores e escada de segurança concretadas com formas deslizantes;
  • caixilharia de ferro.

 

ficha técnica

Arquitetos
Ricardo Bellio, Alexandre Mirandez, Carlos Ferrata, Cássia Buitoni, César Shundi, Daniel Pollara, Luciana Yamamura, Marcelo Pontes de Carvalho, Mariana Viégas e Moracy Amaral

Estagiários
Nuno Martins

Engenheiros
Petrucci Engenharia / Eurico Freitas Marques

Fotografia
Bebete Viégas

Revisão de Texto
Murilo Ohl

Consultoria
Heloísa Maringoni

source
Equipe premiada
São Paulo SP Brasil

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